terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Segunda chance!! Cap 102 *Final*


            



*1 mês depois*

                      

-Eu te batizo Emelly, em nome do pai, do filho e do espírito santo!

-Amem!<respondemos em coral>

A madrinha era a Mila, e o padrinho o tio babão, o Nick era um grude só com a sobrinha, e as vezes dava ate briga entre ele, o pai, e o avô (que o Bruno não me ouça falar esta palavra)
Depois que assinarmos o divorcio, o nosso “relacionamento” esta muito bom, somos amigos novamente, e agora e de verdade, sem sentimentos obscuros, ao menos da minha parte. Ele como marido e o melhor amigo do mundo. Cada um seguiu a sua vida, ele seguiu a vida dele, e eu estou seguindo a minha, tentando a na realidade.
A minha perna já esta bem melhor, estou fazendo fisioterapia, e me consultando com um psicólogo, o Dr. Daniel, ele me ajudou muito a superar esta fase da minha vida, ele e um profissional incrível. Ele estava trabalhando comigo na clinica, claro que eu não iria deixar passar um profissional tão bom como ele, por causa de uma coisa boba.
Estava no meu escritório na clinica, quando a mais nova recém casada chegou.

-Enfim, pensei que tinha fugido na lua de mel!<a abracei>

-Ate parece!... Mas e que lua de mel foi tão boa que nem deu vontade de voltar, e o Ryan e tão amoroso comigo amiga, ele e um amor!

-Fico feliz pelo casamento de vocês, e ainda mais por ter me chamado para ser madrinha!

-Você e a minha melhor amiga!<nos abraçamos>



-Desculpa incomodar!<disse Daniel abrindo a porta depois de bater>

-Imagina, pode entrar!

-Da licença, mas eu vou ver os meus pacientes!... Beijos!<saiu>

-Em que lhe posso ser útil?<sorri e sentei na minha cadeira>

-Bom, eu queria saber como você esta?<sorriu lindamente para mim>

-Estou bem, muito bem na realidade!

-Fico feliz por isso!... Bom, já que você esta muito bem, será que você gostaria de sair para jantar comigo?<foi direto e reto>

-Jantar com você?

 -Como amigo claro!... Eu não quero te deixar desconfortável, mas e claro que eu queria muito poder me aproximar de você!

-Daniel, eu...

-Eu sei de tudo o que você passou!.... Eu compreendo se você não quiser!

-Não e isso, e que eu sou mais velha do que você, e não e só um ou dois anos...

-E daí?<segurou em minha mão>... Você e uma mulher incrível, e eu não estou te pedindo em casamento, ainda!<sorriu>... E só um jantar!

-Nem me fale em casamento, eu nunca mais quero passar por isso!

-Não fala assim, eu sou o seu psicólogo, tenho o poder de persuasão!<sorrimos>

-Já esta me espantando e?

-Claro que não!... Aceita?... Por favor!<deu um sorriso lindo>

-Tudo bem, não me custa nada!

-Ótimo, te pego as 20:00!

-Tudo bem!<deu um beijo em minha mão e saiu>

Eu sei que ainda não estava pronta para começar um novo relacionamento, mas não custava nada sair com outras pessoas, eu estou viva poxa, machucada, mas viva.
No final do dia antes de ir pra casa, eu fui à casa da Sophia, ela estava morando com o Chris no apartamento, já que a Mila e o Liam resolveram morar juntos.
Cheguei e fui recebida pela minha filha, nos abraçamos e entrei, corri o olhar pela sala e o Chris estava com a minha linda netinha no colo, ela dormia calmamente no colo do pai. Me aproximei e lhe dei um beijo em sua testinha, e um beijo no rosto do Chris, ele estava se mostrando ser um bom pai, mesmo ainda estando na cadeira de rodas, ele ajudava muito com a menina. Ele disse que a sua situação já estava para acabar, e logo ele estaria andando novamente, pois estava indo muito bem na fisioterapia.

-Mãe, a senhora tem visto o papai?<disse depois de trocarmos algumas palavras sobre a adaptação do casal a nova rotina>

-Sim, às vezes o vejo por ai, por quê?

-Eu o vi acompanhado de uma jovem muito bonita, eles estavam saindo do shopping juntos!

-Fico muito feliz por ele, de verdade, e espero que ele não a magoe!<sorri>

                       

-E a senhora hem?... Quando vai começar a se relacionar com alguém?

-Verdade sogrinha, você e linda, e jovem, e tem muita vida pela frente, eu torço muito pela sua felicidade!... Alias torcemos né filha?... Sim vovó<disse fazendo voz fina e mexendo com a mãozinha dela, bobo igual ao pai>

-Obrigada meus amores, eu não sei o que seria de mim sem vocês!... Eu preciso ir embora, tenho um jantar hoje à noite, e não quero me atrasar!<sorri>

-Estava escondendo o jogo!... Fico feliz por você mamãe!<me abraçou fortemente>

Despedi-me da minha filha, da minha neta, e do meu genro, peguei o carro e segui pra casa. Assim que cheguei fui direto falar com os meus filhos, os gêmeos já estavam com 7 anos, estavam grandes, mas ainda faziam uma bagunça sem tamanho. O Nick estava assistindo TV com a namorada, ela vinha muito aqui em casa, era uma menina incrível, e muito simpática, faziam um belo casal.
Segui para o meu quarto, me arrumei e fiquei esperando o Daniel. A alguns anos atras, mais precisamente no dia do meu casamento, eu jamais imaginaria estar me arrumando para sair com outra pessoa que não fosse o meu marido, o homem que eu tinha escolhido pra mim, pra cuidar de mim e ser meu, somente meu. Jamais imaginaria que passaria por tantos obstáculos, e seria vencida quase no final da vida, jamais imaginaria que sucumbiria depois de tanta luta. Mas enfim, a vida e assim mesmo, uns nascem para lutar e vencer, e outros para lutar e perder. Eu perdi esta batalha, mas tenho outras e sei que conseguirei vencer esta batalha, pois o meu tempo ainda não acabou.

