sábado, 30 de novembro de 2013

Acidente?


Eu terminei de colocar a roupa e disse a ela que deveríamos ir embora, por que eu iria atrás da minha esposa.

-Você acha que ela ainda vai querer falar com você?<me encarou>

-Não, mas eu preciso tentar falar com ela!

Saímos do estúdio, tranquei tudo, e ela perguntou se eu queria uma carona, eu disse que iria de táxi, não queria piorar ainda mais a situação. Peguei um táxi e segui para casa, estava com receio de como seria a nossa nova conversa, se é que teria uma nova conversa. Peguei-me pensando em tudo o que tinha acontecido em todas as promessas que fiz, no tanto que lutamos para ficarmos juntos, no quanto sofremos para ficar um ao lado do outro, e agora estamos aqui, eu coloquei tudo a perder, coloquei o meu casamento, o que eu mais almejei ter em risco, por causa de um erro, de uma burrada, uma estupidez.
Assim que chegamos no condomínio, eu paguei a corrida e segui para o interior da casa, assim que cheguei na garagem já achei estranho pois o meu carro não estava, ou ela não tinha vindo pra casa, ou já tinha começado a se vingar começando por ele.

-Demetria, Aubrei!<as chamei e em seguida entraram na sala>

-Boa noite!< disseram juntas>

-Nada boa!... Cadê a Agatah?<perguntei colocando as chaves de casa na mesinha da entrada>

-Ela saiu mais cedo e ate agora ainda não voltou!... Ate pensamos que ela estaria com o senhor, afinal hoje e aniversario de casamento e vocês, não e?

-Sim, é sim!... Mas e que nos desentendemos, ela pegou o meu carro e veio pra casa, eu achei que ela tivesse vindo!

-Ela deve ter ido conversar com a Daiana, ou com a Sophia!

-E, talvez!... Mesmo assim obrigado, eu vou tomar um banho, e esperar ela no quarto!

Segui para o meu quarto, tomei um banho, me troquei colocando um moletom cinza e me deitei, quando ela chegasse tentaria conversar com ela novamente.


AGATAH ON

                                             *Musica amores*

Depois que me deparei com aquela cena deplorável, senti um ódio gigantesco crescer dento do meu peito, não sei como eu consegui bater naquela infeliz, tirei forças não sei de onde, pois sabia que não poderia me aborrecer. 
Peguei o carro do Bruno e sai em disparada pelas ruas de Los Angeles, eu estava atordoada, com os olhos cheios de lagrimas, que diversas vezes cheguei a derrapar, e para piorar ainda mais a situação estava começando a chover. 
Por que ele tinha que ter feito isso comigo, o que eu fiz de errado? Na realidade eu sei muito bem, mas isso era motivo? Talvez, mas ele deveria ter conversado comigo, poderíamos ter resolvido tudo sem precisar de todo este constrangimento.
As imagens deles dois transando, e gemendo como loucos, não saiam da minha cabeça, parecia um DVD arranhado. Os meus olhos estavam embaçados devido ao forte e insistente choro que não queria cessar, eu respirava fundo tentando estabilizar a minha respiração e consecutivamente o choro, mas quando as imagens vinham a minha cabeça, piorava ainda mais.
Eu não sabia aonde iria, não sabia com quem falar, estava realmente perdida, eu só sabia que não queria ir pra casa.
 O meu coração estava acelerado, e isso não era um bom sinal, eu precisava me acalmar imediatamente. Senti uma pontada muito forte seguida de uma falta de ar insuportável, quando parei no sinal revirei a minha bolsa atrás do meu medicamento, mas para a minha surpresa e desespero, ele não estava la, dei uma segunda olhada somente para conferi, mas realmente ele não estava.
 A minha respiração estava muito falha, e as pontadas estavam aumentando ainda mais. 


Decidi pegar um desvio e ir para o hospital, mas antes que eu pudesse ao menos pegar uma reta, fui surpreendida por um farol muito alto em minha direção, e do nada uma pancada muito forte na lateral do carro, senti tudo rodar, e algumas vezes a minha cabeça bater em algo que imaginava ser o teto do carro, e em seguida tudo escurecer. Abri os olhos com certa dificuldade, estava com muitas dores pelo corpo, e a única coisa que conseguia ouvir era algumas vozes ao meu redor, e sentir um cheiro extremamente forte de gasolina. 
Estava com as pernas presas, e não conseguia me mexer, tentei fazer um movimento, mas senti muita dor, dei um grito devido a intensidade da dor que senti, e em seguida tudo escureceu novamente.

Sophia on

Durante a noite em casa com a Mila e o Liam, estava mostrando a eles tudo o que a minha mãe tinha comprado para o meu bebe. Eles eram não só os meus amigos, eles são o meu porto seguro, a Mila não me julgou em nenhum momento, desde que eu tinha descoberto a minha gravidez a dois meses atrás, pelo contrario, me ajudou em tudo e esteve ao meu lado. 
O Liam alem de meu primo, era como um irmão, ele era incrível comigo, e me tratava muito bem, alem de me atender nos meus desejos. 
Agora veja como são as coisas, me lembro claramente quando vi a minha mãe grávida dos gêmeos, e disse que não queria ter filhos, que ridícula, olha onde estou agora deitada na minha cama alisando a minha barriga de quatro meses. 


Eu estava tentando criar coragem para contar para mais alguém da minha família, pois alem da Mila e do Liam, só quem sabia era o Nick. Sim, eu pedi para ele não contar a ninguém e pela reação da mamãe, ele realmente não contou. Ele estava preocupado comigo, e me deu uma bronca seria, logo o meu irmão mais novo, e mole? Mas ele esta demonstrando que será um ótimo tio, pois ele sempre vem aqui em casa e traz alguma coisa, ou para mim, ou para o meu bebe.
Estava distraída, quase dormindo na realidade quando ouço o meu celular tocar, olhei no visor e não reconheci o numero, relutei um pouco, mas acabei atendendo.

-Alo!<disse receosa>

-Alo, desculpa incomodar, mas por acaso o seu nome e Sophia?

-Quem deseja saber?

-Então, o meu nome e Dr. Bryan, eu sou paramédico, e o seu numero foi o ultimo discado por uma senhora de nome...

-Por favor doutor, não me deixa aflita, eu estou grávida!<disse nervosamente>

-Desculpa, e que estou tentando ler o nome dela!... Ela se chama Agatah Hernandez, você conhe...

-MÃE, O QUE ACONTECEU COM A MINHA MÃE?<com o elevar da minha voz a Mila e o Liam apareceram na porta do quarto>

-Desculpe, mas ela sofreu um acidente de carro, e estamos levando ela para o hospital, e como estava sozinha...

