quarta-feira, 29 de maio de 2013

E SE... CAP- 38



-Tia!… Que saudades da senhora!<disse elevando os braços para abraçá-la>
-Eu também meu amor!… Boa tarde gente!<disse passando reto e o abraçando>
-Cadê o tio Kam?
-Esta no estúdio com o Bruno e os outros e mais tarde vem te ver também!<disse sentando ao seu lado>
-Eu queria lhe dizer doutora, que mesmo com a sua gravidez, a senhora sabe que não e 100% de chances do bebe ser compatível, não sabe?<disse mais baixo em um canto do quarto>
-Sim, eu plena consciência disso!… Mas eu quero me agarrar a esperança de ser!<sorri fraco>
-Ok então!…Bom, com a licença de vocês, mas eu vou mandar começar a quimioterapia do rapazinho!<disse e saiu>
- Tudo bem doutora Carly, obrigada!…Ah, nem te contei a nova!… Agora não e mais Bruno!
-Agora ele e o meu pai!… Assim como ele e o pai da Sophia!<disse com um enorme sorriso no rosto>
-Serio?… Assim vocês terão que abrir uma creche!<sorriu>
-Tia, a mamãe esta grávida de novo!… E o bebe vai me salvar!<disse a encarando>
-O meu Deus, você ia me falar quando hem?
-Eu já ia te contar, mas o rapazinho ai foi mais ligeiro!… Esta noticia veio como um acalanto para o meu coração, só de saber que não precisaremos mais ficar procurando doador, já e um alivio!
-Que maravilha Irma, estou muito feliz tanto pelo novo sobrinho, como por esta noticia de que ele salvara o meu lindão!<me abraçou>
-Que bom minha Irma, eu fiquei assustada de cara, mas agora estou mais tranquila!
Ficamos por ali conversando por um tempo, ela disse que a Madson viria no dia seguinte para ver o primo. Fiquei sabendo que o diretor do hospital era um antigo professor, da época da faculdade, eu tinha solicitado falar com ele assim que possível, e quando a minha Irma chegou de pedi que ela ficasse com ele para que eu fosse falar com ele. Assim que cheguei a sua sala dei umas leves batidas e logo a minha entrada foi autorizada.
-Bom dia Dr. Maison!… O senhor lembra-se de mim?
-Dr, Agatah, impossível não me lembrar da minha melhor aluna!<disse se levantando e vindo me dar um abraço afetuoso>
-Obrigada Dr.!… Como o senhor esta?<perguntei após ele ter me pedido para sentar>
-Eu estou muito bem, e você?… Fiquei sabendo que o filho da Dr. esta internado aqui com leucemia!… Mesmo com a sua gravidez, ele esta na fila de espera, se caso… Bom, isso não vem ao caso no momento!<me encarou>
-Sim senhor, eu sofri muito com a noticia, mas eu não tenho para onde correr, o fato e aceitar esta condição, e entregar nas mãos de Deus e dos médicos!
-Fiquei sabendo que a senhora assinou um termo de responsabilidade para fazer uma pulsão lombar no seu filho!… Parabéns, eu vi o resultado, e as amostras também, estavam perfeitas!…A senhora pode ter certeza eu farei de tudo para que o filho da senhora seja muito bem atendido!
-Muito obrigada doutor, eu não esperaria menos do senhor!!
-Farei melhor, eu te darei autonomia para que cuide pessoalmente do seu filho, Como se fosse uma medica particular atendendo um paciente em um hospital grande!… A senhora conhece as limitações deste serviço não conhece?
-Sim senhor!… Eu fico muito feliz e imensamente agradecida por esta possibilidade!
-Por favor a senhora esta com a sua carteira de medicina, eu preciso legalizar esta sua nova condição!
Entreguei a minha carteira a ele e em poucos minutos eu já era a doutora do Nícolas, lógico com limitação, como por exemplo: Ele teria que ter o acompanhamento de pelo menos outro medico do hospital, e eu não poderia fazer exames de alta complexidade sem assinar os termos hospitalares. Eu agradeci ao Dr. Maison pela confiança, o cumprimentei e sai da sala voltando para o quarto. Assim que entrei ela praticamente estava deitada na cama dele com ele recostado em seu peito.
-Eu amo ver vocês assim tão amorosos!!
-Você esta insinuando que eu não sou amorosa com o meu sobrinho e?
-Claro que não, eu sei que você os ama!… Acabei de vir da sala do diretor do hospital, e eu vou cuidar do Nícolas como se fosse a pediatra particular dele, claro que terá um medico do hospital o acompanhando também, mas eu estarei cuidando dele de perto!
-Isso e ótimo, nada melhor do que o olho e os cuidados da mãe!
Ficamos ali com ele, pois senti que ele tinha ficado tenso após saber que iria começar a fazer a quimioterapia, ficamos o distraindo ate sermos interrompidos pela enfermeira com a bomba de pulsão.
Ela acomodou o aparelho na mesinha ao lado da cama, colocando os frascos de soro ao lado do aparelho. E antes dela colocar a mangueira do soro eu a interrompi.
-Enfermeira, será que poderíamos tentar outro acesso?… E que eu não queria que ele recebesse o tratamento por este!!… Creio eu, que as veias dele ainda estão em bom estado, deixemos para sacrifica-lo depois< a encarei>
-Desculpa mãezinha mas ele vai fazer por este aqui mesmo, eu não vou fazer outro!<disse com uma voz enjoada e desafiadora>
-Eu quero um outro acesso!<fui direta>
-Mãezinha eu já disse que não vou fazer outro acesso!… Se a senhora quer que faça outro acesso fale com o pediatra dele!<disse arrogantemente>
 -Alem de mãe, eu estou aqui na condição de pediatra particular dele, você não esta falando com uma simples mãe!<a encarei>
-A senhora e a doutora Agatah Fleminng?
-Eu mesma!
-Me desculpe doutora, eu já tinha sido avisada só não sabia que era a senhora!<ficou sem jeito>
-Por favor coloque outro acesso nele!!
-Sim senhora, eu vou buscar os materiais no posto de enfermagem!<saiu>
-Abusada ela hem?<disse Angel>
-Viu a prepotência?… E por isso que acontecem erros grotescos em hospitais, falta de interesse e de comprometimento!
Poucos minutos depois ela voltou com o material. Ele esticou o braço para ela que fez todo o procedimento necessário para começar, e em seguida constatou como a outra enfermeira, que ele era ruim de veia. Ela tentou algumas vezes e ele reclamou que estava machucado, eu me aproximei e disse para ele se acalmar porque realmente estava difícil. Eu sugeri que ela tentasse na parte interior do ante braço e assim ela fez, mas mesmo assim ainda continuava difícil conseguir uma boa veia. Ela se agachou próximo a ele abaixando quase que por completo o seu braço, fez mais uma tentativa e acabou conseguindo uma veia ate que muito boa. Ela colocou o acesso e em seguida o ligou a bomba. Eu coloquei um par de luvas, e retirei o acesso que estava em seu pescoço, o descartando e em seguida, colocando um curativo. Ela se retirou e nos ficamos com ele enquanto era lhe administrados os frascos da quimioterapia.
BRUNO ON
 