                        

Estava sentada na minha cama olhando pela janela, e depois de anos não dava mais de cara com a janela dele, pois tinha me mudada a pouco mais de 2 semanas, aquela casa estava me sufocando, e cada lugar que olhava me lembrava ele, e isso estava acabando ainda mais comigo. No dia quem que estávamos indo embora, pude vê-lo pela ultima vez na janela de seu quarto, ele estava olhando fixamente para a minha enquanto eu me escondia entre as cortinas. Quantas vezes chorei olhando por elas, e vendo coisas que me deixavam extremamente e profundamente magoada, realmente era a hora de partir.
Fui despertada dos meus pensamentos pelo Nick, me avisando que o Daniel já estava a minha espera, ele chegou pontualmente as 8 da noite, com um lindo buque de rosas vermelhas no qual entreguei a Demetria.
Eu estava fazendo de tudo para ser feliz, não e fácil esquecer tudo o que passei, sei que nunca vou esquecer, esta parte da minha vida, ela estava marcada no meu coração, e na minha pele para sempre, mas de uma coisa eu tinha certeza, eu precisava ser feliz novamente. Não que eu não tivesse sido com o Bruno, na realidade eu passei os melhores anos da minha vida ao seu lado, mas agora tudo seria diferente.

                         

Estávamos no restaurante desfrutando de um delicioso jantar, o Daniel e um amor de pessoa, e tem um papo incrível, nem parece que e quase dez anos mais novo do que eu, ele estava me fazendo muito bem, na realidade eu estava realmente precisando sair e respirar.
Estava distraída quando olhei para a porta de entrada, e vi o Bruno acompanhado de uma linda jovem. Se eu disser que não senti nada estaria mentindo, por que como disse, uma historia como a nossa não se apaga assim de uma hora para a outra, mas assim como eu, ele estava vivendo. Respirei fundo e tentei agir o mais naturalmente possível.
Já passava das dez quando senti o meu corpo dar sinais de cansaço, eu pedi para o Daniel me levar para casa que imediatamente concordou. Fui para o banheiro, e quando estava lavando a mão, a jovem que estava acompanhada do Bruno entrou no banheiro.

-Boa noite, você e a Agatah Hernandez correto?<disse me encarando através do espelho>

-Fleminng, Agatah Fleminng, por favor!<sorri>

-Claro desculpa!... O Bruno sente o maior orgulho de ter tido você como esposa!

Por que ela estava me falando aquilo, que diabos esta mulher quer com isso, eu estou bem, estou levando a minha vida, não quero viver com fantasmas.

-Disse?<terminei de lavar as mãos>

-Sim, ele gosta muito de você, e não aceita uma palavra errada a seu respeito!

-Interessante!<sorri>... Espero que ele te trate muito bem, você parece ser uma boa pessoa!<sequei as minhas mãos e sai do banheiro>

Segui para a mesa, e em seguida Daniel e eu saímos para esperar o carro de braços dados, passamos sobre os seus olhares, ele pareceu querer falar algo, mas fingi não ver, não queria nenhum tipo de constrangimento esta noite.

                                             *Musica amores*


Estávamos esperando o carro quando ouço ele me chamar.

-Agatah!... Que surpresa agradável te encontrar esta noite!<me virei para ele e sorri>

                         

-Como vai Bruno?<passei as mãos nos cabelos em forma de nervosismo>

-Bem e você?

-Estou ótima?... Este e o Daniel acho que se lembra dele!!

-Claro, como vai?<se cumprimentaram>

-Estou bem!

-Esta e a Louise...

-Nos conhecemos no banheiro!<não queria saber como ele me apresentaria à moça, simplesmente acenei para ela>

O nosso carro chegou.

-Foi muito bom te ver!... Você tem ido ver a...

-Minha neta?... Claro!<sorriu>

-Que bom!<o abracei>

E ao contrario do que pensei, não senti nada, não senti o amor que eu sentia antes, senti um carinho especial por uma pessoa especial.
Cumprimentei a Louise, com um beijo e um abraço, e entrei no carro, pois o Daniel estava segurando a porta pra mim, eles se cumprimentaram com um aceno, e o Daniel entrou no carro dando a partida em seguida, olhei pelo retrovisor e vi que o seu carro também tinha chego, ele abriu a porta para ela, e o Daniel virou a esquina. Senti um alivio por ter conseguido passado por isso intacta, estava feliz comigo mesma por isso. Algum tempo depois chegamos a minha casa, a noite tinha sido muito agradável.

-Doeu?<perguntou>

-Como?<perguntei distraidamente>

-O jantar, você parecia com medo de sair comigo!

-Claro!... Não, não doeu!

-Você ficou balançada com a presença dele né?

-Eu quero, e preciso viver a minha vida!... Você me ajuda?<coloquei a mão no seu peito>

-Será uma honra!<colocou a sua mão na minha cintura>

-Será um desafio!<disse envolvendo o meu braço em seu pescoço e sorrindo>

-Eu amo desafios!

                 

Beijamo-nos calmamente, senti algo diferente, não era amor, não era paixão, era talvez... Cumplicidade, e respeito, quem sabe um dia o amor não vem.
Despedimo-nos, ele foi embora e eu entrei, fui para o meu quarto e encontrei os gêmeos na minha cama, me troquei e me deitei ao lado deles, a partir de agora eu viveria para mim, para os meus filhos, para a minha neta, e quem sabe um novo amor.
Me acomodei ao lado deles, e mais uma vez sonhei com os seus olhos amendoados, e o seu doce sorriso que um dia eu amei mais do que a mim mesma.

Bruno on

Estávamos vivendo a vida, cada um seguiu o seu caminho, estava sendo um desafio ficar sem ela, mas estava fazendo a minha parte.



Depois do nascimento da Emelly, ela se tornou o meu pilar, sempre que estava confuso, ou com receio de algo, eu ia ate a casa da Sophia, e ficava horas com ela no colo, só olhando para o seu rostinho indefeso, eu amava muito a minha... Neta.
Com o nosso distanciamento, a Agatah e eu estávamos vivendo, eu continuava firme no estúdio, e pelo que me constava ela estava bem com a clinica, depois que fui ve-la, e levar as flores, eu não consegui mais voltar la, e como ela se mudou, ai mesmo que eu não ia, e voltei a pedir ao Dre ou ao Greg para pegar e levar as crianças.
A Rachel sumiu nunca mais a vi novamente, parecia que tinha conseguido o que queria, e foi embora deixando o caos instaurado em minha vida.
Conheci a Louise, ela era produtora musical, veio trabalhar no estúdio a pouco mais de três meses, e como ela e linda, e eu estou sozinho, acabamos nos conhecendo melhor, e acabamos nos envolvendo. Um dia decidi chamá-la para jantar, já estávamos juntos a uma semana mais ou menos.
Na hora marcada eu fui buscá-la em sua casa, ela estava linda em um vestido preto ate a metade da coxa, estava simplesmente encantadora.
 Seguimos para um bom restaurante, nos acomodamos, e ao lançar o olhar pelo lugar, me deparei com a Agatah jantando com o Dr. que cuidou do Nick a alguns anos, ele era psicólogo, não sei explicar o que senti, eu ainda amo muito esta mulher, e sofro ate hoje por tudo o que aconteceu, mas infelizmente tenho que aceitar as suas condições.
Próximo do final da noite os avistei indo embora, eu queria falar com ela, pois apesar de tudo, eu ainda queria a sua amizade, será que isso era pedir demais?
Decido que também estávamos indo, Chamei o garçom, e pedi para ele agilizar a conta. Pensei que não, mas acabamos nos encontrando enquanto esperávamos os nossos carros, tivemos uma breve conversa ate que amistosa. Senti o meu coração disparar quando ela me abraçou, mas senti o seu recado em um abraço frio e sem sentimento, que a fila anda, e a minha vez já tinha passado.
Observei eles irem embora, foi tão doído como das outras vezes em que a vi partir, mas agora saberia que não teria volta, saberia que ela não voltaria mais. Quando o meu carro chegou, entramos e seguimos para casa, ela dormiria comigo esta noite, nem sei por que inventei isso, estou sem cabeça para nada, mas acho que ela me compreendeu, pois só tomou um banho e se deitou, eu fiz o mesmo e me deitei de costas para ela.