-QUAL HOSPITAL, PRA ONDE ESTÃO LEVANDO ELA?<senti o telefone ser tomado das minhas mãos>

-Alo, eu sou sobrinho da Agatah, a filha dela esta grávida não pode se aborrecer ainda mais, pode me passar o endereço!

-A MINHA MÃE MILA, ELA SOFREU UM ACIDENTE, EU PRECISO IR -LA!<estava sentindo um aperto enorme no peito>

-Calma Sophia, você não pode se agitar assim, vai fazer mal para o bebe!

Sem nem me importar com a presença do Liam no meu quarto comecei a me trocar, eu precisava ir imediatamente para o hospital. Assim que ele desligou o telefone seguimos todos para o carro, e em pouco tempo já estávamos chegando no hospital central assim como ele informou.
 Eu estava com o coração meio acelerado, estava com medo de ter acontecido algo muito serio com ela, eu amo muito a minha mãe, e não posso nem pensar na hipótese de perdê-la agora. 
O Liam foi ate a recepção, e como ela tinha acabado de dar entrada, ainda não tinham nenhuma informação sobre ela, fato que me deixava louca de preocupação. Ele preencheu a ficha de entrada no hospital pelo simples fato de ter o mesmo sobrenome, seguimos para a sala de espera, e os seus pertences pessoais foram entregues a mim. 
Lembrei que não tínhamos avisado a ninguém, pedi ao Liam para ligar para o tio Ryan, e avisasse a tia Daiana, enquanto eu avisado ao meu pai. Mesmo não querendo vê-lo ainda por conta da minha gravidez, eu precisava avisá-lo, e eu tinha certeza absoluta que ele viria correndo para o hospital.

-Alo pai?

-Sophia?... Enfim resolveu ligar, lembrou que tem pai e mãe?

-Pai, por favor, agora não!<disse com a voz tensa e arrastada devido ao choro>

-O que aconteceu filha?<seu tom era de preocupação>

-Eu estou no hospital...

-O que aconteceu com você?

-Não foi comigo, foi com a mamãe!

-O QUE ACONTECEU?... EM QUAL HOSPITAL VOCÊ ESTA?

-No central... Alo!... Alo!<ele desligou>...Ele já esta vindo!

-Consegui ouvir os gritos dele daqui!<disse Mila ao meu lado>

-O tio Ryan já esta vindo com a Daiana!<sentou ao meu lado>

-Eu não posso perder a minha mãe!<disse retomando o choro>


-Você não vai amiga, não vai, ela não vai te deixar!<disse acariciando a minha cabeça>

Ficamos por um tempo apenas sentados esperando qualquer noticia que seja da minha mãe, a cada segundo que passa era mais agonizante ainda, a falta de noticias era desesperadora. 
Depois de meia hora mais ou menos ouvimos a voz do meu pai ecoar pelo corredor, o Liam aparecer na porta e em seguida ele entrou acompanhado do tio Ryan, e da tia Daiana.

-O que aconteceu filha?<disse vindo me abraçar>

Ai meu deus, a minha barriga, o que eu faço ele vai sentir o volume. Prendi a respiração murchando um pouco a barriga ate terminar o braço.


-Eu não sei, estava em casa, já estava preparada para dormir, quando recebi um telefonema do paramédico!<respirei fundo liberando o ar>

-Ninguém da notícia nenhuma aqui!<parecia indignado>

-Calma pai!... Você sabe o que aconteceu?

-Não, eu não sei como aconteceu o acidente!

-Estranho, hoje e o aniversario de casamento de vocês, não era para estarem juntos?<ele me encarou nervosamente>

-E... Era!

-E por que não esta...

-Boa noite!<olhou no relógio>... Bom dia na realidade!... Família da Senhora Agatah Hernandez?

-Sim, como a minha mãe esta doutor?

-Me chamo Jayden Alexander, sou o cardiologista da Agatah a pouco mais de três anos...

-Calma ai, cardiologista?... A mais de três anos?

-A minha mãe tem problemas de coração?

-Sim, e muito sérios, ela não contou?

-Não, eu não sabia de nada!

-Estranho, ela ate deu entrada no hospital a uns quatro meses atrás durante a madrugada, e depois mais umas duas, ou mais!... Ela estava com a senhora correto?<apontou para a Daiana>

-Sim!... Nos viemos por que ela passou muito mal!

-Por que você não me falou Daiana?... Onde eu estava?

-Eu disse a ela para te contar, mas ela não quis, voçe conhece a sua mulher!... Eu sei desde que ela descobriu a três anos mais ou menos!

-Bom isso não vem ao caso!... Devido ao acidente a situação do seu coração se agravou e muito!<ele sentou na poltrona>... Ela tem Cardiomiopatia Hipertrófica...

-O que e isso?<perguntei prestando o máximo de atenção>

-A Cardiomiopatia Hipertrófica (CH) e uma condição na qual á o aumento do músculo cardíaco!... Esta hipertrofilia dificulta a saída do sangue do coração, forçando-o trabalhar mais para bombear o sangue para o restante do corpo!

-Mas o que causou esta doença no seu coração?... Ela sempre foi saudável!

-Bom senhor Hernandez, depois de muitos testes e exames, chegamos a conclusão que foi genético!... Acreditamos que seja resultado de vários problemas com os genes que provocam o crescimento do músculo cardíaco!

-Mas por que só apareceu agora?<perguntei>

-Só se agravou agora, ela provavelmente começou a se estressar, a ter preocupações talvez desnecessárias, enfim, poderia ter acontecido em qualquer idade!

-Mas em relação ao acidente?<perguntou a tia Daiana aflita>

-Bom, o acidente foi serio, eu falei com o ortopedista, e ela quebrou duas costelas o braço esquerdo em quatro partes, e perna esquerda em duas, alem de um corte profundo na cabeça!... Lamento mas o seu estado e gravíssimo!

-Quando vou poder ver a minha mãe?

-Talvez daqui a umas 24 horas, ela esta sob medicação!... Bom, já estão informados, e qualquer coisa e só me procurar, estarei aqui ate as sete da noite!<se retirou>


Senti um forte aperto no peito, estava com medo de perder a minha mãe, ela e tudo o que eu mais amo na vida, ela e o meu filho.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Não acredito! cap 97



Olhei em seus olhos e ela desviava do contato visual comigo, ela não conseguia olhar nos meus olhos.

-Me perdoa mãe!<disse com a voz embargada>

-Perdoar?... Ok, agora estou preocupada, fala logo que esta acontecendo!<disse com a voz um pouco alterada>

                         

Ela respirou fundo e pegou na barra da enorme blusa que usava, e a elevou revelando uma saliência bem visível em seu abdome. Senti o meu corpo tremer por completo, elevei a mão na boca, a minha cabeça estava girando, eu fiquei sem chão. Me sentei no sofá novamente tentando associar o que estava vendo, a minha filha, o meu bebe, estava grávida, eu seria avó.

