domingo, 9 de junho de 2013

ALICIA?... CAP -40




-Cade o Bruno menina?<perguntou com um ar de arrogância>
Eu franzi a testa e serrei os olhos a encarando, esta mulher não me conhece.
-Primeiro, bom dia se usa!… Segundo o meu pai esta no banho!… E terceiro quem e você e o que quer com ele?<fui extremamente grosa como mamãe não ensinou>
-Então você e a famosa Sophia, filha do meu Bruno?
-Seu?… QUE MANE SEU MULHER, ESTA FICANDO LOUCA?… ELE E O MEU PAI SIM , E VAI SE CASAR COM A MINHA MÃE!<gritei mesmo>
-Não grita comigo garota!… Você esta sonhando se ele vai casar com a sua mãe!
-QUEM E VOCÊ?
-Eu já te falei para parar de gritar comigo!… Eu sou a sua futura madrasta!… Estou grávida do seu pai, e ele vai ficar e comigo!<me encarou com olhar de fúria>
-E MENTIRA!… ELE NUNCA FICARIA COM VOCÊ!
-Claro que e verdade garota!… Pelo visto ele ainda não te contou, mas olha a minha barriga, ainda esta pequena mas da para notar que estou grávida!<a olhei perplexa>
Senti uma raiva tomar o meu corpo e a minha garganta dar um nó, eu queria gritar, bater, não sei, eu não podia acreditar que ele tinha feito isso, que ele tinha escondido de nós, que ele teria outro filho com uma qualquer. Ouvi os seus passos apressados pela escada e em seguida ele se pronunciar.
-O que esta acontecendo aqui?… Alicia?<eu continuei a encará-la>
-Oi amor! <disse sorrindo> Estava aqui falando para a minha futura enteada, que eu serei mamãe de um lindo bebezinho seu!<disse vindo alisar o meu rosto>
-CALA A BOCA!…NÃO ENCOSTA EM MIM!<gritei mais ainda>
-Sophia filha…
-Não fala comigo, você mentiu pra mim!… Você era o pai perfeito para mim, eu estava feliz por que achei que o meu pai biológico era tão incrível quanto o meu pai Carlos, mas eu me enganei!< não fiz questão de olhar pra ele>
-Minha filha eu ia…
-Não ia, olha a barriga dela já esta grandinha, você não ia não mente!… Eu vou embora daqui, não quero mais ter que te olhar!<sai sem olhar pra trás>
Sai dali o mais rápido que consegui, pude ouvir ele me gritar de dentro da casa, e ela falar alto com ele, mas não fiz questão de obedecer.
 Cheguei na rua principal, andando o mais rápido que podia, continuei pela calçada rapidamente ate ver um táxi, fiz sinal e ele parou, entrei e vi pelo retrovisor do táxi, o meu pai saindo pela rua andando apressadamente, cerrei os olhos senti as lagrimas caírem.
-Esta com algum problema mocinha?<ouvi a voz do taxista que para a minha sorte era uma mulher>
-Problemas de família!<respondi com a voz embargada>
-Mas você tão novinha, já esta com problemas tão sérios para estar chorando assim, e parecendo estar fugida?<me olhou pelo retrovisor>
-Eu sou nova sim, mas infelizmente a vida já me deu muitos problemas me fazendo ser mais adulta!<disse com voz de choro>
Eu estava me sentindo perdida, eu não sabia o que fazer, talvez eu estivesse sendo infantil demais, ou madura demais para a minha idade, mas eu realmente não aparento ter 12 anos. Apesar da pouca idade a vida já me ensinou muito, eu já tive que passar por coisas muito desagradáveis, que me fizeram crescer precocemente. E agora vendo a minha mãe passar por tudo o que estava passando novamente. Era muito duro para mim vê-la sofrer novamente, não só ela como o Nick e eu. Perdemos o nosso pai muito cedo, e por uma doença que agora ataca o meu irmão, a minha mãe se faz de forte, mas ela fica vulnerável, eu sei. O que eu mais queria agora era protegê-la de tudo e de todos, ela estava grávida e com uma “bomba relógio” nas mãos. Eu não sabia para onde eu estava indo eu chorava muito e eu não queria ir para o hospital, não queria passar esta angustia para a minha mãe.
-Para onde você esta indo??<perguntou>
-Não sei!… Pode me deixar no Barnsdall Art Park, por favor!
-Claro, mas o transito pra la a esta hora e um caos!<ela tentava puxar assunto comigo>
-Tudo bem!