-Boa noite!<disse colocando a mão no meu ombro>

-Boa noite!

Ela se virou novamente, e eu me virei para ela laçando a sua cintura, por um segundo os seus cabelos castanhos me confundiram ao me fazer viajar no tempo. Assim que a Agatah voltou do Brasil, ela tingiu os cabelos de castanhos, e por um segundo imaginei ser ela nos meus braços novamente, mas infelizmente não era realidade, e nunca mais seria. Me ajeitei na cama, e mais uma vez sonhei com a minha Agatah dos olhos cor de esmeralda, e cabelos de anjo.

                       

                                      *Mais uma musica amores*

Sophia on

Um ano já havia se passado desde o nascimento da minha princesa, ela era tão linda, tão doce, tão especial para mim, eu a amava tanto, não só eu mas o pai babão. O Chris e eu estamos muito bem obrigada, estamos felizes e vivendo muito bem juntos, ele já não usa mais a cadeira de rodas, esta trabalhando ainda no exercito, só que internamente agora.
O Nick esta mais do que firme com a Mandy, acho que eles vão bem longe na realidade, fico feliz pelo meu filho, ele batalhou demais para chegar ate aqui, e agora ele merece ser feliz.

Agatah on

A minha saúde esta indo, eu tenho ido regularmente ao medico, faço as minhas sessões de fisioterapia, e ainda me consulto com o psicologo, no caso o meu namorado. O Daniel e e u resolvemos tentar, afinal nos damos bem e ele me faz muito bem.
Os gêmeos estão lindos, o Thom consegue me deixar de cabelos em pé, mas ele faz o mesmo com o pai, e agora nem só visitinhas mais, eles dormem na casa do pai, e eles amam a nova namorada dele. Bruno, nossa nunca imaginei que chegaríamos aonde chegamos, hoje em dia mal nos falamos. Ele não gosta do Daniel, na realidade ele não tem motivos pra isso, afinal ele me trata muito bem, a Sophia diz que ele esta com ciumes de mim com ele, e obvio que não, ou sim?
Hoje a Emelly esta fazendo um aninho, e resolvemos fazer uma comemoração, nada muito grande por que ela não intende nada ainda, e ela nem vai curtir, mas claro esta data não ficaria em branco.

-Quem bom que vocês vieram?... Nossa ele esta lindo parabéns!

-Obrigado tia!... Cade a aniversariante?

-Esta dormindo acredita?... Cade os seus pais, eles não vem?

-Vem sim, mas ate parece que a senhora não conhece o meu pai!

-O Phil e um problema serio!... Por favor entrem e fiquem a vontade, como você esta Brandy?

-Muito bem Agatah!... E você?

-Estou levando!<sorri o mais sincera possível>

Senti o meu coração gelar, e as pernas tremerem, ele tinha vindo, ele a a namorada, parecia estar bem, muito bem na realidade, estava com a expressão jovial, e isso era bom. Senti mão envolverem a minha cintura, e um beijo estalar em meu pescoço, me passando confiança, e me mostrando que esta tudo bem, e eu vou ficar bem.

                    

-Agatah, como esta?<sorriu estendendo a mão pra mim>

-Muito bem, e você?

-Estou bem!... Você esta linda!<sorriu lindamente me deixando sem chão, por que isso agora>

-Obrigada, você também!... Por favor entrem!<dei passagem>

Cumprimentei a Louise, que me retribuiu muito bem, e com um belo sorriso. A casa estava repleta de amigos, tanto da banda pelos quais nunca perdi o contato, como os amigos de faculdade da Sophia, e os de exercito do Chris, estava feliz por ver a minha casa cheia de pessoas importantes para mim, de uma forma ou de outra, permanecem sendo importantes.

                       

A festa estava ótima, e a minha neta estava linda, sorridente e esperta como sempre, já tentando pronunciar as suas primeiras palavrinhas, deixando os pais, os avos e claro o tio babão babando, a Sophia não cansava de mandar ele ir fazer um pra ele, e ele dizia que mesmo com um, não iria parar de mimar a sobrinha.
Ja fazia muito tempo que eu não estava tão feliz, e me sentindo tão completa, eu adorava sorrir das piadas que eles faziam e principalmente o Phil, que continuava um palhaço.
Fui surpreendida com o meu celular dando sinal de mensagem, olhei no visor e mesmo não tendo o nome na agenda, pois havia trocado de numero, eu reconhecia aquele em qualquer lugar.

"Sera que você poderia me encontrar na piscina, eu queria muito falar com você?" by.: (numero desconhecido)

Não sei o que ele possivelmente queria falar comigo, já que fazia tanto tempo que nem nos víamos, mas enfim, eu fui falar com ele. Sai calmamente "a francesa" e segui para a área da piscina, eu tinha me esquecido como aquela área era tão linda a noite, ou sera que era ele a que a deixava ainda mais linda.
Me aproximei calmamente, tentando não fazer tanto barulho com os meus saltos, mas mesmo assim fui surpreendida.

-O seu perfume continua maravilhoso!<disse sem me olhar>

-O que você quer falar comigo?... Como você conseguiu o meu numero?<respondo atras dele>

-Não precisa vir na defensiva, estou aqui na paz!... O Thom e um filho de ótima memoria!<sorriu se virando para mim mostrando as suas covinhas lindas>

-Desculpa!<sorri me rendendo a sua beleza, e ao seu encanto>

-Eu amo o seu sorriso!... Eu amo os seus olhos cor de esmeralda, os seus cabelos de anjo, eu amo cada detalhe em você!... Agatah, você e a mulher da minha, e eu te amo...

