Segui a Sophia ate onde eles estavam, ela estava abraçada a ele no chão, ela tentava o acordá-lo, mas era impossível. O Dre chegou antes de nos o pegando e colocando dentro do carro seguido da Agatah. Aproximamo-nos do carro e a Agatah mandou a Sophia ir para casa, que ela não iria ajudar em nada no hospital. Ela resistiu um pouco, mas acabou obedecendo. Entrei no banco da frente e seguimos para o hospital infantil. Ela chorava bastante contida com ele nos braços, eu a olhava pelo retrovisor e sentia um aperto muito grande no peito, me virei para trás e acariciei a sua mão, ela elevou o seu olhar para mim e franziu o senho.
-Vai dar tudo certo amor!<olhei em seus olhos
Ela apenas concordou com a cabeça e alisou o seu rosto ainda desacordado.
-Acelera mais Dre!
-Se eu for mais rápido levaremos uma multa!
-Não me interessa a multa, apenas acelera esse carro!
Feito o que eu te pedi ele acelerou e em pouco mais de 5 minutos chegamos ao hospital. Desci do carro abrindo a porta traseira o pegando no colo e ela vindo atrás de mim. Seguimos para a recepção ela se identificou como medica e logo um enfermeiro veio com uma maca para buscá-lo. Seguimos para a sala de espera como nos foi aconselhado e ficamos aguardando alguma noticia.
-Meu deus o que aconteceu com o meu filho!<elas estava muito nervosa>
-Calma meu amor daqui a pouco teremos alguma noticia!
Fiquei o tempo todo ao seu lado, ela as vezes chorava, as vezes ficava seria, triste ,ela era um misto indecifrável de sentimentos. Após umas duas horas de agonia o medico apareceu.
-Boa tarde, o meu nome e doutor Josh willys , e eu sou o pediatra responsável hoje, e foi eu que pessoalmente atendi o filho da doutora!<disse a encarando>
-Boa tarde doutor como esta o meu filho?<disse apertando a sua mão e em seguida eu o cumprimentei>
-Eu gostaria que os pais viessem comigo ate a minha sala!<disse já dando as costas>
-Você vem comigo amor?<me encarou>
-Claro!<segurei em sua mão>
Seguimos ate a sala do medico, ele educadamente nos ofereceu a cadeira para sentarmos, e assim que nos acomodamos ele pegou alguns papeis de exames e começou a nos dizer os resultados.
-Bom doutora Agatah, eu estou com os resultados dos exames do Nícolas aqui e…
-E o que doutor, o que o meu filho tem?
-Bom, eu terei que pedir a autorização da senhora, para fazermos uma coleta de material da medula óssea dele, pois de acordo com alguns exames, estamos com suspeitas de meningite ou leucemia!
-De novo essa maldita doença na minha família não!<ela abaixou a cabeça >
-Calma meu amor!<eu estava ao seu lado e ela me abraçou>
-Não Bruno de novo não, meu deus eu não posso perder o meu filho!!
-Calma doutora!… Ainda não temos certeza, com a sua autorização faremos uma pulsão lombar nele esta tarde e só assim teremos a total certeza!
-Pulsão lombar?
-Sim senhora!
-Tudo bem eu assino a autorização, mas só se eu fizer a pulsão lombar nele!<foi firme>
-Tudo bem eu assino a autorização, mas só se eu fizer a pulsão lombar nele!<foi firme>
-A senhora?… Tem certeza que esta em condições?
-Tenho doutor Josh!
-Tudo bem, mas a senhora terá que assinar um termo de responsabilidade, perante o hospital, dizendo que assume todos os riscos!
-Eu assino o que for preciso!
-Meu amor, você esta certa disso?… Pode ser perigoso!<tentei alertá-la>
-Eu sei, mas eu já fiz tantas pulsões no Brasil, eu me sinto capaz!
-Mandarei fazer o termo de responsabilidade, com a licença de vocês!<saiu>
-Você e uma mulher muito corajosa!
-Faço qualquer coisa pelos meus filhos!
Ela era uma mulher realmente incrível, era muita coragem dela se prontificar a fazer a intervenção no seu próprio filho.