Após uma noite muito emocionante ao lado do meu “filho”, eu dormi muito pouco, a minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos e emoções. Durante todo este tempo a Alicia me ligava constantemente, mas eu sempre não atendia, pois freqüentemente eu estava ao lado da Agatah ou da minha filha. Assim que eu sai do hospital eu peguei o meu carro e estava seguindo direto para o estúdio, quando eu paguei no sinal vermelho ele tocou novamente, atendi o colocando no viva voz.
-Fala Alicia!<respirei fundo>
-Enfim decidiu me atender né?<foi irônica>
-Fala logo Alicia, eu estou dirigindo!
-Por que você não estava me atendendo?… Estava muito ocupado com a outra e?… Eu espero que você já tenha dito a ela e aos seus filhinhos que você será papai!
-Olha só Alicia, eu já te disse, e vou dizer mais uma vez!… É ela, e sempre ela, sempre foi e nunca deixara de ser!… Eu vou assumir o meu filho sim, mas antes vou fazer o exame de DNA assim como eu fiz com o Chris!… E só assim eu vou dizer a ela, somente depois que eu tiver certeza!
-Tudo bem, eu não quero ficar falando disso!… Eu fui fazer pré natal, e o bebe esta muito bem…
-Olha eu fico muito feliz por isso , mas realmente agora eu estou dirigindo e não posso ficar falando no celular!… Depois nos falamos!<desliguei>
Segui para o estúdio, pois com tudo o que estava acontecendo eu tinha me afastado um pouco deixando tudo nas mãos do Ari, o Phill e os outros. Assim que cheguei estacionei e segui para o interior do prédio, de fora dava para ouvir a bagunça que eles faziam.
-Ninguém mais trabalha aqui não e??<entrei de surpresa assustando todos>
-Só não digo o mesmo por que você esta afastado por um bom motivo!<retrucou Ari>
-E ai como esta o garotão?<perguntou Phill ao meu lado>
-Eles estão bem!… Os meus quatro filhos estão bem!<sorri após me sentar em uma poltrona>
-Quatro, como assim quatro?<Ryan me olhou surpreso>
-Ate onde eu saiba meu irmão você só tem dois filhos!… O Chris e a Sophia!
-Vocês não estão me deixando falar!… Eu tenho o Chris, a minha linda Sophia, minha princesa, e ontem eu ganhei mais dois!… O Nícolas me deixou completamente emocionado e sem palavras ao me pedir para ser o pai dele!<olhei nos olhos de um por um>
Eu os contei com detalhes tudo o que tinha acontecido na noite anterior e quando eu reparei todos estavam com um sorriso bobo no rosto, assim como eu, era engraçado o sentimento que eu tinha por ele, eu estava muito feliz por te-lo mais próximo.
-Ok ai tem três!… Quem e o meu outro sobrinho?
-Meu caro irmão e amigos!(me levantei)… -A Agatah esta grávida novamente! <Sorri vendo todos de uma vez vindo me cumprimentar>
Todos me cumprimentaram me parabenizando pelo nosso bebe. Após muita empolgação retornamos ao serviço, pois tínhamos muito trabalho pela frente e eu ainda ia voltar para o hospital para almoçar com a Agatah, agora eu iria ficar no pé dela, ela tinha que se alimentar direito, pelos nossos filhos.
AGATAH ON
Três horas depois ele ainda estava ligado a bomba de pulsão, estava na hora do almoço e a Angel disse que eu poderia descer para almoçar, mas eu disse que não estava com fome, e ela poderia ir que quando ela voltasse eu iria. Ela se retirou e o Nícolas estava dormindo, eu me sentei na poltrona e senti o meu celular vibrar eu o peguei rapidamente para que o toque não acordasse ele, olhei no visor e sorri ao ver que se tratava da Luíza.
-Oi cunhada como você esta?… Esqueceu de nós, não liga mais?
-A minha cunhada me desculpe, mas e que eu estou com alguns problemas!… Como esta a sua gravidez?
Vi o Nícolas se mexer e u não queria que ele acordasse, então eu me retirei do quarto e segui para o corredor e fiquei ao lado de uma janela. O dia em Los Angeles estava lindo, um sol bem agradável e estava ate um calorzinho agradável.
-A minha gravidez esta ótima!… Mas que problemas são estes, quando você saiu do Brasil estava tudo bem alem do mal estar entre a Sophia e você !… Aconteceu mais alguma coisa?
Eu contei a ela tudo o que tinha acontecido que o Nícolas estava com leucemia e agora mesmo ele estava fazendo a primeira sessão de quimioterapia. Ela ficou muito nervosa com o que tinha acabado de ouvir, eu pedi que ela se acalmasse pois estava grávida assim como eu.
-Você esta grávida?… Nossa isso e ótimo, e do Bruno né?
-Sim é!…  E se ele for compatível retiraremos as células tronco do cordão umbilical para implantar nele!… A minha gravidez foi à melhor que poderia nos acontecer agora!
-Mas para fazer este tipo de transplante e necessário que o bebe seja filho do mesmo pai e da mesma mãe??
-Não!… Basta que ele seja compatível, faremos alguns testes apos o nascimento do bebe, e ele sendo compatível setra transplantado, e eu estou pedindo a Deus que de tudo certo!
-Dara minha cunhada!…Eu estou muito feliz e extremamente preocupada com o meu menino!!… Eu embarco esta semana para Los Angeles Angel, estou indo ficar com você e ajudar com o Nícolas!
Conversamos por mais um tempinho e quando eu vi o Bruno , o Kam, e a Angel vindo pelo corredor eu me despedi dela e eu segui ao encontro deles. Quando entramos, ele ainda estava adormecido, estava dormindo profundamente e bem tranqüilo. Decidimos sair do quarto para não correr o risco de acordá-lo. Eu segui ate o posto de enfermagem e solicitei a enfermeira que estava responsável pela bomba de pulsão que ficasse atenta a ele, pois eu estava indo almoçar.
Seguimos ate o refeitório do hospital e ficamos conversando sobre vários assuntos, ate sermos interrompidos  pelo Doutor Robert Parker. Ele era outro amigo de faculdade, ele me cumprimentou com um abraço muito carinhoso.
Eu apresentei todos a ele como um amigo da faculdade. Ele me disse que tinha se formado em ginecologia e obstetrícia e estava trabalhando aqui neste hospital, e em uma instituição publica. Ele me parabenizou pois estava sabendo da minha gestação através da Dr, Carly e se ofereceu para cuidar do meu pre natal, eu agradeci e disse que passaria em  seu consultório depois para começar com o acompanhamento. Seria melhor para mim estar fazendo o pré natal neste hospital, só assim não precisaria ficar tanto tempo afastada do meu filho. Ele disse que a ala da obstetrícia era no 40 andar. Nos despedimos com um beijo carinhoso no rosto, e em seguida ele se despediu do Bruno, a minha Irma e o Kam, e se retirou.
-Você vai fazer o pré natal com ele?<Bruno questionou ao me sentar>