-Apesar de ter tentando, e olha que eu tentei bastante, tentei muito te esquecer, mas infelizmente, ou felizmente, todas as noites eu ainda sonho com você!... Bruno, Peter, eu também te amo muito, você e o homem da minha vida!

                      

As suas mão extremamente apressadas encontraram a minha cintura, me puxando para um beijo cheio de saudade e urgência. Senti o meu coração acelerar como se estivesse sendo a primeira vez que estava beijando os seus lábios, como se nada tivesse acontecido nas nossas vidas, me senti como se estivesse voltando no tempo, queria ter a oportunidade de fazer tudo de novo, queria poder fazer tudo direito, sem fugir, sem desistir do amor da minha vida, sera que eu consigo?

        *22 anos antes*

-Você vai la agora, e vai pedir desculpas para ele!! <disse me puxando para a passarela aonde eles estavam>

-Pronto, ela esta aqui, e sente muito! <disse parando-me na frente deles>

-Me desculpa, não foi a minha intenção, mas e que a minha irma estava acabando com a minha paciência!! <disse sorrindo>

-Mentira, para com isso, me desculpa Ryan de verdade!!<disse olhando para ele, e em seguida caímos na risada>

-O que houve aqui, eu também quero rir!! <disse Bruno se aproximando de nos>

-Não e nada de mais, e só a irma da Angel que me passou o radio naquela hora, e eu pensei que era a própria, eu já ia dar uns tapas nela!!<disse e todos rimos mais uma vez>

-Então foi você que estava toda nervosinha né?... A dona Angel que ia levar uma bronca por culpa sua!<disse sorrindo>

-Foi mal meninos, mas e coisa de irma mais nova! <disse Angel>

-Qual e o seu nome?<disse Bruno esticando a mão para me cumprimentar>

-Agatah, muito prazer!<disse retribuindo o aperto de mão>

-Lindo nome para uma linda garota!! <disse me dando um beijo na bochecha>

-Obrigada pelo linda, mesmo sabendo que sou linda mesmo!<disse sorrindo e piscando divertidamente>

                 

As vezes a vida nos da uma segunda chance, mas não e sempre e sempre que ela oferece um teste drive, ou uma oportunidade de fazer direito, as vezes conseguimos sonhar com o nosso futuro, e se caso não gostarmos, podemos simplesmente acordar, e tentar fazer direito. Por isso se você esta sonhando com o seu futuro, e não esta gostando do jeito que ele esta indo, acorde, e tente reescreve-lo, aproveite as oportunidades que batem na sua porta, ela pode errar o caminho da próxima vez.



Fim*


Obrigada a todas que sonharam comigo, me apoiaram em todos os momentos, e não desistiram de mim, vocês são incríveis, e desta vez acabou de verdade!! kkkkkkkk Juro que não vou recomeçar.
Valeu Dri, Julia, Daiana, LIliane, Tatiana, Thais, Uena... Enfim, a todas que leram, e estiveram, comigo em mais esta fic, obrigada por tudo!!



                                                                                                                   **Cássia Inêz ...**

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Surpresa! cap- 101



Já estava quase que completamente recuperada do acidente, ainda estava usando muleta para me locomover, mas já estava bem melhor, a cicatriz estava quase imperceptível.


Tanto ela, como as placas de titânio, as cicatrizes dos pinos estavam na minha perna, me farão lembrar para sempre daquele fatídico dia.
Depois do dia em que pedi o divorcio no hospital, eu o vi mais algumas vezes no quarto, ele entrava e ficava parado me olhando, eu fingia estar dormindo, não queria ter que olhar, ou falar com ele mais, ao menos naquele momento.
Decidi seguir a minha vida com os meus filhos, fiquei super feliz quando a Sophia veio ficar o finalzinho da sua gestação comigo, só assim eu poderia ficar perto dela e da minha neta.

Bruno on

Eu permaneci indo visitar a Agatah freqüentemente, mas somente quando ela estava dormindo, eu lamentava profundamente, mas tinha que aceitar a sua decisão.
Depois que ela voltou pra casa, eu ainda não tinha ido ate la, eu pedia ao Dre para buscar os gêmeos, ou pedia ao Greg para trazer eles para sair comigo, eu estava evitando -la, não queria que se aborrecesse ainda mais comigo. Eu tinha decidido aceitar o seu pedido de divorcio, eu errei, e tinha que pagar pelo que fiz, sei que ela não iria mudar de ideia, pois conheço o seu temperamento, e as suas decisões, e quando voltamos prometemos que seria a nossa ultima chance.
Estava levando as crianças para casa depois de passar o dia com eles, e decidi que hoje seria diferente, e que ao invés de pedir para o Dre levá-las, eu mesmo as levaria, tudo bem que não somos mais um casal, mas poderíamos ser ao menos amigos, afinal tínhamos 4 filhos e uma ... Ainda não consigo falar esta palavra.

 

Passei em uma floricultura, comprei buque de rosas brancas, amarelas,  champanhe, e vermelhas que simboliza paz, amizade, e solidariedade, e respeito. Apesar de amá-la ainda, queria mostrar que entendia o meu erro, e que aceitaria que o nosso relacionamento tinha acabado de vez.

                                               *Musica amores*

Chegamos na sua casa, e ela estava sentada no sofá lendo uma revista. Já fazia pouco mais de quatro meses que não a via, ela estava diferente, ainda estava abatida, não consegui ver o seu rosto pois ela estava de costas, mas ela estava visivelmente mais magra e abatida.

-Dona Agatah, a senhora tem visita!<disse Demetria a alertando>

Senti o meu coração se partir ao ve-la se levantar com a ajuda de muleta, me senti muito mal ao ver e saber o quão mau eu fiz a uma mulher incrível, a única mulher que eu amei na vida. Ela se levantou calmamente, e se virou para ver de quem se tratava, quando ela me viu senti uma tristeza enorme em seus olhos, alem da decepção que era mais do que visível.


-Ola Bruno, tudo bem?

-Esta!<não>... E você?

-Bem!<foi relativamente seca>

-Trouxe para você!<me aproximei lhe entregando as flores>

-Obrigada!... Senta por favor!<apontou o sofá pra mim>

-Obrigado, não quero te atrapalhar!

-Demetria!... Por favor, coloque-as na água pra mim, por gentileza!<as entregou>... Esta tudo bem, não tenho muito o que fazer!

-Quer ajuda?<me ofereci ao ver a sua dificuldade em sentar>

-Não obrigada, já estou me acostumando a fazer isso sozinha!<sentou-se em outro sofá longe de mim>

Um silencio constrangedor se instaurou naquela sala, por um momento me perguntei o que vim fazer aqui, constatar o quão mal eu fiz a ela, o péssimo marido que fui. Fiquei observando o seu rosto por uns segundos, na realidade estávamos nos encarando, um sem ter o que falar para o outro.