AGATAH ON
AGATAH ON
Após sermos surpreendidos com a briga do Chris com o Nícolas Ele parecia muito agitado então resolvi ir embora com o Nícolas e a Sophia quando estávamos próximo de casa ele parou e disse que não estava se sentindo bem vindo a desmaiar em seguida, pedi que ela voltasse imediatamente e chamasse o Bruno e assim ela fez, alguns minutos depois olhei para o lado e eles vinham apressadamente em minha direção, o Dre parou o carro ao meu lado e colocou o Nícolas no banco de trás onde eu entrei o colocando em meu colo. A Sophia queria ir mas eu impedi em que ela me ajudaria se fosse? O Bruno entrou no banco da frente e seguimos, estávamos todos nervosos e temerosos com qualquer possibilidade. Assim que chagamos ao hospital , eu me identifiquei e logo ele foi atendido ficamos na sala de espera e após algumas horas o medico me chamou na sala dele, segui como Bruno e la eu recebi a fatídica noticia que poderia ser muito serio o que o Nícolas tinha. Eles disseram que teriam que fazer uma pulsão lombar, e eu me prontifiquei a fazer, não teria ninguém melhor alem de mim para fazer tal procedimento nele.
Alguns minutos depois o doutor Josh voltou com o meu termo de responsabilidade para que eu assinasse. Termo assinado, eu pedi para ver o meu filho antes do procedimento.
Alguns minutos depois o doutor Josh voltou com o meu termo de responsabilidade para que eu assinasse. Termo assinado, eu pedi para ver o meu filho antes do procedimento.
-Amor!… Como você esta?
-Assustado!…Mãe o que esta acontecendo?
-Você terá que passar por alguns exames meu anjo!… Serão alguns exames difíceis mais eu estarei la com você, eu mesma farei os exames em você!
-A senhora vai fazer?… E quais são?<ele parecia mais calmo em saber que eu mesma faria>
-Será uma pulsão lombar meu amor!<falei apreensiva>
-Cadê o Bruno?
-O Bruno?… Ele esta la fora, mas por que?
-Ele pode ficar comigo na hora do exame?
-Claro meu amor!… Claro que sim!
Surpreendi-me com o seu pedido, era estranho, mas eu não sabia se ele iria concordar, eu fui ate a porta e o chamei para que entrasse. O Nícolas o olhou e sorriu, o Bruno retribuiu o seu sorriso e ele estendeu a sua mão para que o Bruno segurasse, imediatamente ele se aproximou segurando a sua mão estendida.
-Você fica aqui comigo durante o exame?
-Fico claro!… Se eu puder né?<me olhou>
-Pode sim!… Fiquem ai que eu vou me preparar e pedir para que preparem a sala!… A Nícolas vira uma enfermeira com um traje Hospitalar, colabore vestindo ok?<sorrimos>
Sai do quarto os deixando sozinhos pedi que preparassem tudo para que o procedimento fosse feito. Após uns 30 minutos estava tudo pronto e segui para a sala e em seguida a maca com o Nícolas entrou acompanhada do Bruno. Eles estavam de mãos dadas, parecia que não tinham se desgrudado, senti os meus olhos arderem de emoção ao pensar nesta possibilidade.
Todos prontos e enfim começaríamos com o procedimento. Perguntei se ele queria ficar sentado ou deitado, ele preferiu ficar sentado. Pedi que ele se curvasse bem e de preferência abraçasse a enfermeira para lhe passar apoio e segurança. Ele disse que naquele momento ela não iria passar. Então ele pediu para que o Bruno o abraçasse que ele sim, lhe passaria segurança, como um pai. Olhei para o Bruno e vi nitidamente os seus olhos lacrimejarem assim que ele abraçou o Nícolas Olhei em volta e todos os instrumentos estavam preparados e a minha disposição. Coloquei as luvas e tateei com força a região para encontrar o espaço correto entre a espinha denominada como L3 e L4. Achado o lugar correto limpei a região com iodo, tendo o auxilio de uma tesoura cirúrgica e algodão, e em seguida reforçando a esterilização com álcool. Pedi a anestesia, denominada Hidrocaina. Cinco ml dividido em dois, um ml para a aplicação e quatro ml para o trajeto.
Após a anestesia, verifiquei novamente o local correto agora somente com as pontas dos dedos. Senti um frio correndo pela minha espinha, devido à apreensão de estar fazendo no meu próprio filho. Perguntei se ele estava preparado e ele afirmou com a cabeça, vi ele apertar ainda mais o Bruno.
Todos prontos e enfim começaríamos com o procedimento. Perguntei se ele queria ficar sentado ou deitado, ele preferiu ficar sentado. Pedi que ele se curvasse bem e de preferência abraçasse a enfermeira para lhe passar apoio e segurança. Ele disse que naquele momento ela não iria passar. Então ele pediu para que o Bruno o abraçasse que ele sim, lhe passaria segurança, como um pai. Olhei para o Bruno e vi nitidamente os seus olhos lacrimejarem assim que ele abraçou o Nícolas Olhei em volta e todos os instrumentos estavam preparados e a minha disposição. Coloquei as luvas e tateei com força a região para encontrar o espaço correto entre a espinha denominada como L3 e L4. Achado o lugar correto limpei a região com iodo, tendo o auxilio de uma tesoura cirúrgica e algodão, e em seguida reforçando a esterilização com álcool. Pedi a anestesia, denominada Hidrocaina. Cinco ml dividido em dois, um ml para a aplicação e quatro ml para o trajeto.