CONTINUA??  

terça-feira, 28 de maio de 2013

GRAVIDA?? CAP- 37




-A senhora também não e compatível por hora!
-Por hora, como assim por hora?<perguntei surpresa>
-E que a senhora vai ter um bebe!… Esta gravida de 6 semanas<disse sorrindo>
-Mamãe, você esta grávida!… Isso e maravilhoso!<disse Nícolas sentando na cama>
-Amor, você vai me dar outro filho, isso e perfeito!<disse vindo ate mim>                       
-Não!… Isso não, agora não !… Eu não posso ter um filho agora, eu preciso cuidar do Nícolas!<disse desviando dele e saindo de perto da cama>
-Doutora, isso não e possível!… A senhora esta nervosa e não esta conseguindo raciocinar só pode!
-Como não!… Eu terei quer dar atenção a uma gravidez, e como eu vou cuidar do Nícolas?
-Amor, nos daremos um jeito, revezamos quando ele estiver aqui, você fica durante o dia e eu durante a noite!<disse Bruno ao lado do Nícolas>
-Doutora uma gravidez agora não poderia ser melhor!… Pensa bem, o doador do Nícolas esta sendo gerado, e perfeito, retiraremos as células necessárias do cordão umbilical na hora do parto!… Isso e maravilhoso e melhor do que um transplante de um adulto!
-Sim, como eu pensei nisso, nossa e verdade!!… Não precisaremos mais ficar procurando doador, ele esta bem aqui!<alisei a barriga que ainda era imperceptível>
-A mãe, isso e incrível, e muito bom, nos teremos mais um irmão e de quebra o Nícolas ficara bem!<disse Sophia me abraçando>
-Estou me sentindo um coelho!<disse rente ao meu ouvido me abraçando fortemente>
-Sim e eu espero que a sua produção pare somente nos três!<disse o encarando>
-Eu também!<sorriu alisando a minha barriga>
-Bom doutora, como a senhora sabe agora, nos teremos que colocar um cateter no Nícolas correto?
-Sim, correto!
-O que e isso mãe?<senti que o Nícolas se assustou>
-Meu amor, lembra quando o seu pai foi internado, ele voltou para casa com uma acesso de medicamento no braço, e ele tinha que ficar com aquilo para que toda vez que recebesse medicação não ter que ficar furando, lembra que eu te mostrei?… Aquilo e um cateter!
-Aquilo dói muito?
-Não Nícolas … Não dói, e como tirar sangue, ou tomar uma injeção!<disse Dr. Josh>
Após a maravilhosa noticia da minha gravidez, e que por conta dela não precisaríamos mais procurar doador para o Nícolas  o doutor se retirou. Ficamos comemorando e conversando sobre esta nova vida, que ainda não tinha chego, mas que já estava salvando as nossas vidas.
O Bruno estava sendo incrível, o Nícolas não era nada dele, mas ele estava sendo tão carinhoso com ele, tão amável. E o Nícolas?  Bom eu senti que ele por si só estava colocando o Bruno no lugar do seu pai. Lógico que ele não iria ocupar o lugar do Carlos jamais, mas o Nícolas estava se apegando a ele. Alguns minutos depois, a enfermeira entrou dizendo que iria colocar o cateter, ele me olhou e senti que estava tenso. Sorri para ele e me aproximei vagarosamente.
-Você quer que eu fique segurando a sua mão?
-Não mãe!… Eu já sou um rapaz, não me faz passar vergonha?<sorriu tímido olhando para a enfermeira>
-Muito bem mocinho, vamos esticar este braço, que eu tenho que colocar este cateter em você!<disse segurando em sua mão>
Ele sorriu e esticou o braço na maior boa vontade, e oferecendo um lindo sorriso a jovem enfermeira. Ela repousou a sua bandeja na cama conectando a agulha no cateter. Ela o olhou retribuindo o seu sorriso, perguntando em seguida se ele estava pronto. Ela começou com o procedimento, ela colocou a sonda (a borracha para prender a circulação) dando algumas batidas em seu braço para que as veias saltassem, mas em seguida ela constatou que ele não era bom de veias, eu me levantei da poltrona onde estava e segui ate o seu lado. As veias eram muito finas e se ela insistisse, provavelmente se romperiam com a primeira aplicação. Eu me prontifiquei ajudá-la me identificando como pediatra, e ela disse que me conhecia. Eu peguei um par de luvas e tentei ver se teríamos êxito em sua mão, mas infelizmente nada, perguntei se ele estava nervoso e ele negou. Após tentarmos em mais alguns lugares incluindo o pé, que também foi sem sucesso, só nos restou dois lugares, que eram simplesmente torturantes, a veia no pescoço, ou raspar uma parte da cabeça para colocar, ele não gostou muito da ideia.