-O seu pai vai surtar!<só consegui pensar nele neste momento>

-Eu sei!...Não sei o que eu fazer...

-Você esta de quantos meses?<perguntei sem olhar para ela, eu não conseguia encarar o seu rosto, eu estava decepcionada com ela>

-Estou com 4 meses!

-Quando você pretendia nos contar?... QUANDO NASCESSE?

-Não mãe, eu...

-Já contou para o pai da criança, né cla...

-Não!

-Como não?... Vai me dizer que aquele mule...

-O pai do meu filho não e o David!

-Eu juro que tenho medo de perguntar...

-E o Chris!

-Meu Deus!...Preciso de um copo d’água!... Mas, ele não esta no Iraque?

-Esta mãe!... No dia seguinte em que ele ligou para o papai, ele me ligou e disse que tinha acontecido um problema, e a viagem tinha sido adiada, nós nos encontramos e acabou acontecendo!

-Vocês não se preveniram?

-Foi tudo muito rápido mãe, quando vi já tinha acontecido, na realidade só me lembrei no dia seguinte!... Eu perdi a minha virgindade com ele, foi um mero descuido...

-Descuido que agora resultou em uma vida!... Sophia o que você vai fazer da sua vida?

-Eu não sei mãe, estou confusa!<ela sentou no sofá>

-Apesar de não ser a favor, já aconteceu e não tem como voltar atrás!<me sentei ao seu lado>... Eu estou do seu lado ta bom filha, pode contar comigo para o que você precisar tudo bem?<disse enquanto a acolhia em meus braços>

-Estou com medo do meu pai, por isso me enclausurei!... Eu prometi a ele que teria juízo, que seguiria a minha vida com responsabilidade, e logo na minha primeira vez engravidei!... Eu me odeio por isso!<disse intensificando o choro>

-Ele vai surtar com o já disse, mas este bebe não tem culpa, ele não pediu para estar ai, e agora ele merece receber muito amor e carinho!<disse e pela primeira vez toquei em sua barriga>

Senti um arrepio tomar o meu corpo, um medo por ela, pela criança, e eu não queria ser a pessoa a falar coisas tristes, ou lembrar que o futuro a Deus pertence, mas corria o risco do pai nem chegar a conhecer o filho, infelizmente. Depois de consolar a minha filha e lhe dizer que eu estaria ali com ela para o que precisasse, a convenci a sair comigo para almoçar, aproveitamos e passamos no shopping, e eu acabei me empolgando e comprando algumas coisinhas para o meu netinho, ou netinha. Ai meu Deus AVÓ.

Para completar, hoje o Bruno e eu fazemos cinco anos de casados, parece que foi ontem. Eu tinha decidido falar com ele sobre a Sophia, e para o meu desespero e ansiedade, ele ainda não tinha chego do estúdio. Já passava das sete da noite e eu queria sair para jantarmos fora.
 Me arrumei e decidi lhe fazer uma surpresa, e encontrá-lo no estúdio. Peguei um táxi afinal ele esta de carro, e de la iríamos direto para um restaurante. Assim que o táxi parou, paguei a corrida e segui para o interior do estúdio, passei pela portaria e já estava tudo no maior silencio, estava escuro, e parecia estar vazio, mas ainda tinha gente, só tive esta conclusão por que a porta principal ainda estava aberta. Assim que me aproximei da porta do estúdio ouvi algo cair e se quebrar, abri a porta e senti o meu sangue gelar dentro das minhas veias, e quase que imediatamente ferver como a larva de um vulcão em erupção.


Bruno on

Alguns meses depois do ocorrido com a minha filha, parece que as coisas tinham voltado ao normal, a Agatah e eu estávamos bem, o Nick estava com o seu carro novo, enfim tinha conseguido tempo para comprá-lo. A Sophia estava meio sumida, mas como ela tinha resolvido viver a vida dela, eu não estava me metendo como antes. A Agatah continuava estranha, mas estávamos conseguindo contornar tudo isso.
Já eu, bom, depois do bolo que dei na Rachel quando briguei com a minha filha, ela resolveu aparecer novamente no estúdio e cobrar o encontro, como estávamos nos dando muito bem como amigos, decidi continuar me encontrando com ela, estava tudo numa boa, afinal novos amigos são sempre bem vindos, mas eu deveria imaginar que nem sempre as coisas são, ou acontecem como prevemos. 
Um mês depois de começarmos a nos encontrar freqüentemente, e na maioria delas no estúdio mesmo, acabou acontecendo o inevitável, devido a Agatah estar estranha comigo, novamente, tirando os problemas corriqueiros nos estúdio, eu cai na burrada de me abrir com a Rachel e acabamos nos beijando, e como uma coisa leva a outra acabamos transando naquela noite. Ao mesmo tempo que me senti bem, me senti sujo, um lixo na realidade, mesmo com todos os problemas, eu não deveria ter feito isso, mas enfim, agora já estava feito. 


Continuamos a nos encontrar mais algumas vezes, no estúdio mesmo, ou as vezes em um motel, e inevitavelmente transando mais algumas vezes. Eu amava a minha esposa, mas Rachel mexia comigo, eu não poderia negar isso, ela era uma mulher muito gostosa, de um corpo incrível, e de curvas impecáveis, era atraente, tinha um bom papo, e me entendia.
Hoje tive um dia corrido, mas tinha que ir embora cedo por que era o nosso aniversario de cinco anos de casamento, tinha comprado um gargantilha para ela, e a levaria para jantar, tinha esperança de que ela estivesse mais maleável hoje. 
Estava pronto para ir embora, todos já tinham se retirado, eu ficava sempre por ultimo ultimamente, sempre esperava a Rachel pois era o horário que ela aparecia, e hoje não seria diferente, mas eu não ficaria com ela pois iria pra casa mais cedo. Estava sentando no sofá, e tinha deixado a porta principal do estúdio aberta como sempre fazia para que ela entrasse, senti o seu perfume invadir o ambiente, sempre que o sentia estranhamente ficava mais calmo, e sereno. 
Senti as suas mãos nos meus ombros já me fazendo uma deliciosa massagem, fechei os olhos momentaneamente e aproveitei as suas mãos me tocando com cuidado. Senti a sua boca tocar o meu pescoço, me dando alguns beijos deslizando pelo meu ombro, assim como as suas mãos pelo meu peito, era muito bom sentir o seu toque quente, ela era uma mulher cheia de fogo e desejo, sabia como deixar um homem louco com apenas alguns toques. 
Sei que o que estou fazendo e errado, e inaceitável, mas aconteceu, foi quase que inevitável, eu sou homem, preciso atender as minhas necessidades, e já que a minha mulher não esta fazendo isso, por que não procurar na rua? Estou sendo completamente machista, e confesso que se fosse ao contrario, eu surtaria.
Segurei em seus braços e disse que precisava ir embora hoje, que não poderia ficar, ela relutou um pouco e me pediu que ficasse, sentou no meu colo e começou a me beijar intensamente, as suas mãos passeavam pelo meu corpo, a sua boca invadia a minha sem permissão, era um beijo bruto e cheio de urgência, e desejo, e que a cada minuto ficava ainda melhor. 
Senti as suas mãos arrancarem a minha blusa, enquanto a minha abria o fecho do seu vestido, em poucos minutos já estávamos despidos e desfrutando de um sexo cheio de excitação, e prazer. 