Após a anestesia, verifiquei novamente o local correto agora somente com as pontas dos dedos. Senti um frio correndo pela minha espinha, devido à apreensão de estar fazendo no meu próprio filho. Perguntei se ele estava preparado e ele afirmou com a cabeça, vi ele apertar ainda mais o Bruno.
Em seguida após a sua afirmação eu introduzi a agulha com aproximadamente 16 cm em suas costas, retirando o líquido incolor da sua espinha, armazenando 20 gotas em um frasco, quando passei para o segundo frasco senti ele se mexer e pedi que ele ficasse quieto, não poderia correr o risco da agulha entrar em lugar errado.
-Mãe, as minhas pernas estão formigando!<reclamou>
-Calma meu anjo, e assim mesmo!<olhei para o Bruno e em seguida a equipe ao meu redor>
Eu sabia que não era assim mesmo, a agulha possivelmente estava indo para o lugar errado e
Eu sabia que não era assim mesmo, a agulha possivelmente estava indo para o lugar errado e
eu tinha que acabar com a pulsão logo.
-17, 18, 19, e 20, acabou meu amor!<respirei fundo retirando a agulha>
-Tudo bem né doutora?<perguntou o Doutor Josh>
-Sim!… Esta tudo bem Nícolas?
-Sim, mas a minha perna esquerda esta dormente, e eu estou com um pouco de dor de cabeça!<disse ainda abraçado ao Bruno>
-E assim mesmo meu filho, daqui a pouco passa!<respirei aliviada>
Enquanto a enfermeira fazia um curativo no lugar da pulsão, eu dei um beijo em sua testa, e em seguida um beijo rápido no Bruno, seguido de um muito obrigada ao pé do seu ouvido, ele me olhou, sorriu e acariciou o meu rosto. Segui para o laboratório junto com a equipe que estava comigo, observei cada detalhe do exame, como o pedido tinha sido de urgência, então ele ficaria pronto em no Maximo 3 horas. Sai do laboratório e fui me trocar e em seguida segui para o quarto onde ele estava.
-Ola!<sorri ao entrar>
-Posso ir embora mãe?<disse encostado na cama>
-Infelizmente não meu amor!… Ainda temos que esperar o exame ficar pronto para sabermos o que você realmente tem!<sorri escondendo o nervosismo>
-E ainda demorara muito?… Ele esta agoniado com tudo isso!<perguntou o Bruno vindo em minha direção>
-Mais umas duas horas e meia!… Vai pra casa amor, você não tem, a obrigação de estar aqui!<acariciei o seu rosto>
-Eu tenho a obrigação e o dever de estar aqui!… A minha única preocupação la fora são os meus filhos, mas eu já liguei para ela e ela esta bem, preocupada mais bem, , e o Chis esta com a mãe <me abraçou de lado>
Olhei no relógio e me assustei em já ser 19H, disse a ele para ir pra casa e levar a Sophia para a casa dele. Ele relutou dizendo que preferia que eu fosse, mas eu não podia, pois tinha sido eu que tinha feito o procedimento e deveria ficar ali para se algo acontecesse. Após mais um tempinho ele se despediu do Nícolas e de mim com um beijo, perguntando se eu queria algo, lhe respondi que não, e ele se foi. A minha noite iria ser longa, mas eu estava preparada para qualquer coisa ali naquele hospital.
Olhei no relógio e me assustei em já ser 19H, disse a ele para ir pra casa e levar a Sophia para a casa dele. Ele relutou dizendo que preferia que eu fosse, mas eu não podia, pois tinha sido eu que tinha feito o procedimento e deveria ficar ali para se algo acontecesse. Após mais um tempinho ele se despediu do Nícolas e de mim com um beijo, perguntando se eu queria algo, lhe respondi que não, e ele se foi. A minha noite iria ser longa, mas eu estava preparada para qualquer coisa ali naquele hospital.