-Desculpa demorar tanto para vir, mas e que...

-Esta tudo bem!... Voçe não tem nenhuma obrigação de vir me ver, afinal não somos mais nada um do outro!<as suas palavras me acertaram em cheio, me deixando meio atônito>

-Mesmo assim, eu sou o seu amigo acima de tudo...

-Oras Bruno, não vamos forçar a barra em, algo que não existe!... No máximo, somos pais dos mesmos filhos!<a olhei perplexo, ela tinha se tornado outra pessoa depois do acidente>

-Voçe esta muito mudada...<disse relativamente baixo>

-Sim, depois que quase se perde a vida, começa a ver o que realmente vale a pena nesta vida!... E o nosso casamento, infelizmente não valeu a pena!

-E a nossa amizade?<ela apertou os olhos parecia tentar conter as lagrimas>

-Eu não sei... A proposito, eu vou me mudar! <disse após respirar fundo>

-Mudar?... Mas...

-Eu não aguento mais ficar nesta casa, ela me sufoca, e tudo me lembra... Voçe!... Voçe faz parte do meu passado, e eu não quero mais ficar aqui!<senti o meu peito apertar, mas infelizmente eu não poderia tentar impedi-la>

-E os meus filhos, como vou -los?

-Ah, Bruno, voçe nem vem buscar, ou leva-los, pede aos outros!... E  continuar fazendo isso!

-Como esta a Sophia?<perguntei trocando de assunto, já estava ficando desestabilizado>

-Esta no quarto, ela esta um pouco inchada ultimamente, sabe como são os últimos meses, ficamos parecendo uma orca encalhada!<enfim ela sorriu como eu sentia falta daquele sorriso>


-MÃE!<ouvimos Sophia gritar do segundo andar>

-SOPHIA!<ela se levantou com certa dificuldade>

-Deixa que eu vou!

Subi rapidamente para o segundo andar, chamei pelo seu nome e ela pareceu na porta do quarto, segurando a sua enorme barriga de nove meses, e com a roupa molhada, ela me olhou com surpresa e sorriu.


-Pai, a minha bolsa estourou, ela vai nascer!

-Calma meu amor, o papai ta aqui ta bom?<segurei em sua cintura>

-O que foi filha?<vimos a Agatah aparecer no corredor>

-A minha bolsa estourou mamãe!<disse sorrindo>

-Eu vou pegar a sua bolsa, e a da bebe!... Por favor Bruno, a ajude a entrar no carro?

-Claro!

Descemos com cuidado e eu a coloquei no meu carro, ela disse que estava sentindo dores, e que estava com muito medo, eu tentei acalmá-la, e dizer que estava tudo bem. Algum tempo depois a Agatah apareceu e disse que era no carro dela, eu rebati dizendo que as levaria.

-Não precisa se incomodar, eu a levo no meu carro, ou peço ao Greg, ele esta em casa!<disse destravando o alarme do carro dela>

-Ela já esta dentro do carro Agatah, eu levo vocês, não me custa!

-Já disse que não, eu vou levar a minha filha para o hospital!

-Para de ser turrona!... Nos só nos separamos, não vamos dar inicio a terceira guerra mundial!

-Quem esta fazendo drama, e tentando iniciar uma guerra aqui, e você!

-Por favor, eu não queria atrapalhar este momento tão lindo!... MAS E QUE A "NETA" DE VOCÊS, ESTA A FIM DE VIR AO MUNDO, E NÃO ESTA NEM UM POUCO A FIM DE ESPERAR "VOCÊS" PARAREM DE DISCUTIR!<gritou de dentro do carro>

Nos olhamos, e ela a muito contra gosto entrou no meu carro. Seguimos para o hospital e a cada contração que a Sophia sentia, eu ficava ainda mais nervoso. Para completar o nosso desespero, o transito estava caótico, e completamente parado.


Para tentar distraí-la eu resolvi perguntar se ela sabe algo do Cris, afinal a filha dele vai nascer.

-Você tem falado com o Chris?<olhei pelo retrovisor e vi a Agatah torcer os lábios como “que pergunta e esta, a uma hora destas”>

-Eu não falo com ele a um tempo, ele nem sabe da nossa filha!... Eu só peço a Deus para ele estar bem!<disse respirando fundo e forçadamente>... Vem uma contração mãe AAAAAAAAAAAAAAA!

A vi segurar firmemente na mão da mãe, e imediatamente me lembrei do dia em que a Agatah teve os gêmeos, ela quase quebrou a minha mão. Foram momentos felizes que agora  serão vivos nas minhas lembranças. Olhei pelo retrovisor novamente, e ela alisava o rosto da nossa filha pedindo calma, e que daqui a pouco ela iria ver o rostinho da filha.

Alguns minutos depois, o transito foi liberado, e uns vinte minutos mais tarde, e 4 contrações, estávamos chegando no hospital. A Agatah seguiu com ela, e eu fui fazer a sua ficha de entrada. Algum tempo depois segui para uma sala de espera. Passei por algumas, e vi uma mulher conhecida em uma delas, ela estava brigando com uma enfermeira, fiquei observando o seu rosto, e logo reconheci.

-Lindsey?<disse assim que a enfermeira saiu>

-Bruno!<disse bufando>...Estava demorando!

-O que você esta fazendo aqui?

-Eu vim ver o meu filho!... O que você esta fazendo aqui, como você ficou sabendo que ele estava aqui?... Você não e nada dele, não tem nem que estar aqui!

-Ei, espera um pouco, o Chris esta aqui?... O que aconteceu?

-Ele foi atingido na maldita guerra!... Mas foi na perna, ele já esta bem, ele estava sendo atendido la, mas pedi para transferi-lo pra , mas lógico, não este hospital!!

-Ele esta bem?<disse aflito>

-Sim, esta!... Mas se você não veio -lo, o que esta fazendo aqui?... A sim claro, a barata sem cor deve trabalhar aqui!

-Não fala assim dela Lindsey!... A minha filha esta tendo bebe!

-Ora, ora, o Bruno Mars vai ser...

-Menos Lindsey, muito menos!... Mas não fica alegrinha não, por que a avó e você!<sorri sarcasticamente>

-<sorriu>... Ate parece, nem brinca uma coisa destas!

-E verdade!

-Ele estava na guerra, impossível...

-Pelo que entendi, o vôo dele foi cancelado, e ele só embarcou no outro dia pela manha correto?... Eles estavam juntos!<me lembrei de como adorava ver a sua cara de espanto>... Em qual quarto ele esta?