-Onde você prefere, no pescoço ou na… Cabeça?
-Na cabeça mãe!<perguntou Sophia assustada>
-Amor por favor, tira a Sophia daqui!<fui seca>
-Eu não quero fazer isso!<vi os seus olhos ficarem vermelhos>
-Infelizmente meu anjo, teremos que fazer isso, as suas veias não são tão fortes a ponto de suportar o medicamento pesado que passarão por elas!<eu estava arrasada>
-Tenta em outro lugar!<as suas lagrimas rolaram>
-Já tentamos em todos meu amor!<isso estava cortando o meu coração>
-Vamos filha vamos sair, a sua mãe precisa de calma para fazer isso!!<disse Bruno a retirando do quarto>
Eles se retiraram sobre protesto dela. Eu não estava gostando de perguntar a ele uma coisa destas, era duro para mim como mãe, mas infelizmente não tinha outra opção. Ele escolheu o pescoço dizendo que assim não precisaria raspar a cabeça. Ainda.
A enfermeira e eu que já tinha se identificado como Amy. Seguimos para a nossa ultima opção, o pescoço. Por sorte ela já estava bem alta, talvez pelo seu nervosismo que agora era evidente. Eu me sentei ao seu lado repousando a sua cabeça em meu colo, fazendo um pouco de pressão para que ele esticasse um pouco pescoço e ela rapidamente “parecendo ter mãos de fada”, colocou o cateter no lugar o fixando com esparadrapo.
(Eu sei q e uma menina, mas e como foi fixado nele)
Ele disse que não tinha doido, e que só tinha sentido uma aflição, e que ate que não era tão incômodo. Ela se retirou dizendo que já voltaria com a bolsa de transfusão. Eu me recostei na cama e ele me abraçou.
-Mãe, promete pra mim que eu vou ficar bom logo!<disse com a sua cabeça na altura dos meus seios>
-Eu prometo!… O seu irmão, ou Irma vai te ajudar nesta parte!<sorri acariciando os seus cabelos>
-Eu estou muito feliz em saber que a senhora esta grávida!… Agora você e o Bruno têm que se casar logo!<me olhou>
-Não enquanto você estiver aqui, quando você ficar bom, eu prometo que me caso!<sorrimos>
-Eu ouvi isso hem!… Espero que seja uma promessa, estou torcendo para que ela seja cumprida logo!!<disse entrando no quarto e vindo ate a cama ficando ao meu lado>
-Doeu?<perguntou Sophia ao seu lado>
-Não, eu só fiquei nervoso, com medo que doesse!<disse cabisbaixo>
Ficamos ali tentando fazer com que ele sorrisse, e acabamos conseguindo, bom acabamos não o Bruno e a Sophia. Nossa como eles era parecidos, ate nas palhaçadas eles eram iguais. Algum tempo depois a enfermeira retornou com a bola de transfusão a acomodando no Aldo do ferro de sustentação, e conectando ao cateter em seu pescoço. Ela pediu que ele fizesse o mínimo de movimentos para que não saísse, e assim ele ficou, deitado e quieto. Permanecemos por mais um tempo e quando dei por mim já era noite, eu disse para que eles fossem embora, mas o Bruno disse que hoje ele ficaria com o Nícolas  por que eu precisava descansar. Eu tentei argumentar mas foi impossível, ele disse que eu tinha que descansar por causa do bebe.
Sem ter como argumentar, Sophia e eu nos despedimos do Nícolas e em seguida me despedindo dele com um beijo, e um pedido de obrigada ao pé do ouvido.
Descemos ate a recepção e eu notei que a porta do hospital estava repleta de paparazzi, eu achei estranho e os seguranças do hospital me aconselharam a sair pela porta lateral, que mesmo sendo mais escondida, também tinham alguns fotógrafos. Entramos no carro bombardeadas de perguntas do tipo: “Doutora como esta o seu filho?… Ficamos sabendo que ele esta muito doente, o que ele tem?” ou “Doutora, quando o seu filho terá alta hospitalar?” E umas que me deixaram de queixo caído como esta:”Doutora e verdade que o Bruno e pai do seu outro filho também?” Entramos no carro com um certo custo e seguimos para casa, eu tinha que descansar comer algo e tomar um banho bem relaxante, curtindo a minha condição de “Grávida”
-Imagina quando eles souberem que eu estou grávida, e o pai e o Bruno!<pensei>