Estava sentado no sofá enquanto ela se movimentava rapidamente no meu colo, desfrutava de cada centímetro do seu corpo, enquanto ela gemia coisas impronunciáveis ao pe do meu ouvido me deixando ainda mais excitado e cheio de tesão. 
As suas mãos apertavam com vontade as minhas costas enquanto ela rebolava no meu membro me levando ao êxtase total, gemíamos juntos em um coro delicioso, ela era uma mulher muito gostosa e sabia fazer muito bem, sabia me deixar sedento por mais.
Estávamos aproveitando um do outro, completamente entregues aquele momento delicioso cheio de prazer quando inesperadamente e infelizmente fomos interrompidos.

                                    *Musica amores*

-Eu não acredito no que eu estou vendo e ouvindo!

Senti o meu corpo gelar, o tesão desapareceu em um passe de mágica dando lugar ao constrangimento, a humilhação e a tristeza. Sei que estava errado, mas ela não precisava saber assim.

-Agatah, eu posso te explicar!<disse assim que nos desconectamos e cobri o meu corpo com a minha roupa>

-A típica frase  Bruno, “eu posso explicar” o que você vai explicar?... Eu estou vendo você com esta vagabunda! <ela estava com o semblante de ódio, acho que ela seria capaz de nos matar ali e agora>

-Agatah, se acalma, e me ouve!<disse colocando a calça pelo menos>

-EU NÃO QUERO OUVIR PORRA NENHUMA, EU QUERO TE MATAR BRUNO, MATAR VOCÊ E ESTA VAGABUNDA DESGRAÇADA!<disse já indo pra cima da Rachel, eu tentei segura-la mas não cheguei a tempo>

Elas começaram a se atracar no meio do estúdio, derrubando o que estava pela frente, elas trocavam socos, puxões de cabelo, arranhões, enfim, eu fiquei sem saber o que fazer, sem saber quem segurar, estava sozinho nessa, e só poderia escolher uma ou entrar no meio. 
Resolvi me arriscar e entrar no meio, confesso que nunca apanhei tanto, das duas ao mesmo tempo, eu tentava separá-las, mas estava complicado, a Agatah queria arrancar a cabeça dela, e quando me viu tentando apartar, mudou o foco e começou a me agredir, segurei os seus braços com certa dificuldade, enquanto a Rachel se vestia no canto do estúdio, ela estava revoltada e eu não tirava a sua razão.

-EU TE ODEIO, VOCÊ E UM LIXO, EU TE ODEIO DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO!... VOCÊ NÃO PRESTA!<ela se debatia enquanto a segurava com força>

-POR FAVOR AGATAH ME OUVE!

-EU NÃO QUERO OUVIR NADA QUE SAIA DESTA SUA BOCA IMUNDA!<disse se desvencilhando dos meu braços>


-QUER SABER, E MUITO BEM FEITO!<ela me encarou indignada>... E ISSO Ai QUE VOCÊ ESTA OUVINDO, VOCÊ E BIPOLAR AGATAH, UM DIA ESTA FELIZ E CHEIA DE AMOR PRA DAR, E NO OUTRO ESTA DEPRESSIVA E QUERENDO ME MATAR SEM MOTIVOS!... VOCÊ E UMA PESSOA ESTRANHA, SE TORNOU ESTRANHA...

-NADA DISSO E MOTIVOS DE UMA PALHAÇADA DESTAS!... VOCÊ ACHA QUE EU MEREÇO ISSO?... EU SEMPRE FUI A SUA COMPANHEIRA, INDEPENDENTE  DO MEU HUMOR, INDEPENDENTE DE QUALQUER COISA!<me encarou>... E VOCÊ PARA DE RIR SUA VAGABUNDA, APOSTO QUE ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA NÃO E?<foi novamente pra cima da Rachel>

-EU NÃO ESTOU RINDO, VOCÊ ESTA MALUCA?<se defendeu>

-SOLTA ISSO AGATAH!<disse assim que a vi pegar uma guitarra e ir pra cima dela>

-EU DEVERIA QUEBRAR ESTA SUA CARA DE VADIA!<disse assim que tirei o instrumento da sua mão>

-AGATAH POR FAVOR PARA COM ISSO...

-ME SOLTA!... REALMENTE NÃO VALE A PENA, EU NÃO VOU FICAR AQUI OLHANDO PARA A CARA DE VOCÊS!<ela pegou a bolsa e as chaves do meu carro que estavam sobre a mesa e saiu correndo>


Eu tentei ir atrás dela, mas como tive que desviar de alguns cacos de vidro por estar descalço, não consegui alcança-la. Quando cheguei do lado de fora ela  estava cantando pneu, e em seguida sumiu a toda velocidade. Voltei para o interior do estúdio e a Rachel estava terminando de se vestir, ela tinha culpa, mas eu tinha mais, se eu quisesse não teria me envolvido com ela, eu estava me sentindo muito mal agora, e definitivamente perdido.

Estranha! cap 96






Depois de uma hora mais ou menos, decidimos dar uma volta pelo shopping, eu queria aproveitar cada minuto com ele ao meu lado. Contei a ele que tinha saído de casa, ele não acreditou em mim, disse que o papai só estava nervoso e disse que eu deveria voltar, mas fui reticente, acho que esta decisão sem duvidas foi a melhor que eu poderia ter tomado.
Depois de um tempo apenas passeando de mãos dadas, ele continuava muito carinhoso comigo, parecia que nunca tínhamos ficado separados, as suas mãos, e o seu ombro continuavam confortantes e macios.  Percebi que ele bocejou, mas tentou disfarçar para que não percebesse, ele deveria estar bastante cansado.

-Acho melhor voçe ir descansar!<disse parando e colocando a mão em seu peito>

-Esta tudo bem, eu quero ficar aqui com voçe!<disse me puxando contra si>

-Eu também quero aproveitar a sua companhia, mas também não quero que fique tão exausto para viajar!