Realmente alguns metros depois e estava tudo parado. Já estávamos bem afastadas da casa do meu pai, e não estávamos nem próximo do hospital. Após alguns minutos dentro do táxi, vi que estava difícil então eu decidi paga-lhe pela corrida e sair e terminar o caminho andando, afinal não faltava muito. Sai do táxi sentindo a brisa em meu rosto, eu nunca tinha saído sozinha em Los Angeles, eu só saia com o meu pai a minha mãe ou um dos seguranças. Estava me sentindo sozinha e desprotegida, confesso que estava com medo do que poderia acontecer, mas eu já estava aqui e não tinha como voltar. Senti um flash em minha direção, olhei para os lados mas nada vi. Senti outro, e outro e der repente eu estava rodeada de fotógrafos em cima de mim me fazendo perguntas, e pedindo para que eu os olhasse.
“-Sophia olha pra mim, aqui!” “-So uma foto, por favor!” “-Como esta o estado de saúde do seu irmão?”” -Como você se sentiu ao saber que era filha do Bruno Mars?”
Eu estava me sentindo sufocada, com medo, eu não sabia ate aonde eles iriam com as perguntas. Não sabia se eu respondia ou apenas me calava.
-Me deem licença, por favor!<estava assustada>
“-Só mais uma pergunta Sophia, aqui, por favor!” “-Uma foto aqui!” “-Por que você esta na rua sozinha?… Você não e muito nova?… Pode te acontecer algo sabia?”
Olhei bem dentro dos olhos do paparazzi que fez esta pergunta, e ele tinha uma cara feia, assustadora na realidade
-Por favor, eu quero passar<disse ja retomando o choro>
“-Por que você esta chorando?”
-Vocês não me deixam passar!… DEIXEM-ME EM PAAAZ!<gritei colocando a mãos na cabeça>
Senti uma mão segurando o meu braço, e me puxando do meio de todos aqueles caras. Por um segundo eu imaginei ser o Dre ou o Greg, ou ate mesmo alguém da minha casa, mas não, e eu não sabia quem era. Era uma mulher, uma adolescente assim como eu? Quem e ela? Sem opção eu a segui, afinal de uma forma ou de outra ela estava me tirando dali. Corremos alguns metros sendo seguidas por eles, entramos em uma galeria e ela me entocou dentro de uma loja, mandando eu ficar ali bem quieta ate eles irem embora. Ela aparentava ter uns 14 ou 15 anos, era branca de cabelos escuros e ondulados, tinha os olhos claros como o céu, e uma voz suave. Era um pouco maior do que eu, ela parecia conhecer o lugar e saber o que estava fazendo. Alguns minutos depois ela voltou, me encarou e perguntou se eu estava bem, eu apenas concordei.
-Otimo!<sorriu>… Vem, vamos sair daqui!
-Quem e você?
-Não sou ninguém importante como você!… Por que saiu assim sozinha?<disse me entregando um óculos escuros, um boné e um casaco que estavam na sua mochila>
-De onde você me conhece?<a encarei colocando tudo o que ela me deu>
-Eu trabalho perto da sua escola, naquela loja de guloseimas!<sorriu>
-Qual e o seu nome?
-Mila!… Vamos, temos que sair daqui!<me pegou pelo braço>
Saímos da loja conversando e tentando agir naturalmente para não passar pelo mesmo problema que mais cedo. Ela perguntou para onde eu estava indo e eu respondi que ainda não sabia, mas que eu não queria voltar para minha agora, e nem ir para onde a minha mãe estava. Após andarmos por mais uns minutos enfim chegamos no Barnsdall Art Park, era um lugar bem legal de ir e muito bonito, nos acomodamos no gramado, o sol estava gostoso e não estava tão frio como nos dias anteriores.
-Por que você saiu de casa sem seguranças?… Você sempre vai acompanhada de um, ou o sua mãe, ou o lindo do seu pai!… Com todo respeito!<sorriu olhando para o horizonte>
-Não por isso!… Eu estava muito triste, estou na realidade!… Descobri que o “lindo do meu pai” vai ter um filho com a amante!<abaixei a cabeça>
-Hum!… Só isso?<sorriu>
-Você acha pouco?… Ele estava com a minha mãe, e ela também esta grávida dele!
-Ok a historia e bem comovente, mas tem pessoas com mais motivos de sair correndo do que você!<se levantou e saiu andando>
-Você acha?… Então escuta esta, o meu irmão esta internado com leucemia!<a alcancei me virando de frente para ela a fazendo parar>… O pai que me criou, morreu com leucemia, a minha mãe esta desesperada com medo de perder o filho que esta esperando, e o meu irmão, ai o meu pai que eu achava que “era o cara” me aparece com uma desta!<olhei em seus olhos>
-Olha Sophia, às vezes fugir não e o melhor caminho, as vezes e melhor olharmos pra frente, e encarar os problemas, e não fazer deles um muro no qual você não consegue pular!… Eu apanhei muito da vida e se eu tivesse fugido dela, hoje eu não estaria aqui com você!<voltamos a nos sentar>
Eu não disse absolutamente e fiquei cabisbaixa ao seu lado, afinal ela estava certa, e talvez eu tivesse que voltar e fazer o que o meu coração estava mandando. Contar a verdade para a minha mãe.