BRUNO ON

Eu tinha me prontificado a ficar com o Nícolas para Agatah ir descansar um pouco, ela estava visivelmente cansada, e alem de tudo agora ela estava grávida. Eu estava tão feliz em saber que eu seria pai mais uma vez, e agora novamente da mulher que eu amo, e que agora não teria nada e nem ninguém que me faria separar deles. Na hora eu pensei na Alicia, em como o meu filho estava, estava me sentindo um coelho, estava indo para o 4 filho, me arrepiei só de pensar no momento em que eu tivesse que contar para a Agatah sobre a Alicia e vice versa.
–Bruno ainda falta muito?<perguntou com o olhar fixo na TV>
-Ainda falta um pouco sim garotão!… Esta precisando de algo ai?<pergunta irônica>
-Estou bem na medida do possível!… Cuidando para não mexer o pescoço, não quero ser furado novamente!<disse sorrindo fraco>
-Isso vai passar!
-Sim!… Graças a você!<desviou os seus olhos para mim>
-A mim?… Mas por que, eu não fiz nada!<me levantei e fui ate ele>
-Você e a mamãe terão um filho, e ele salvara a minha vida!… Se você não estivesse com a mamãe, ela não estaria grávida agora e eu não teria mais chances de sobreviver!
-Eu te tenho como um filho!… Eu sinto que seria capaz de fazer qualquer coisa por você, assim como eu farei se for preciso pela Sophia e o Chris!
-EU tenho que confessar!… Assim que você e a mamãe começaram a namorar, eu não gostei, eu achava que ela não deveria ficar com ninguém, e que o único homem que ela deveria ter ficado era com o meu pai, por mim ela ficaria sozinha para sempre!… Mas a Sophia conversou muito comigo, ela dizia que a mamãe era nova e precisava de alguém perto dela, e que ela não poderia ficar sozinha pelo resto da vida!… Eu acabei repensando e vendo que você era o cara ideal para ela, você a amava e acima de tudo nos tratava muito bem!<sorriu> Era o padrasto ideal!… E quando ficamos sabendo que a Sophia era a sua filha, não tive mais duvidas!
O moleque tinha me deixado sem palavras, eu o abracei sentindo os seus braços me apertarem contra si, sorrimos e eu vi os seus olhos marejados, senti um no se formar em minha garganta. A única coisa que ele queria, era um abraço de uma figura que se mostrasse ser como um pai para ele neste momento.
Assim que a sua transfusão se findou eu fui chamar a enfermeira para retirar a bolsa de sangue antes que acabasse assim como a Agatah me pediu. Ela retirou a bolsa e colocou ele diretamente no soro. A noite começou bem, muito bem, a Agatah me ligou e perguntou se estava tudo tranquilo e eu disse que sim, e só estaria melhor se ele não estivesse passando por tudo isso. Pedi que ela passasse na minha casa pela manha e trouxesse uma muda de roupa e alguns produtos de higiene para mim, pois no dia seguinte eu iria para o estúdio pela manha. Após mais alguns minutos de conversa desligamos, eu me acomodei na poltrona reclinável e acabei pegando no sono apos ver que ele tinha adormecido.
-Não, eu não posso me deixa aqui elas precisam de mim, eu não posso!
Acordei com o Nícolas tendo um pesadelo, me aproximei rapidamente dele o acordando com cuidado.
-Nícolas acorda, e só um sonho!
-Promete pra mim, promete que vai cuidar da Sophia e da mame?<ele estava suando e muito nervoso>
-Claro que sim, mas o que houve?… Calma, tenta se acalmar eu estou aqui!<o abracei>
-Eu sonhei que ia…
-Shiii não termina, por que isso não vai acontecer já te dissemos isso!<o olhei >
-Eu sinto falta do meu pai!… Eu morro de inveja da Sophia ter você ainda, eu queria que ele tivesse aqui!<disse chorando>
-Eu sei, imagino o que você esta sentindo!
-Eu sei que pode ser loucura minha, e que sem duvidas você não vai querer… Ninguém vai ocupar o seu lugar, mas… Eu queria que você fosse o meu pai também!<ele me abraçou forte>
-Eu quero!… Seria perfeito, e eu serei de qualquer forma né?<sorri>
-Sim!… Mas eu quero te chamar… De pai!
-Quero ver quem vai dizer que você não e o meu filho!<disse segurando o seu rosto com as duas mãos e o encarando>
-Obrigado!… Pai!<sorrimos>
Permanecemos abraçados e conversando por mais uns minutos ate sentir que ele tinha pegado no sono, sai da cama tomando o maior cuidado para não acordá-lo. Retornei para a poltrona e fiquei o observando dormir calmamente, sem  mesmo sentir acabei pegando no sono.

AGATAH ON
 
Após uma noite tranquila de sono, acordei sedo saindo do quarto e acordando a Sophia para ir a escola. Após nos arrumarmos tomamos café e como ainda era cedo seguimos para a casa do Bruno para pegar as coisas que ele tinha me pedido. Tudo recolhido segui para a escola dela, assim que estacionei vi o Chris conversando com um grupo de menos, ele me olhou serio e eu desviei do seu olhar, não queria passar pelo que passei novamente. Cumprimentei a minha filha a observando entrar na escola, entrei no carro e segui para o hospital. Segui direto para a porta lateral, entrei me identifiquei na recepção pegando a minha etiqueta de acompanhante e segui para o seu quarto.
-Bom dia!<disse abrindo a porta vagarosamente>
-Bom dia amor!<disse Bruno da poltrona>
-Cadê o Nícolas?<perguntei assustada vendo a sua cama vazia>
-Calma amor, ele esta no banheiro! … Como vocês passaram a noite?<perguntou me beijando e acariciando a minha barriga>
-Passamos bem!… Ele esta sozinho?<perguntei após beijá-lo>
-Claro você queria que eu fizesse o que balançasse?<foi irônico>
-Não né, mas…
-PAI!<gritou do banheiro>
-Pai?<o encarei>
-A noite foi longa e produtiva!… O que foi filho?<perguntou indo ate a porta>
-A borracha do soro enroscou e eu não alcanço!
-E você alcança Bruno?<provoquei>
-Olha quem fala, a senhora um metro e setenta!<rebateu>
-Chato!<sorrimos>
-Você demorou mãe!<disse saindo do banheiro>
-E eu ainda fui na casa do Bruno pegar umas coisas pra ele!… E será que você pode me explicar que coisa nova e esta de “pai”?< entreguei as coisas para ele>
O Bruno foi para o banheiro, eu ajudei a subir na cama, e sentando ao seu lado ele me contou como tinha sido a sua noite , me contou as conversas que tiveram, do sonho e o por que chamá-lo de pai. Eu achei lindo o seu gesto, e era lindo ver o carinho, e como eles tinham ficado tão próximos em tão pouco tempo. Eu disse a ele que tinha ligado para a sua tia e que ela tinha ficado de vir vê-lo hoje pela manha. O Bruno saiu do banheiro de banho tomado e trocado, disse que como tinha me falado. ele ia para o estúdio e que durante a tarde ele voltava, se despediu de mim, do Nícolas e deu um beijo na minha barriga se retirando em seguida. Ele saiu e uma doutora entrou no quarto.
-Bom dia meu nome e Carly Robson e eu estarei juntamente com o doutor Josh, cuidando deste mocinho!
-Bom dia!<respondemos juntos>
-Doutora Agatah Fleminng, não se lembra de mim?
-Doutora Carly Robson!… Claro que sim, fico feliz em saber que uma amiga de faculdade cuidara do meu filho!!
-Como esta?
-Estamos levando né?
-É, com força e garra que eu sei que você tem!… Eu vim para avisar que diagnosticamos o tipo de leucemia que ele tem, ele esta com a LLA (leucemia linfoide aguda) e começaremos hoje com a Quimioterapia do mocinho!
-São as mais comuns em crianças mesmo!…E agora começa tratamento!
-Ola boa tarde!… Vim ver o meu amor!!<disse Angel sorrindo e entrando no quarto>