-309!<ela parecia esta em estado de choque>

-Parabéns vovó!<sai da sala>

-CALA A BOCA!


Consegui ouvir o seu grito do corredor, e foi impossuível conter o sorriso. Segui para o quarto 309, estava ansioso para -lo, acima de qualquer coisa eu ainda o considero como filho. Adentrei ao quarto, e ele estava sentado olhando para a TV, ele desviou o olhar pra mim e sorriu surpreso, vi o seu rosto se iluminar, e provavelmente o meu também estaria assim. Me aproximei dele sem conseguir conter o sorriso no rosto, e o abracei fortemente, já se faziam 6 anos que não o via, ele estava diferente, estava forte, barbudo, e com cara de homem.

-Como você esta filho?

-Estou bem!... Pai!

-O que você aprontou ai hem?... não mandei você tomar cuidado?

-Desculpa!... Foi uma bala de fuzil, ela atravessou, não pegou em cheio o osso, se tivesse pego, estava amputado agora!<sorriu>

-Vira esta boca pra la garoto!<dei um tapa em sua cabeça>... De garoto você não tem mais nada ?

-Não!... Há muito tempo!<dei outro tapa nele>... Ai, o que foi agora?<passou a mão na cabeça>

-Você e a Sophia!... Eu deveria te jogar la em baixo, sem do!

-Calma!... Você sabia melhor do que ninguém, que a Sophia e eu nos amamos, não sabia?

-E, eu sabia!... E o fruto do amor de vocês, esta vindo ao mundo no andar de cima!

-Do que você esta falando?

-E isso mesmo, a sua filha, esta vindo ao mundo, acho que agora mesmo!

-Filha!... Minha filha?<o seu sorriso era enorme agora>

-E a sua filha!

-Vai ser vo...

-Shiiiiii, não precisa, não precisa!<ele sorriu>

Fiquei um tempo com ele conversando, e matando a saudade, de uma certa forma estava tentando me distrair para não ter um treco, ao saber que a minha menininha estava dando a luz a outra menininha, queria dar um tempo ate a bebe nascer, eu estava tenso com o seu nascimento, e eu queria ficar aqui matando a saudade do meu filho/genro/pai da minha... Um dia eu consigo falar esta palavra.
Depois de um tempo, umas três horas mais ou menos, uma enfermeira veio me avisar que ela tinha nascido, eu disse que iria -la, e lógico ele quis ir juntos.
Acomodaram ele em uma cadeira de rodas, e seguimos para o andar superior, adentrei ao quarto sozinho, queria fazer uma surpresa para ela.


Ela estava com aquele lindo embrulhinho cor de rosa nas mãos, estava com os olhos marejados, e com o semblante cansado, mas mesmo assim estava radiante. Ela me olhou e sorriu timidamente, me aproximei dela, e lhe dei um beijo no rosto, no qual ela retribuiu. Olhei para o pacotinho rosa no seu colo, e foi impossível não se apaixonar, ela era linda, e de cara já dava para identificar que ela seria bem a mistura dos dois. Ela perguntou se eu queria segurar, eu a olhei e me curvei para pega-la no colo, ela reclamou um pouco mas logo se acomodou no meu peito, a balancei um pouco e logo ficou quietinha de novo.

-Ela gostou de você!<disse a Agatah nos olhando>

-E eu estou apaixonado por ela!<sorri>

-Ih, mas que vo...

-Dispenso Sophia!<sorriu>

Por que todo mundo insiste em ficar falando isso, eu sei que ela e sangue do meu sangue, eu vou ama-la com todas as minhas forças. Eu vou me acostumar a ser chamado de... Isso ai que se chama.

-Mas ela é, e não tem como você negar isso!<disse Agatah me encarando seriamente>

-Eu sei disso,  ainda não me acostumei!... Eu tenho uma surpresa pra você!<olhei para a Sophia, e a entreguei a menina>

-Surpresa?... O que será?<sorriu>

-Não sei, mas acho que você vai gostar! <fui ate a porta>

Abri a porta e lhe dei espaço, ele entrou empurrando a cadeira sozinho, ela o encarou incrédula, eu o empurrei  para perto dela que abaixou ao máximo a cama, ate conseguir abraçá-lo, e beijá-lo.


Confesso que -los se beijando me deixou muito incomodado, mas o sorriso dos dois ao ver a filha, superou qualquer incomodo.

Agatah on

O parto da Sophia ate que não foi difícil, ela conseguiu se controlar e fazer bem a sua parte. Depois de algumas horas ela deu a luz a uma menina linda, eu fiquei completamente apaixonada por ela.

Depois do parto quando ela já estava no quarto, o Bruno apareceu dizendo que tinha uma surpresa para ela, e foi impossível conter a emoção, ao -la olhando para o Chris, era notório o amor que eles sentiam um pelo outro. 
Depois de matarem a saudade, e ele ficar babando em cima da filha, eles decidiram escolher o nome dela. Apesar de tudo estava muito satisfeita, por ver a minha filha tão feliz.

Tarde demais! cap -100



Ele nos olhou seriamente, e mais uma vez se sentou na mesma poltrona, se ajeitou, ajeitou a sua prancheta e começou a falar.

-Bom, estamos vindo da operação ortopédica da sua esposa, tivemos que colocar pinos externos em sua perna, e reconstruir o osso do braço com placas de titânio!... Ela já esta se recuperando no quarto, mas ainda esta dormindo, não se sabe ao certo a que horas ela vai acordar, e como vai acordar!... Fizemos alguns testes e aparentemente ela não sofreu nenhum dano neurológico, mas só teremos certeza quando ela acordar!... O seu caso ainda expira cuidados, mas ela esta fora de perigo agora!

-Mas e quanto ao problema do coração?

-Durante a cirurgia, ela teve uma parada cardíaca, tivemos trabalho, mas a estabilizamos, e com isso agora ela esta bem, vamos continuar com o tratamento, agora um pouco mais forte, e redobrar os cuidados que já estávamos tendo antes, no caso nada de esforço fisco, e nas primeiras semanas repouso absoluto, sem álcool, cigarro, e ficar próximo de fumantes!... Enfim, quando ela se recuperar e tiver alta, eu dou as recomendações novamente!

-Doutor a quanto tempo que ela esta seguindo estas recomendações?

-A uns três anos, desde que começamos o tratamento!... Bom, agora eu preciso ir, tenho outros pacientes!... Assim que ela acordar, eu preço para chamar vocês se ela tiver em condições tudo bem?