-E bom que eu durmo durante o voo!... Mas confesso que realmente estou muito cansado, se voçe quiser ir para o hotel comigo, podemos ficar em uma cafeteria próxima conversando mais!

Apenas sorri, seguimos para o estacionamento, entramos no meu carro e seguimos para o seu hotel. Assim que chegamos, estacionei na rua mesmo, e antes de saímos do carro fui surpreendida com um beijo forte, e intenso, nunca havíamos nos beijado como agora, com tanto sentimento saudade amor, e por que não com muito, mas muito tesão. 
Uma de suas mãos repousaram em minha coxa fazendo um leve e delicioso carinho, enquanto a outra estava alojada em meu rosto. Apreciei cada centímetro da sua boca como se desfrutasse do mais delicioso fruto já existente, senti que precisava dele, precisava do seu carinho, da sua atenção do seu toque, era ele que eu realmente amava, era ele que eu sempre amei.
Nos desvencilhamos com selinhos assim que sentimos o ar faltar, mas as nossas mãos, e os nossos corpos não queriam isso, estávamos precisando um do outro neste momento, estávamos precisando de mais.

-Eu te amo!<fui surpreendida por esta frase em meio a beijos quentes no pescoço>


Parei os seus beijo e segurando o seu rosto o encarei.

-Eu também te amo, sempre te amei!

-Eu preciso de voçe!<disse rente ao meu rosto>

O encarei e pude perceber o seu rosto se iluminar, sorri ao ver os seus olhos brilharem e um lindo sorriso se fazer presente em seu rosto, lhe dei mais um beijo e saímos do carro. Anteriormente o combinado seria ir para a cafeteria, mas acho que não poderíamos perder a oportunidade de estarmos juntos, afinal esperamos tanto tempo por isso, passamos por tanta coisa para conseguirmos chegar ate aqui, e saber que hoje ele esta aqui, e amanha não saberei nem se ele voltara mais.

                                                             Musica!!


Adentramos ao hotel, e em poucos minutos ao quarto. Ele segurou em minha cintura me surpreendendo com um beijo cheio de saudade e urgência, sentia o sabor dos seus lábios nos meus, me deixando completamente sem ação. Borboletas? No meu estomago pairavam milhares, e milhares, e milhares delas, estava nas nuvens nos braços do cara que eu realmente amo, e sempre vou amar, estando ao seu lado ou não. 
Senti o seu corpo me empurrar para trás, enquanto retirava a sua jaqueta de couro preta, o deixando apenas de camisa branca justa, que moldava o seu corpo que estava deliciosamente malhado, talvez devido ao treinamento militar, e em nada lembrava aquele garoto franzino e sem corpo de alguns anos atras. 
Senti a suas mãos pairarem sobre o meu corpo com toques leves e quentes, deixando um rastro de amor e desejo por onde tocavam. Senti as suas mãos suspendendo a minha blusa com calma, a retirando em seguida, senti o meu rosto esquentar de vergonha, era a minha primeira vez, e seria com ele, com a pessoa que amo, com a pessoa que me prometeu amor, e que prometeu voltar, e ser todo meu, e como havia prometido, eu o esperei, esperei para ser somente dele, somente sua.

                  

Senti a sua mão ir ate a dobra do meu joelho me suspendendo em seus braços, em seguida me acomodando na cama, e ajeitando o seu corpo sobre o meu, a sua boca passeava pela minha, pelo meu corpo em si. Senti as suas mãos despindo cada peça do meu corpo delicadamente, acho que no fundo ele tinha certeza que eu havia me guardado apenas para ele.
Estava completamente vulnerável a ele neste momento, e a única coisa que sentia era um frio desconcertante pairar pelo meu corpo despido, diante do seu olhar devorador sobre o mesmo. Ele retirou a sua roupa calmamente, sem pressa, sem movimentos bruscos. Chris tinha virado um homem, estava lindo, com traços, e corpo forte, ele me encarava de um jeito amoroso, com um certo desejo no olhar. 
Depois de estarmos completamente despidos, senti a sua mão tocar na minha coxa com delicadeza, e escorregar pelo meu corpo, apenas fechei os olhos aproveitando cada toque, cada estimulo ate sentir o seu corpo sendo depositado sobre o meu. 

-Voçe tem certeza?<disse rente ao meu ouvido>

-Sim, toda certeza do mundo!<respondi no mesmo tom>

-Se eu te machucar m e avisa!

-Voçe não vai me machucar!

Sem dizer mais nada, apenas sentindo a respiração já descompassada, o meu corpo se arrepiou por completo quando o senti me invadir cautelosamente, com muito carinho, e delicadamente, pude senti claramente cada centímetro dele me invadir docemente, e com cuidado. Enquanto sucumbia aos seus gestos e toques, senti as suas mãos percorrerem pela lateral do meu corpo, e a sua boca beijar-me deliciosamente devagar, combinados com os seus movimentos lentos, que só deixavam a vontade de mais. 
Senti um certo desconforto quando ele me penetrou, mas logo em seguida se transformou em um enorme prazer. Nunca recebi tanto carinho de alguém, nunca me senti tão segura, e tão protegida ao lado de alguém como me sinto ao seu lado. Os seus movimentos se intensificaram, aumentando assim o nosso desejo um pelo outro. Depois de alguns minutos trocamos de posição, ele sentou na cama me acomodando em seu colo, me encaixei novamente a ele sentindo uma sensação maravilhosa, as suas mãos seguraram em minha cintura me auxiliando nos movimentos, enquanto a sua boca explorava o meu colo e seios. Senti o meu ventre aquecer extremamente rápido e intensamente, em seguida sem ter como segurar senti uma sensação maravilhosa de libertação, misturada com desejo e prazer, sem conseguir me controlar soltei um gemido baixo e intenso, que fez com o meu peito ficasse completamente leve e o meu corpo extremamente tremulo.


Ele me colocou sobre a cama novamente apoiando os seus braços a na mesma aumentando os movimentos bruscamente, ele investia com destreza e carinho, ao mesmo tempo que forte e profundamente, me fazendo arfar diante dos seus movimentos. Após algumas investidas senti o meu corpo dar sinais de um novo orgasmo, e em seguida explodimos juntos em um prazer mutuo, cheio de desejo e satisfação.

Permanecemos um ao lado do outro completamente imoveis, estava com um sorriso de satisfação no rosto, estava feliz, e ao lado do homem que eu amo. Olhei para o lado e ele estava me encarando com um lindo sorriso no rosto.


-Voçe e linda!<senti o meu rosto queimar>

-Voçe e maravilhoso!<sorri e acariciei o seu rosto>

-Imagina se o nosso pai souber disso?