SO PODE SER CASTIGO! CAP- 36




Acordei com o meu telefone despertando. Engraçado que eu não me lembro de te-lo colocado para despertar. Olhei para a Sophia e ela dormia calmamente, não tinha nem se movido durante a noite. Já eu, estava com o braço dormente, afinal passou a noite toda na mesma posição. Tentei me levantar e retirar o meu braço de baixo da sua cabeça tomando o maior cuidado para não acordá-la, mas foi impossível. Eu não tinha outra opção, ela tinha que ir para a escola, mas estava tão linda de dava ate pena de mexer com ela.
-Filha, acorda hora da escola!<disse sonolento e o celular começa a despertar novamente>
-A pai so mais cinco minutos?<disse se acomodando mais>
-Eu te dou ate dez, se você me deixar sentir o meu braço novamente!<falei lamentando pela dor que estava sentindo>

-Mas esta tão bom!
-Mas o meu braço esta doendo tanto filha!<sorrimos e enfim desliguei o despertador>
-Foi você que colocou o meu celular para despertar?<disse com ele em mãos>
-Sim!… Ouvi você falando com a mamãe que iria me colocar para a escola!… Então como eu sei que seria impossível você acordar sozinho…<disse dando de ombros e voltando a se deitar>
-Há há há há engraçadinha!
Me levantei após ela sair do meu braço, fui direto para o banheiro tomar um banho, ouvi a porta bate e soube assim que ela tinha ido se arrumar. Envolvi a toalha na cintura e fui pegar uma roupa, quando sai do quarto ela ainda estava deitada, e parecia ter voltado a dormir. Passei rapidamente para o closet, não era a minha intenção acordá-la neste momento. Me troquei e voltei para o quarto. A chamei e disse para ela ir se arrumar que teria que ir para a escola, e eu iria para o hospital, ela pediu para ir comigo e eu disse que assim que ela saísse da escola ela iria para o hospital, pois eu pediria ao Dre que a buscasse e a levasse direto para o hospital, ela concordou e foi se arrumar.
-Foi voçe que bateu a porta?<disse antes dela sair>
-Sim!… Estava correndo um friozinho chato, então eu fechei!… Calma pai, não era um fantasma!<sorriu>
-Engraçada, hoje você acordou com espírito de comediante!<disse sorrimos>
Ela saiu do quarto eu terminei de me arrumar, e segui para a sala. O delicioso cheiro do café tomava conta da casa, fazendo o meu estomago dar sinais de vida, fui ate a sala de jantar e a mesa já estava posta com um delicioso café.
-Bom dia senhor Mars!
-Bom dia Demetria!… Por acaso a Agatah ligou?<disse me sentando>
-Sim senhor, ela ligou me pedindo para acordar a Sophia para ir a escola, mas quando eu subi notei que ela não estava e então eu ouvi o movimento no quarto da dona Agatah, e presumi que ela já estivesse acordada!<disse ao lado da mesa>
-E, ela fez o favor de me colocar o meu celular para despertar!…<sorri>
-Já?… Nem me esperou, poxa!<disse fingindo estar chateada>
-Ei que roupa e esta mocinha?<a encarei>
Sophia Fleminng
-E para ir a escola?<me respondeu com outra pergunta, típico dela>
-Eu notei!… Mas a calça tem que ser tão apertada?<tomei um gole do meu café>
-Pai e uma leguin!… E apertada!<sorriu passando geléia em uma torrada>
-Mas não tem nada um pouco mais… Largo?
-Pai!… Minha mãe também implica com as roupas, mas e por que la no Brasil, usávamos uniformes e aqui e um desfile de moda!
-Reivindicarei uniformes na próxima reunião para vocês!
-Para pai!… Deixa de ser chato!<sorrimos>
-Serio filha, não tem nada mais largo?
-NÃO!<sorrimos>
Terminamos o café e seguimos para a escola no carro da Agatah. Incrível como carro de mulher e extremamente organizado, eu tive medo ate de pisar no tapete. Assim que chegamos, eu estacionei próximo a entrada, olhei no retrovisor e vi o carro do motorista que trazia o Chris para a escola, seria agora a minha conversa com ele.Sai do carro seguido pela Sophia, ela parou na porta do carona e quando ele saiu eles se encararam, ela estava com olhar de decepção, e ele com ar de soberano, como se tivesse feito a melhor coisa do mundo.E o pior e que eu conhecia perfeitamente aquele olhar.
-Acho que precisamos conversar mocinho!<o encarei>
-Se for sobre ontem?… Eu acho que não!<sustentou o meu olhar>
-Eu tenho certeza que sim!… Boa aula minha fila, o Dre vira te buscar para te levar ao hospital ver o seu irmão!<disse a beijando e abraçando>
-Sim pai!… Ate mais tarde, manda um beijo para a mamãe e o Nicolas!<disse e entrou>
-O Nicolas esta no hospital?
-Sim, satisfeito agora?
-Quer saber pai?… Não, eu não estou, mas ele e um fracote um mane, ficou defendendo a falsa da mãe dele, e ofendendo a minha! !… Levou!
-Não foi assim que eu te criei, estou extremamente decepcionado com você! 
-Eu que estou em saber que depois de tudo, você ainda esta com aquela mulher!
-Dobre a sua língua antes de falar dela!… E você esta pensando que esta falando com quem?…Eu não sou um dos seus coleguinhas de classe, eu sou o seu pai!… Ou você esta se esquecendo disso Christofer? 
 -Não pai, eu não esqueci, e que…
-E que nada, eu não quero mais que isso se repita, esta me ouvindo?
-Sim!<disse cabisbaixo>
-Acho bom!… Agora vai para a aula!<disse serio>
A pior coisa do mundo era brigar com um filho, mas naquele momento, ele precisava me ouvir. Entrei no Carro e segui para o hospital, estava tenso e queria saber como estava o Nicolas.
Assim que cheguei no hospital me deparei com a sua frente tomada por “urubus”, dei a volta e segui para a lateral, para a minha sorte estava com o carro Agatah, que ninguém conhecia. Entrei segui para a recepção me identifiquei e subi para o quarto 306 onde eles se encontravam. Ainda era cedo, mas já tinha bastante movimento nos corredores. Entrei e eles dormiam calmamente, a Agartah estava toda torta em uma poltrona reclinável. Me aproximei do Nicolas que dormia profundamente e passei levemente a Mao pela sua testa, ele se mexeu mas por sorte não acordou. Elevei o olhar e me deparei com ela me olhando com um lindo sorriso.
-Bom dia amor!… Me desculpa eu não queria te acordar<me aproximei dela>
-Esta tudo bem amor!… Daqui a pouco e hora da ronda medica!<disse olhando para o relógio>
-O resultado do exame ainda não saiu?<disse me sentando com ela na poltrona>
-Ainda não!… Eu estou preocupada!
-Vai dar tudo certo meu amor!<dei um beijo rapido>
 