BRUNO ON
Estava no quarto terminando de me arrumar quando ouvi a Sophia gritando com alguém, eu achei estranho ela era sempre doce, eu nunca tinha ouvido se quer ela ser grosseria com alguém, alem do irmão. Sai do quarto apressadamente, e quando cheguei na sala vi a Alicia falando algo e a Sophia mandando ela se calar. Isso não poderia estar acontecendo, não agora. A minha filha não quis nem me ouvir, ela simplesmente pegou a sua bolsa e saiu correndo, eu tentei ir atrás dela mas a Alicia me segurou.
-Você não vai atrás dela não e?
-Mas e claro que vou, ela e a minha filha!… Eu não sei o que você esta fazendo aqui, se eu disse que depois falaria com você!… Olha a merda que você fez<me soltei dela>
-Eu precisava vir você estava me ignorando…
-Vai embora!… VAI EMBORA DAQUI AGORA!!
Peguei em seu braço a levando para fora da minha casa, a deixei próximo do seu carro e olhei ao longo da rua e vi que ela ainda estava andando rapidamente, eu fui atrás dela andando o mais rápido que podia, quase correndo, mas ela foi mais rápida e quando eu a alcancei ela tinha entrando em um táxi, eu gritei o seu nome, mas foi em vão, tentei memorizar a placa, olhei ao longo da rua, mas não vinha nenhum táxi atrás, eu peguei o meu celular e liguei para o Dre. Queria pedir que ele viesse para irmos trás da minha pequena, mas quando eu olhei ele já estava virando a rua (isso que e eficiência). Entrei rapidamente no carro que o Greg também estava, eu lhe disse a placa do táxi e seguimos, mas infelizmente não encontramos. Ficamos encurralados em um engarrafamento enorme. O Greg saiu para ver se achava o táxi, do carro vimos ele batendo no vidro de um, me senti mais aliviando, mas em seguida em desespero novamente quando o vi voltando correndo.
-Eu achei o táxi, mas a taxista disse que ela desceu do carro e saiu andando!<disse da janela>… Eu vou tentar ir trás dela andando, ela me disse para onde ela seguiu!
-Eu também vou!<disse abrindo a porta do carro>
-Não você fica no carro, eu vou e te ligo com noticias!<disse Dre>
-Não eu preciso ir, eu tenho que encontrar a minha filha!… A Agatah vai surtar se eu não encontra-la, ela deve estar sozinha com medo!… Meu Deus os paparazzi!<estava em pânico>
-Calma Bruno!… Quem esta surtando aqui e você!… O Greg e eu vamos atrás dela e você fica!<saiu do carro>
 Eu estava me sentindo péssimo com tudo isso que estava acontecendo. Algun tempo depois eu ouvi uns barulhos de ambulância que me deixaram nervoso, eu peguei o celular, e disquei para o Dre perguntei se estava tudo bem, se eles haviam encontrado ela, eles disseram que não, e a ambulância era um acidente de carro mais a frente, mas eles estavam em uma galeria e o pessoal que trabalhava la, disseram que ela passou por la com uma menina correndo. Isso seria um prato cheio para a imprensa. Ele disse que estaria a sua procura e qualquer coisa me ligava. A espera estava acabando comigo, e para o meu desespero o meu celular toca, quando olho no visor era a Agatah. Respirei fundo e tentei relaxar.
-Oi amor!… Esta tudo bem por ai?<disse parecendo ser o mais natural possível>
-Eu que pergunto, por que vocês estão demorando tanto?<disse com ar de preocupação>
-Estou em um transito horrível meu amor!… Daqui a pouco mais chegaremos ai!
-Ok então!… Deixa eu falar com a Sophia?
-A Sophia?
-Sim Bruno, a nossa filha!
-Então, nos ficamos ate tarde conversando e vendo filmes, ela esta dormindo aqui do meu lado, eu não vou acordá-la amor!
-Tudo bem, deixa ela dormindo então!… Estou aqui te esperando ok?
-Sim meu amor um beijo se cuida!<desligamos>
Eu precisava encontrar a minha menina, e o mais rápido possível. Elevei as minhas mãos ao rosto, sentindo um desespero tomar conta de mim. Eu já estava cogitando a possibilidade de chamar a policia, exercito, marinha e a aeronáutica, que sá a CIA para ir atrás dela.

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