Nos concordamos e ele saiu. Permanecemos ali sentados, e depois de muito custo convenci a Sophia ir almoçar, ela já não tinha tomado café, e como ela estava grávida tinha que se alimentar. Ela concordou, mas só se eu fosse com ela, eu aceitei e seguimos para o restaurante eu, ela, e o Nick, a Angel disse que iria com o Kam quando voltássemos.
Saímos do hospital e fomos almoçar. Já tínhamos feito os nossos pedidos, já estávamos ate almoçando quando me peguei acariciando a sua barriga, a pegando desprevenida mente, ela sorriu e levantou um pouco a blusa, eu admirei a sua barriga por alguns segundos, acho que enfim a minha ficha estava caindo, eu vou ser... Aquela palavra que não quero falar.



O dia se arrastou lentamente, a tarde foi embora, e a noite chegou trazendo a agonia de um dia inteiro sem que ela acordasse, isso estava acabando comigo, convenci a Sophia ir para casa com o irmão, eu fiquei sozinho no hospital acho que em forma de tentar amenizar a minha culpa por ela estar ali, mas na realidade, não passava de ser a minha obrigação como marido.
Passei uma noite horrível, simplesmente terrível, preocupado, com medo, e me culpando por não ter prestado mais atenção nela, prestado atenção que ela estava doente, que ela precisava, e precisou de mim por todos estes anos, queria saber o porquê ela não me contou, por que ela não se abriu comigo, e disse que estava doente e precisando de apoio, eu sou o seu marido. Se ela tivesse me contado, nada disso teria acontecido, mas eu deveria ter prestado atenção nela.
Quando a manha chegou, eu estava com a cara péssima, não tinha pregado o olho um segundo, estava cansado, mas não arredaria o pe do seu lado, a não ser que ela me pedisse, ate assim eu ficaria ali. Estava voltando da cantina do hospital quando vi uma enfermeira olhando na sala de espera e se retirando, me apressei ate alcançá-la.

-Bom dia, a senhora queria falar com alguém da parte da Agatah Hernandez?

-Sim!... Bom dia senhor Bruno!

-Bom dia, como ela esta?

-Ela acordou no inicio da manha, esta um pouco fraca, mas já pode receber visitas, o senhor...

-Eu preciso vê-la!

                                                         *Musica amores*

Ela pediu que a acompanhasse, eu estava tenso, com medo de ve-la, mas eu precisava, precisava saber como ela estava lhe pedir perdão, e tentar reconstruir o que se quebrou. Parei na porta do quarto, criando coragem para abrir e entrar, coloquei a mão na maçaneta e senti o meu coração ir na boca, estava ansioso e sinceramente tremendo de medo, como eu queria que ela tivesse perdido a memória ao menos do que aconteceu nas ultimas 48 horas. 



Respirei fundo e abri a porta, confesso que me assustei com a sua aparência, ela realmente tinha se machucado muito. Ela estava com a perna elevada devido aos pinos externos que estavam em sua perna, com o braço esquerdo engessado, e com a cabeça enfaixada, estava com o rosto roxo, e muito inchado, se antes a culpa estava presente, agora ela simplesmente era a minha companheira.
Ela abriu um pouco o olho, acho que devido ao inchaço ela não conseguiu o abrir por completo.




-Vai embora daqui!<disse baixo e pausadamente>

-Amor me perdoa...

-Não me chama de amor, e não, eu não te perdoo!<disse mais rápido mas com muita dificuldade>

-Agatah, eu não quero falar sobre isso agora, só quero que você saia logo daqui, eu preciso conversar com você, esclarecer as...

-Quando eu sair, quero ir pra minha casa!... E não quero te ver la!

-Vamos conversar...

-Eu quero o divorcio!

-Divorcio?<eu sabia que tinha te machucado, mas ao ponto de pedir divorcio>...Você esta com a cabeça quente, e esta nestas condições, eu prefiro esperar...

-Agora, ou depois, esta será minha resposta, esta e a minha decisão!... Agora vai embora, eu quero ficar sozinha!<virou um pouco a cabeça para o outro lado>

-Eu te amo muito!<ela esboçou um sorriso irônico>... Só queria que você soubesse!

-Mentiroso! <consegui ouvi-la dizer baixinho>



Tentei tocar em sua mão que  tinha escoriações, mas ela recuou. A encarei por mais uns segundos, e sai do quarto me sentindo pior do que quando entrei, ela estava nervosa, mas eu não tirava a sua razão, se fosse ao contrario, sem duvidas eu pediria o divorcio a ela, mas mesmo assim eu ainda tentarei conversar com ela. 
Sai do quarto e encontrei com a Sophia, o Nick e a Angel, eu disse que tinha ido -la e logo a Sophia quis ir ver a mãe, eu disse que iria para casa e mais tarde voltava. Sai do hospital, peguei o meu outro carro que tinha vindo na madrugada de ontem, e fui pra casa. Tomei um banho, e me deitei um pouco, mesmo à contra gosto, mas respeitando a sua decisão eu iria providenciar tudo para voltar pra minha casa.



Sophia on


Depois de ser convencida a ir pra casa, eu não estava muito a fim de ficar sozinha, pois a Mila não sabia que eu ia pra casa, e foi ficar com o Liam, então, para não ficar sozinha, pedi para o Nick ficar comigo no meu apartamento, não precisei pedir duas vezes, e ele aceitou. Disse a ele que poderia dormir no meu quarto, que eu dormiria no da Mila, ele se ajeitou no meu quarto e eu fui tomar um banho e me ajeitar no quarto dela.
A noite ate que começou relativamente bem, mas durante a madrugada, acordei com um pesadelo horrível, sonhei que estava perdendo o meu bebe, acordei assustada e fiquei com receio de continuar sozinha. Me levantei fui pra sala tomei uma água, e resolvi ver se o Nick ainda estava acordado.
Entrei no quarto e ele estava dormindo profundamente. Não me lembrava da ultima vez que tinha parado para -lo dormir, acho que foi quando ele estava no hospital, eu adorava ficar perto dele vendo ele dormir, coisa de irma doida. Me aproximei da cama e me deitei ao seu lado, ele se mexeu e acordou se apoiando nos braços, me encarando assustado.

-Aconteceu alguma coisa?<perguntou com voz de sono.

-Não!... Vamos dormir!

-Você vai dormir aqui?<me encarou>

-Qual e o problema, você e o meu irmão que eu amo!<sorri>

-Doida!<sorriu>... Também te amo maninha, você e a minha princesinha!<alisou a minha barriga>

-Princesinha, eu não fiz nenhuma ultra!... E uma previsão?

-E coisa de tio, quer deixar?... Agora vai dormir!<se virou para o outro lado>

-Nick!

-Fala Sophia!<sorriu>

-A mamãe vai ficar bem?<perguntei já começando a chorar>

Ele sentou na cama se escorando na cabeceira me puxando para o seu peito.