-Pelo que conheço dele, acho que infartaria!... O papai e super protetor, voçe sabe disso!<sorri>

-Sei, e como sei!... Isso e estranho, parece que estamos cometendo incesto!<sorrimos>

-Ainda bem que sabemos que não e nada disso!... E o que sentimos um pelo outro e verdadeiro!<me debrucei em seu peito>


-Sim, senti algum muito especial por você desde o dia em que a vi pela primeira vez, voçe lembra?

-Claro, estávamos indo ver a casa que a minha mãe comprou!... Eu também senti!<o beijei calmamente>

-Verdade!<sorriu>...Vamos tomar um banho?

-Juntos?

-Por que não!<disse me jogando na cama e em seguida me ajeitando em seu colo>... Acho que mereço como despedida!

Seguimos para o banheiro, não sei explicar, mas estava me sentindo tão segura em seus braço, eu não conseguia sentir vergonha dele, pelo contrario, eu só queria estar ainda mais perto dele.

-Esta tudo bem? <disse assim que nos deitamos depois do banho acariciando o meu rosto>

-Estou bem, acho que melhor, impossível!<me acomodei em seu peito>

-Esperei tanto por este dia!<disse acariciando o seu rosto>

 

-Eu também!... Acho melhor eu ir embora, voçe deveria descansar um pou...

-Voçe não vai a lugar nenhum!... Se eu pudesse também não iria!<me segurou assim que tentei levantar>

-Então fica comigo!

-Não posso, eu já te expliquei!

-Eu não vou insistir!... Vou sentir a sua falta!

-Eu também vou!

Nunca passei uma noite tão incrível em toda a minha vida, me senti diferente, mais mulher, e por que não mais desejável. 
No dia seguinte nunca me senti tão triste, tao vazia ao me despedir dele novamente naquele aeroporto, senti cada parte do meu corpo se arrepiar, e o meu coração se desmontar a cada minutos que se aproximava da hora dele ir embora, da hora de mais uma vez ver o amor da minha vida se esvair pelas minhas mãos, e eu simplesmente não poder fazer nada. Segurei firmemente em seus braços enquanto ele falava algo que eu não prestava atenção, ele me olhou e sorriu me abraçando ao ver as lagrimas rolarem pelo meu rosto. Senti as suas mãos o segurarem me fazendo encara-lo, apertei os meus olhos, fazendo com que elas escorressem ainda mais, senti o meu peito desmoronar, eu não sabia se o veria novamente, não sabia se ele voltaria pra mim algum dia. 
Neste momento estou completamente absorvida pela tristeza, insegurança e o medo. Senti os seus lábios tocarem nos meus com carinho, jamais esqueceria do delicioso sabor da sua boca, do calor do seu corpo, e do toque das suas mãos. 


Nos desvencilhamos do beijo quando ouvimos a ultima chamada do seu voo ser anunciado. Seguimos de mãos dadas ate o embarque, ele me abraçou fortemente, e o fiz prometer que voltaria pra mim.

-Eu volto!<me encarou>

-Promete?<disse ainda entre lagrimas>

-Só se voçe parar de chorar!<acariciou o meu rosto>

-Isso não vale!<sorri entre lagrimas>

-Eu prometo voltar pra voçe!... Eu te amo Sophia!

-Eu te amo Christopher!<nos beijamos>

Senti as suas mãos se soltando vagarosamente do meu corpo, segurei em seus braços em um pedido mudo para que ele ficasse, mas sei que nada que eu fizesse o faria ficar, senti o meu coração ir junto com ele assim que ele atravessou o portão de desembarque, ele olhou para trás e acenou, eu retribui o seu aceno e encolhi os ombros, estava me sentindo sozinha agora.

Agatah on

*4 meses depois*

Nada de mais aconteceu nos últimos meses, o Bruno e eu continuamos numa boa, ele tem chego um pouco mais tarde ainda, mas sempre dizia que estava resolvendo assuntos do estúdio, e eu não tenho motivos para duvidar dele, na realidade, acho que esta sendo difícil para ele ficar aqui, e conviver com o sentimento de não ver a Sophia em casa. 
Por falar nela, enfim depois de muita conversa, ela enfim aceitou um apartamento, ele era entre a faculdade, e a nossa casa, ela relutou um pouco, mas cedeu. O Nick estava todo bobo com o carro que tinha ganhado do Bruno a alguns meses atrás, eu fiquei com receio, mas uma hora ele tem que viver assim com o a Sophia esta vivendo. Já faz uns 3 meses que ela não vem me ver, e sempre que falo que vou na casa dela, ela me diz que esta ocupada, ou tem algum compromisso, ainda não sei o por que disso, mas um dia eu chego de surpresa, sou mãe, e tenho as minhas artimanhas.
Estava em casa sozinha, tinha me dado ferias da clinica, estava precisando dar mais atenção a minha saúde. Como as crianças estavam na creche, o Bruno e o Nick no estúdio, eu resolvi aparecer de surpresa no apartamento da Sophia, estava com saudades dela e precisava abraçar a minha filha. Pedi para o porteiro me anunciar, ele interfonou e ficou por alguns minutos apenas esperando, ele estava completamente mudo, colocou a mão no mesmo o  tapando para que não ouvissem o que ele falaria.

-Desculpe senhora, ela pediu que aguardasse!<disse educadamente>

-Tudo bem, obrigada!<respondi com um sorriso>

Esperar? O que esta garota esta aprontando, o que será que esta acontecendo com ela, esta estranha, e não vai mais me ver. Fui interrompida dos meus pensamentos pelo porteiro liberando a minha subida. Entrei o elevador e segui para o seu andar, estava ansiosa e louca para ver a minha filha. Assim que ele parou, segui apressadamente para o seu apartamento, e toquei a campainha, e alguns segundo depois ela abriu a porta.

-Já que Maomé não vai a montanha, a montanha vem a Maomé!... Como você esta?<disse entrando para abraçá-la>


-Estou bem mamãe!... Por que não avisou que viria! <ela me abraçou meio distante, sem encostar muito em mim>

-Queria fazer uma surpresa!... O que você tem esta meio pálida, com o semblante abatido!

-Estou bem mãe!<colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha>... Entra!<me deu passagem>

-Senta aqui, me conta as novidades!... Cadê a Mila?<perguntei assim que me sentei>

-Ela esta no estagio!<disse nervosamente>

-Sophia, você saiu de casa mas não me engana, continua sendo a minha filha, e eu te conheço muito bem!... O que esta acontecendo com você?

-Já disse que não e nada mãe!<se levantou, parecia atordoada>

-Sophia Hernadez, não mente pra mim, eu sou a sua mãe!