-A Sophia foi para a escola?
-Claro que sim!… Trouxe alguns produtos de higiene para você!<disse a entregando uma necesser>
-Obrigada meu anjo!
-Você contou a ela?
-Sim!
Enquanto ela seguiu para o banheiro fazer a sua higiene , eu contei a ela tudo o que tinha acontecido ontem a noite, esta manha, desde a hora em que acordei ate a entrada no hospital. Ficamos conversando baixo ate sermos surpreendido pelo medico entrando no quarto.
-Bom dia!<disse o Dr. Josh assim que entrou>
-Bom dia!<dissemos juntos>
-Eu poderia falar com vocês na minha sala?… Estou com o resultado do exame do Nicolas!<saiu>
-Acho que vou ficar aqui com ele, para se caso acordar!
-Não por favor, vem comigo!… Estou com medo do resultado!
Seguimos para a sala do medico e nos acomodamos como no dia anterior, ele sentou tendo em suas mãos os resultados do material que eu colhi.
-Bom,primeiramente queria parabenizá-la pela coragem de fazer o exame nele doutora Agatah!<a encarou>
-Muito obrigada doutor, mas como mãe e pediatra cirúrgica eu me senti na obrigação de fazer!
-Ótima escolha!… Então eu serei curto com os resultados, afinal a senhora tem um certo sangue frio!
-Nem tanto doutor!… Mas por favor diga qual foi o resultado, seja direto, sem rodeios!
-Bom o Nicolas esta com leucemia, pensávamos que era meningite, mas o exame acusou leucemia!… Eu sinto muito!<disse serio nos encarando>
-Como assim o senhor sente muito?<o encarei>
-Não, não pode ser meu Deus!… Isso não pode estar acontecendo de novo não!!<ela se desesperou>
-Calma Agatah, vai dar tudo certo, não e doutor?<precisava acalmá-la de alguma forma>
 