-Vai ficar tudo bem!<disse acariciando o meu cabelo>

-Não quero que ela...

-Ela não vai!... Ela não pode, ainda tem que conhecer a minha princesa e os meus filhos também “oras”!<sorriu me fazendo sorrir>

-Ai caramba!<coloquei a mão na barriga>

-O que foi?

-Mexeu, mexeu muito forte!<sorri acariciando a minha barriga>

-Princesinha do titio!<acariciou a minha barriga>

Depois de mais algumas conversas, senti os meus olhos pesarem e acabei adormecendo.
Acordei com um pouco de desconforto, e acho que ele vai ficar quebrado, pois estava todo torto para me deixar confortável. Eu amo muito o meu irmão, os meus irmãos na realidade.
Tomei um banho me arrumei rápido, pois ia voltar para o hospital. Quando estava terminando de me arrumar ele acordou, disse para esperá-lo que ele iria comigo. Depois de uns vinte minutos já estávamos saindo de casa. Assim que chegamos ao hospital, encontramos com a tia Angel, ela estava se identificando para entrar, nos juntamos a ela e subimos, encontramos com o papai no corredor, ele não estava com uma cara muito boa, ele disse que estava indo para casa tomar um banho, e que mais tarde voltaria, ele disse que a mamãe já estava podendo receber visitas. Nos despedimos, ele foi embora, seguimos para o quarto, estava morrendo de ansiedade para -la.
Abri a porta e o meu coração veio na boca, ela estava irreconhecível, mas tentei não lhe demonstrar o meu espanto, e tentei ser o mais natural possível. Eu disse que estava me sentindo culpada pelo que aconteceu, ela acariciou a minha barriga, e disse que estava feliz por saber da minha gestação, e que ela tinha sido uma coisa boa.

-O que aconteceu mãe?

-E uma longa historia filha!<disse com certa dificuldade>

-Tenho todo o tempo do mundo!<sorri e me sentei na beira da cama>

Ela nos contou cada detalhe do que tinha acontecido, desde a hora em que ela saiu de casa, passando pelo flagrante que ela deu no meu pai no estúdio, ate o pedido de divorcio. Confesso que estava de queixo caído com o meu pai, eu não esperava isso dele, fiquei muito triste com ele, mas apoiei a sua decisão, se era o divorcio que ela queria, eu iria apoia-la, acho que também pediria se fosse comigo, acho que seria o minimo.
Depois deste dia, eu ia todos os dias visitá-la, eu a minha tia, o meu irmão, o meu pai, mas ele só entrava quando ela estava dormindo. 



Ele estava mais abatido, parecia estar sofrendo, mas como eu tinha prometido desta vez eu não me meto, eles sabem o que fazem, e vamos combinar que o meu pai pisou feio na bola desta vez.
Ela ficou pouco mais de um mês internada, neste meio tempo o meu pai saiu de casa, e eu voltei pra casa, iria ficar com ela ate que ela se recuperasse, e que eu tivesse o meu bebe, afinal não poderia estar melhor, perto da minha mãe que alem de tudo, e uma pediatra incrível.
Enfim um mês e meio depois ela estava indo parara casa, estávamos muito felizes por isso, e por que eu convenci o Nick a jogar na loteria, ele acertou, o meu bebe será uma menina, ele claro, ficou mais bobo ainda, já vi que este tio vai estragar a minha filha.

                                         *Musica amores*

Agatah on


Estava enfim voltando pra casa, não sei se isso era bom, ou ruim, afinal teria que voltar para o lugar aonde eu vivi com ele por mais de cinco anos da minha vida. Tenho que admitir que a decisão que eu tomei fui muito difícil, mas agora já não tinha mais volta, eu tinha dado entrada no pedido de divorcio ainda internada, e em pouco mais de um mês eu assinaria, e estaríamos separados para sempre desta vez.
Confesso não ser uma decisão fácil a ser tomada, mas era o certo a se fazer. Aquela cena nunca saiu da minha cabeça, eu tive pesadelos horríveis, e não quero ter que pensar mais nisso.
Não foi fácil ter que olhar em seus olhos e ter que pedir o divorcio, eu ainda o amo, mas não conseguirei conviver com estas imagens na minha cabeça. Eu pensei em perdoa-lo, juro que pensei, afinal quando perdoamos uma pessoa depois de uma traição destas, e  por que a falta que ela faz em nossas vidas, e maior do que o erro que ela cometeu. 
Mas o erro do Bruno e imperdoável, ao menos para mim e imperdoável. Se eu disser que não o amo, e mentira, se eu disser que não sofrerei e uma das maiores que  disse, mas se eu o perdoasse, seria pior ainda para mim, pois a duvida e a desconfiança, seria o nosso maior fantasma da minha vida, e eu morro de medo de fantasmas.
Quando reatamos, eu disse que seria a nossa ultima chance, e que não teria mais volta, e assim será, pra mim não terá mais volta, eu não o quero mais como homem, como marido, talvez amigo, talvez amigo era o que nunca deveríamos ter deixado de ser, acho que o nosso envolvimento, e casamento foi um erro de percurso. Espero que ele esteja bem, e que siga a vida dele assim como pretendo seguir com a minha, espero ser feliz novamente, estando sozinha... Ou não.

You lost me (apenas a tradução-a ultima musica)
Você me perdeu
 
Cansei, a arma ainda está quente
Nós perdemos tudo, o amor se foi
Ela ganhou, agora não tem mais graça
Nós perdemos tudo, o amor se foi

E nós tivemos mágica
E isso é trágico
Você não conseguia segurar as suas mãos

(Refrão:)
Eu sinto que o nosso mundo foi infectado
E de alguma forma você esqueceu de mim
Descobrimos que a nossa vida foi alterada
Amor, você me perdeu

E nós tentamos, oh como nós choramos
Nós nos perdemos, o amor morreu
E, oh, nós tentamos, você não pode negar
Fomos deixados como conchas, perdemos a luta

E nós tivemos mágica
E isso é trágico
Você não conseguia segurar as suas mãos

(Refrão:)
Eu sinto que o nosso mundo foi infectado
E de alguma forma você esqueceu de mim
Descobrimos que a nossa vida foi alterada
Amor, você me perdeu

Agora sei que você se arrepende e que éramos doces
Mas você escolheu a luxúria quando me enganou
E você vai se arrepender, mas é tarde demais
Como posso confiar em você novamente?

(Refrão:)
Eu sinto que o nosso mundo foi infectado
E de alguma forma você esqueceu de mim
Descobrimos que a nossa vida foi alterada
Amor, você me perdeu