Ela elevou as maios ao rosto, e começou a chorar, ela parecia estar desolada, senti o meu peito apertar, eu não tinha ideia do que estava acontecendo com a minha filha, mas sei que deveria ser algo muito serio. Levantei-me e me aproximei para abraçá-la. Mas mais uma vez ela recuou.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Preciso te ver! cap 95


                             Musica amores, se precisar de replay!


Ela se curvou novamente e começou a me beijar como antes, como se nada tivesse acontecido. Ela se movimentava vagarosamente enquanto gemia coisa impronunciáveis baixinho no meu ouvido, senti o meu corpo responder a cada estimulo a cada... Toque. Segurei em seus braços e a jogue sobre a cama ficando por cima dela, enquanto desatava o meu roupão, ela se desfazia de suas roupas rapidamente como se estivesse esperando por este momento ansiosamente. Ajude-a a se livras das poucas peças que ainda repousavam em seu corpo, a deixando perfeitamente bela assim como Deus a fez. 


Estar com a Agatah era sempre simplesmente maravilhoso, ainda mais no meio desta crise que estamos passando, parece que aguardo ansiosamente o dia em que ela me procura, ou o dia em que a procuro, e ela simplesmente me corresponde, eu amo muito a minha mulher, e quero que toda esta fase acabe logo, eu quero a minha mulher, a minha Agatah de volta.

-O que houve amor?... Voçe parece tao distante!<me encarou>

-Nada!... Eu só estou pensando em voçe!

-Pensando em mim?... Então para de pensar e vem realizar as minhas e as suas vontades!<disse me puxando pelos braços me tomando em um beijo quente e fervoroso>

 

Retornamos em um beijo cheio de desejo e paixão, eu nem me lembrava quando tinha sido a ultima vez que fizemos amor devido o seu distanciamento. Sentir cada pedacinho do seu corpo rente ao meu, respondendo a cada toque e estimulo meu, era no minimo maravilhoso. Senti as suas unhas me arranharem em forma de satisfação era muito bom, eu sabia que a minha mulher ainda estava aqui, mesmo estando coberta por uma mulher mais dura e fria, eu sabia que a mulher amorosa, carinhosa quente na cama, e que sabia se entregar aos seus desejos e prazeres, ainda estava aqui, e eu a estava redescobrindo agora.
Comecei a beijar o seu pescoço seguido do seus ombros e seios, ela se contorcia de prazer soltando gemidos contidos devido ao horário, me deixando ainda mais animado, beijei todo o seu corpo vendo ela segurar nos lençóis, e a cada lugar que eu beijava conseguia ver os seus olhos brilharem, a sua pele estava tao quente que parecia estar febril. 


Eu não queria esperar muito tempo, então resolvi partir logo para os finalmentes, a penetrei com cuidado e carinho, senti as suas unhas cravarem ainda mais nas minhas costas me proporcionando prazer, ela sabia que isso me deixa pegando fogo. Aumentei ainda mais os movimentos, enquanto sentia ela se mexer instigante mente devagar em baixo de mim, a sua pele roçando na minha era delicioso. Inclinei um pouco o meu corpo e peguei firme em sua cintura, elevando um pouco o seu quadril, aumentei os meus movimento tendo a visão total do seu corpo estendido na cama se contorcendo de prazer, eu entrava e saia dela com vontade, estava com saudade do seu corpo, e consecutivamente estava com muito tesão recolhido para aliviar para o lado dela. Chegamos a um ponto em que ela estava mordendo a boca, e ainda cobrindo com as mãos para que o gemido não saísse, e isso fez com que eu me sentisse muito bem. Me levantei da cama esticando a mão para que ela levantasse também, e assim ela fez, comecei a beija-la incessantemente enquanto ela me acariciava, a empurrei em direçao a uma comoda que tínhamos no quarto, a fazendo inclinar o seu corpo sobre a mesma, a penetrei novamente, entrando e saindo dela calmamente, extremamente devagar, saboreando cada centímetro seu, e em resposta ela apenas gemia baixo sentindo as minhas investidas lentas.

-Não faz isso comigo amor, e torturante!<disse ofegante>

-Eu sei que e, também e uma tortura para mim, mas eu adoro assim, gosto de te sentir!<disse segurando em seu quadril fortemente>

Continuei com os movimentos e quando vi que o seu corpo estava relaxando, aumentei repentinamente a assustando, e fazendo com ela soltasse um gemido continuo, no qual foi imediatamente abafado, sorri só de imaginar o tesão que ela pode ter sentido. Comecei a investir forte, observei que ela apertava a madeira da comoda com força, e incessantemente, pendia a cabeça para trás parecendo delirar de prazer. Depois de alguns minutos, senti ela explodir gloriosamente em mim contendo novamente o gemido, e apos algumas investidas mais fortes, senti o meu abdome se contrair e chegar ao orgasmo, continuei investindo ate que não conseguisse mais me sustentar de pé.

-Como isso e bom!<disse repousando o meu corpo sobre o dela ainda de pé>

-Estava com saudades de voçe!<elevei o meu corpo me desconectando dela>

-Se estava, por que não me procurava?<a encarei>

-Não sei te explicar, acho que estava precisando de um tempo!<disse se virando para mim>

-Tudo bem, independente de qualquer coisa, não faz mais isso!<lacei a sua cintura colando o seu corpo no meu>

A beijei calmamente sentindo o delicioso sabor da sua boca, como senti saudades dos seus lábios completamente entregues. Quebramos o beijo e decidimos tomar um banho, que foi calmo apenas algumas mãos bobas, que não passaram de caricias. 


Terminamos e nos trocamos, não iriamos a lugar nenhum hoje decidimos ficarmos e curtir os filhos que ainda nos restavam. Descemos para o cafe, e a casa já estava vazia, nos sentamos e a mesa estava parcialmente posta.

-Aubrei!<a chamei>

-Boa tarde!... Já vou recolocar a mesa, e que vocês demoraram a descer hoje então retiramos algumas coisas!

-Tudo bem, não tem importância!... Estávamos resolvendo alguns assuntos antes!<disse com um leve sorriso nos lábios>

Ela saiu nos deixando a sós novamente, senti a sua mão acariciando a minha coxa por baixo da mesa enquanto conversávamos sobre coisas cotidianas, eu a encarei e sorri maliciosamente, ela retirou a mão que já estava me proporcionando carinhos mais intensos assim que a Aubrei, e a Demetria entraram na sala com o restante do nosso almoço, soltei o ar pesadamente em forma de protesto, e ela apenas sorriu. 
Eu gostava de ver a minha mulher assim ousada, e deliciosamente instigante, gosto de ser surpreendido, deixa a relação mais excitante. Terminamos o almoço e ela decidiu ligar para a Sophia. Depois de alguns minutos argumentando com ela, pareciam ter chegado a um consenso, elas simplesmente se despediram e desligaram. Ela não quis me contar com o tinha sido a conversa, e eu preferi não me meter mais. Seguimos para o nosso quarto e ficamos apenas deitados assistindo a um filme qualquer.