BRUNO ON
Após um dia pesado eu liguei para o Dre pedindo para que ele me buscasse no hospital. Seguimos para a casa da Agatah e no caminho eu lhe contei tudo o que aconteceu, e principalmente na sala, na hora em que ela fez a pulsão nele. Confesso que estava extremamente nervoso com a situação, mas eu tinha que me manter forte por ele. Ele quis que eu estivesse ali com ele, ele confiou em mim, e eu senti que estava ali fazendo o papel de pai dele. Fato que me deixou extremamente feliz e orgulhoso dele ter encarado tudo numa boa. Assim que chegamos na casa da Agatah a Sophia estava na sala deitada e aparentemente dormindo, a Demetria se aproximou e disse que após a ligação ela tinha adormecido, eu perguntei se ela tinha comido algo e ela me disse que não o dia inteiro. Com isso eu decidi acordá-la.
-Filha… Acorda Sophia!<disse acariciando os seus cabelos>
-Pai?… Cadê a mamãe e o Nícolas?<disse sentando e esfregando os olhos>
-Eles vão passar a noite no Hospital!<sentei>
Ela estava com medo pelo irmão, tentei acalmá-la e dizer que daria tudo certo. Disse para ela o quanto o seu irmão era corajoso, e que a partir de hoje eu não queria vê-la mais o chamando de mane e estas coisas, pois ele tinha provado que não era. Eu disse para ela jantar pois eu tinha ficado sabendo que ela não tinha comido nada. Ela relutou um pouco, mas eu consegui convencê-la. Pedi que preparassem uma comida leve para ela, pelo horário, perguntei se ela queria dormir na minha casa ou aqui mesmo e ela disse que preferia ficar por aqui mesmo. Como eu tenho roupas aqui, então eu não liguei de ficar sem ir em casa.
Assim que jantamos, lhe dei boa noite, ela foi para o quarto e eu fui para o da Agatah tomar um banho e me trocar.
Estava sentado na cama sem conseguir dormir, e como ela não tinha ligado, eu resolvi saber como estavam as coisas por la, eu disquei o seu numero e no segundo toque ela atente.
Assim que jantamos, lhe dei boa noite, ela foi para o quarto e eu fui para o da Agatah tomar um banho e me trocar.
Estava sentado na cama sem conseguir dormir, e como ela não tinha ligado, eu resolvi saber como estavam as coisas por la, eu disquei o seu numero e no segundo toque ela atente.
-Oi amor?… Esta tudo bem ai?<disse baixinho>
-Aqui sim meu amor, e ai?… Parece que o Nícolas esta dormindo né <me levantei indo para a janela>
-sim ele esta descansando!!
-E o resultado do exame?
-Teve um problema aqui e só vai sair amanha!
-Problema?
-Nadas de grave, só não deu para fazer!… Mas eles me garantiram que estará pronto pela manha!
-Eu estarei ai bem cedo, colocarei a Sophia para a escola e vou ficar com você!
-Você acordar cedo?…Duvido!<sorriu>
Conversamos mais uns minutos e desligamos, eu disse que ela precisava descansar. Permaneci na janela olhando para o nada estava com receio do resultado. Engraçado que ele não era o meu filho, mas eu estava tão preocupado com ele que era como se fosse a Sophia ou o Chris. Por falar nele, eu tenho que tomar alguma atitude com ele. Olhei no relógio e já era muito tarde para falar com ele, mas de amanha ele não me escaparia.
-Pai!… Não consegue dormir?<disse da porta>
-Não meu amor, estava falando com a sua mãe!<a olhei>
-Estou preocupada com o Nícolas, não consigo dormir!<disse me encarando>
-Não fica meu anjo ele esta bem, acredite!<me aproximei a abraçando>
-Deixa eu dormir aqui pai, por favor!
-Aqui?… Comigo?
Era estranho para mim dormir com ela, eu não tinha filha a um mês atrás, era só o meu garoto, e agora eu tenho a Sophia, uma garotinha frágil e que precisa de mim as vezes como agora, para simplesmente dormir ao seu lado. E estranho e muito bom ter uma filha linda para cuidar deste jeito.
-Posso?
-Claro filha tudo bem!
Seguimos para a cama e nos deitamos um de frente para o outro, ela me encarou e eu sorri fechando os olhos em seguida.
-Pai!
-Oi
-E que… Quando eu não conseguia dormir eu ia para o quarto da mamãe, para dormir com o meu… Com o meu outro pai, e eu queria saber se eu posso dormir com você como eu dormia com ele?
-Claro!… Como você dormia?
Ela pegou o meu braço esquerdo o esticando na cama e acomodando a cabeça nele, se aproximou passando o seu braço pela minha cintura, me puxando para si, sorri sentindo o cheiro dos seus cabelos era a primeira vez que dormiríamos assim, e eu me senti bem com ela ali, senti que a protegia, e era a única coisa que eu queria protegê-la para sempre.
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