-Claro que sim, e ela sabe disso!… Descobrimos a doença em estagio inicial, ele tem muitas chances de ficar 100% curado!
-Como assim chances?… Não são certezas?<perguntei>
-Nos nunca temos 100% de certeza de cura desta doença assim que ela e diagnosticada, mesmo sendo em estagio inicial!<me abraçou
- O seu filho ficara bem!… Eu disse que sinto muito, pois sei que o ex marido da doutora faleceu com esta doença!
-E qual seria o melhor tratamento agora?<perguntei confuso>
-Iniciaremos com os medicamentos e daremos inicio a quimioterapia em uma semana, ou menos!… E neste período ele ficara internado!… E assim que a doença der uma trégua, começaremos os testes para fazer o transplante!
-Eu quero fazer o teste agora!<disse colocando as suas mãos na mesa>
-Eu também quero fazer!<me prontifiquei>
-Claro, vocês como os pais vão fazer o teste!… Mas por favor se acalme primeiro, doutora!
-Como o senhor quer que eu me acalme?… Acabei de saber que o meu filho tem a mesma doença do pai que morreu a pouco mais de 8 meses?
-Agatah olha pra mim!<fui firme com ela>
-Vou deixá-los a SOS!<o medico se retirou>
-Meu amor calma pelo amor de deus!… Você melhor do que ninguem sabe que ela tem cura!… Dara tudo certo!
-O do Carlos também estava no inicio e ele morreu Bruno!<disse já chorando>
-Olha você esta muito nervosa, e eu sei que não e para menos, mas você tem que ter fé meu amor, nos vamos fazer os testes e dará tudo certo!
-Você também vai fazer o teste tambem?
-Claro que vou!
-Mas você praticamente não tem chances!
-Ta eu posso praticamente não ter chances, mas e se por um acaso eu for compatível?… Eu o tenho como um filho!… E logo seremos assim, uma família!
-Obrigada meu amor, não sei o que seria de mim sem você agora!<nos abraçamos>
-Da licença, mas os senhores já se alimentaram?… Eu preciso que estejam alimentados para poder fazer os exames!<disse aparecendo na porta>
-Ainda não!… Mas iremos agora mesmo comer algo para fazer!<disse a segurando pela mão e saímos>
-Bruno eu não estou com fome!<disse a caminho da cantina do Hospital>
-Mas você tem que comer, temos que comer!… Você não quer fazer o teste?… Você não quer salvar o Nicolas?
-E lógico que eu quero!
-Então tem que comer algo!
Assim que chegamos ela disse que não queria comer nada ali, e que já que ela teria que comer, comeria comida de verdade. Eu dei a idéia de irmãos para um restaurante que tinha ali perto e ela concordou. Seguimos para o restaurante e la nos almoçamos e apos uma hora mais ou menos estávamos prontos para fazer os testes.
Entramos juntos para colher material e apos meia hora, estávamos liberados, ela pediu para ver o filho e foi prontamente atendida.
AGATAH ON
Eu não estava acreditando que isso estava acontecendo novamente comigo, era muito castigo para uma pessoa só. Eu so sabia me perguntar o que eu tinha feito para estar passando por tudo isso novamente, será que eu era uma pessoa tão ruim, para sofrer tanto. Apos Bruno e eu fazermos os exames para sabermos se somos compatíveis ou não, eu pedi apara ver o meu filho eu precisava abraçá-lo e dizer que eu o amava e que estaria ali com ele para o que desse e viesse.
Assim que entrei ele estava mexendo no meu telefone, mais especificamente na internet. Me aproximei e assim que ele me viu abriu um lindo sorriso e eu não pude segurar a emoção, eu não poderia nem pensar na possibilidade de perder o meu filho.
-Eu te amo muito meu anjo!<disse abraçada a ele chorando>
-Eu também te amo muito mãe!… Mas por que a senhora esta chorando?
-Meu amor, por favor, esta o deixando assustado!<senti o Bruno alisar as minhas costas>
-E aqui que esta um garoto muito chato, mas que eu amo muito e não sei viver sem??<disse Sophia entrando>
-Mãe, sequestraram a minha Irma!<disse arrancando sorrisos de todos>
-A e seu besta eu saio cansada da escola para te ver e é assim que voçe me recebe??<disse o abraçando>
-A quem manda você so me tratar mal!
-Ok, darei uma trégua, mas por pouco tempo!… E ai como voçe esta?<disse o abraçando, fato raro>
-Não sei a mamãe esta chorando, eu devo estar muito mal!<apos se desvencilharem>
-O que ele tem mamãe?<disse se abraçando o pai>
-Bom, uma hora vocês terão que saber, e melhor por mim do que por um medico ou se… Enfim, meu amor voçe esta com leucemia!<estava segurando a sua Mao>
-Pera ai, isso e brincadeira ne?… Como assim, o Nicolas, mas o meu pai morreu com isso!… Mãe ele não…
-Não filha!… Olha pra mim, ele não vai, ok, esta no inicio e tanto eu quanto a sua mae já fizemos testes para fazer o transplante!… vai dar tudo certo!<Bruno a abraçou>
-Mãe, olha pra mim, me diz a verdade!… Eu vou morrer como o meu pai?<ele segurou forte a minha mao>
-NÃO!… Nem que eu… Eu não sei!… Mas eu não vou deixar nada acontecer com você esta me ouvindo, nada!
-A senhora não pode ter certeza!<disse me encarando>
-Sim eu tenho!… Eu tenho, eu sou a sua mãe, eu tenho certeza!… Eu dou a minha vida pela sua!<o encarei>
-Mãe!<exclamou Sophia ainda abraçada ao pai>
Eu confesso que estava desesperada, e eu sei que seria impossível eu dar a minha vida pela dele, mas eu precisava mostrar a ele que eu estava disposta a tudo, estava disposta a realmente a dar a minha vida por eles, eu os amava mais do que a mim mesma.
Ser mãe não e uma brincadeira, ser mãe não e como brincar de boneca, vestir e despir quando quiser. Ter um filho não e como ter um brinquedo que você brinca bastante, e quando você enjoa joga ele em qualquer canto como se fosse um nada, ou qualquer coisa, ter um filho e ter uma responsabilidade para o resto da sua vida. E amar uma pessoa incondicionalmente, amar alguém mais do que a si mesmo, o amor de uma mãe para com um filho, supera qualquer amor existente na face da terra. Ser mãe e defender o seu filho com unhas e dentes e se jogar na frente do perigo por ele, aceitar os erros e certos sempre com um conselho ou um esporo quando necessário. Ser mãe e uma dádiva de Deus dada as mulheres, pois só “mães, mulheres” só nos, temos o poder de dar a luz a um ser tão grandioso como nos mesmos.
Fui interrompida dos meus pensamentos com o Dr. Josh entrando no quarto com os resultados dos exames que o Bruno e eu fizemos mais cedo.
(Dr. Josh)
-Boa tarde!… Em minhas mãos estão os resultados dos exames que vocês fizeram mais cedo!… Vocês preferem ir para a minha sala ou ficar aqui mesmo??
-E melhor ficarmos aqui mesmo ne amor?<me olhou>
-Sim, por mim tudo bem!
-Pois bem!… Começarei pelo do Senhor Peter Hernandez!… Infelizmente o senhor não e compatível!<disse trocando as folhas em suas mãos>
-Tudo bem amor, já esperávamos por isso!<disse assim que vi a sua expressão de decepção>
-Já senhora doutora!… A senhora também não e compatível, mas…
-Não sou compatível também?… Deus!<abaixei a cabeça já chorando>
-Calma mãe, o doutor ainda não terminou!… Mas o que doutor?<perguntou Sophia