SOPHIA ON



 Depois que o papai saiu da casa da Mila, nos tomamos café da manha, e ficamos assistindo a um filme qualquer, depois de um tempo ela se assustou e disse que teria que ir na faculdade de qualquer jeito, pois tinha que entregar alguns papeis, eu disse que iria com ela, ela relutou um pouco, mas acabou concordando. Segui para o meu quarto, e tomei um banho. Estava terminando de me arrumar quando o meu celular tocou, olhei e de cara não reconheci o numero, pensei em não atender, mas acabei cedendo.

-Alo!

-Sophia?

-Sim, quem fala?<perguntei desconfiada>

-Chris!

-Voçe não estava indo para o Iraque?<perguntei sem conseguir conter o riso de felicidade>

-Pois e, uma mulher passou mal, dentro do avião, foi algo, horrível!... Mas enfim, o avião teve que retornar ao aeroporto, e só irei amanha de manha!... Eu liguei por que queria te ver de novo!

-Claro, aonde voçe esta?<disse já pegando a minha bolsa>

-O exercito me hospedou em um hotel aqui próximo do aeroporto, mas nos podemos nos encontrar em um restaurante, aquele que o papai nos levou naquele shopping, pode ser?

-Claro, eu já estou indo pra la!... Me diz uma coisa, como voçe conseguiu o meu numero?

-Dre!<sorriu>

-Meu anjo!... Já estou indo!!

Sai do quarto rapidamente e encontrei com a Mila na sala, estava organizando os papeis em sua bolsa da faculdade, ela me olhou e sorriu.

-Já esta pronta?... Eu só vou terminar aqui e já estamos indo...

-Desculpa amiga, mas e que eu resolvi ir falar com a mamãe, e eu estou precisando respirar!!<ela me encarou>... Eu vou dar uma volta, realmente estou precisando espairecer!<menti>

-Vai sim minha amiga!<disse vindo me abraçar>.... Acho que voçe precisa de ar puro!

-Obrigada Mila!<retribui o seu abraço>... Mais tarde eu volto!

Sai do seu apartamento, peguei o carro e segui em direçao ao shopping, durante o trajeto recebi uma ligação da minha mãe, e só pensar nela, que ela da sinal de vida. Trocamos algumas palavras, ela disse que me intendia, que se um dia eu quisesse voltar, as suas portas estariam abertas, achei lindo de sua parte.Depois de mais alguns minutos, enfim, cheguei ao shopping.
 Entrei apressadamente, eu não sei bem o que estava sentindo nesto momento, não sei se era saudade, misturado com ansiedade, talvez medo, medo de não ser como imaginei, dele estar vivendo uma nova vida, ao lado de alguém, mas logo retirei esta possibilidade, se não ele não me beijaria, se bem que ele e “filho” do meu pai né? "E melhor não pensar em nada” (disse para mim mesma)
Entrei no restaurante, e de cara o avistei em uma mesa um pouco mais afastada da entrada, segui em sua direçao calmamente, assim que me viu se levantou e veio me abraçar, no qual eu retribui com carinho, ele afastou a cadeira para que me sentasse, e assim eu fiz. 


Ficamos nos olhando por alguns segundos, ele pegou o cardápio e me entregou, apenas sorri e peguei. Ele estava calado, e parecia pensativo, era tão estranho estar aqui com ele, olhar em seus olhos depois de tanto tempo, sentir que crescemos a merce de um “amor mal resolvido” e em meio a tantas turbulências, e estar aqui hoje espero eu,  ser um bom sinal.
Fiz o meu pedido, e ele fez o dele, acho que estava me esperando para isso.

-Voçe continua linda sabia?<sorriu encantadoramente>

-Obrigada Chris, voçe esta muito mudado também!... Esta lindo, e com cara de homem...

-Eu não deveria ter cara de homem?<me encarou surpreso>

-Não!... Quer dizer sim... Quer dizer... Droga, desculpa, eu...

-Eu te entendi, eu acho!<sorriu>

-Nossa, que vergonha!... Eu continua uma boba...

-Voçe continua perfeita!... Senti a sua falta!<colocou a sua mão sobre a minha>

-Eu também senti a sua!... Só não entendi o por que voçe não me ligou, ou mandou uma mensagem, qualquer coisa!

-O pedido do casal!<disse a jovem nos entregando o nosso pedido>

Casal? Nossa sera? Sera que realmente poderemos viver tudo o que imaginamos, e programamos a alguns anos atras? Eu estou me sentindo uma boba ao seu lado, estou me sentindo feliz, e completamente dispersa. Nossa como ele mexe comigo. O observava enquanto ele agradecia gentilmente a jovem que nos servia, com um lindo e perfeito sorriso no rosto. Apesar de não ser filho legitimo do papai, ele tem muito dele no jeito e falar, e de tratar as pessoas sempre com um lindo e encantador sorriso no rosto, fazendo assim com que nos apaixonássemos instantaneamente por eles.

-Sophia?... Voçe esta ai?<sorriu segurando em minha mão>

-Oi!<olhei para a sua mão sobre a minha>... Estou!<o encarei>

-Esta distraída!<sorriu novamente>... Como estão o papai, a sua mãe, e irmão?

-Estão todos bem, eu acho!... Não moro mais la!<disse me lembrando da noite passada>

-Não?... O que houve, esta estudando muito longe de casa?

-Na verdade não, e que o papai e eu brigamos ontem, e ele me convidou a me retirar de casa!

-Estamos falando do mesmo pai?<me encarou surpreso>

-Sim!... Mas depois passou a madrugada toda me procurando!<sorri>

-É Estamos falando do mesmo pai!<sorriu>... Tipico dele, falar e se arrepender em seguida!... Mas voçe não perdoou ele?

-Sim!... Perdoei, mas eu acho que já esta na hora sabe, eu já estou com 18 anos, e eu quero viver !<disse dando uma golada no meu chocolate>

-Sei como e, eu já estou fora de casa desde os 16 anos, terminei o ensino médio e fui para a faculdade de administração, mas fui convocado e acabei saindo, mas pretendo retornar os estudos assim que voltar do Iraque!

-Tem certeza que e isso que voçe quer?

-Não!... Mas eu preciso ir, já fiz o treinamento, e se desisti agora, poço ser preso!


Ficamos conversando por um tempinho, estávamos tentando colocar ao assunto em dia, já que depois de hoje não, sabia quando iria vê-lo novamente.