terça-feira, 28 de maio de 2013

GRAVIDA?? CAP- 37




-A senhora também não e compatível por hora!
-Por hora, como assim por hora?<perguntei surpresa>
-E que a senhora vai ter um bebe!… Esta gravida de 6 semanas<disse sorrindo>
-Mamãe, você esta grávida!… Isso e maravilhoso!<disse Nícolas sentando na cama>
-Amor, você vai me dar outro filho, isso e perfeito!<disse vindo ate mim>                       
-Não!… Isso não, agora não !… Eu não posso ter um filho agora, eu preciso cuidar do Nícolas!<disse desviando dele e saindo de perto da cama>
-Doutora, isso não e possível!… A senhora esta nervosa e não esta conseguindo raciocinar só pode!
-Como não!… Eu terei quer dar atenção a uma gravidez, e como eu vou cuidar do Nícolas?
-Amor, nos daremos um jeito, revezamos quando ele estiver aqui, você fica durante o dia e eu durante a noite!<disse Bruno ao lado do Nícolas>
-Doutora uma gravidez agora não poderia ser melhor!… Pensa bem, o doador do Nícolas esta sendo gerado, e perfeito, retiraremos as células necessárias do cordão umbilical na hora do parto!… Isso e maravilhoso e melhor do que um transplante de um adulto!
-Sim, como eu pensei nisso, nossa e verdade!!… Não precisaremos mais ficar procurando doador, ele esta bem aqui!<alisei a barriga que ainda era imperceptível>
-A mãe, isso e incrível, e muito bom, nos teremos mais um irmão e de quebra o Nícolas ficara bem!<disse Sophia me abraçando>
-Estou me sentindo um coelho!<disse rente ao meu ouvido me abraçando fortemente>
-Sim e eu espero que a sua produção pare somente nos três!<disse o encarando>
-Eu também!<sorriu alisando a minha barriga>
-Bom doutora, como a senhora sabe agora, nos teremos que colocar um cateter no Nícolas correto?
-Sim, correto!
-O que e isso mãe?<senti que o Nícolas se assustou>
-Meu amor, lembra quando o seu pai foi internado, ele voltou para casa com uma acesso de medicamento no braço, e ele tinha que ficar com aquilo para que toda vez que recebesse medicação não ter que ficar furando, lembra que eu te mostrei?… Aquilo e um cateter!
-Aquilo dói muito?
-Não Nícolas … Não dói, e como tirar sangue, ou tomar uma injeção!<disse Dr. Josh>
Após a maravilhosa noticia da minha gravidez, e que por conta dela não precisaríamos mais procurar doador para o Nícolas  o doutor se retirou. Ficamos comemorando e conversando sobre esta nova vida, que ainda não tinha chego, mas que já estava salvando as nossas vidas.
O Bruno estava sendo incrível, o Nícolas não era nada dele, mas ele estava sendo tão carinhoso com ele, tão amável. E o Nícolas?  Bom eu senti que ele por si só estava colocando o Bruno no lugar do seu pai. Lógico que ele não iria ocupar o lugar do Carlos jamais, mas o Nícolas estava se apegando a ele. Alguns minutos depois, a enfermeira entrou dizendo que iria colocar o cateter, ele me olhou e senti que estava tenso. Sorri para ele e me aproximei vagarosamente.
-Você quer que eu fique segurando a sua mão?
-Não mãe!… Eu já sou um rapaz, não me faz passar vergonha?<sorriu tímido olhando para a enfermeira>
-Muito bem mocinho, vamos esticar este braço, que eu tenho que colocar este cateter em você!<disse segurando em sua mão>
Ele sorriu e esticou o braço na maior boa vontade, e oferecendo um lindo sorriso a jovem enfermeira. Ela repousou a sua bandeja na cama conectando a agulha no cateter. Ela o olhou retribuindo o seu sorriso, perguntando em seguida se ele estava pronto. Ela começou com o procedimento, ela colocou a sonda (a borracha para prender a circulação) dando algumas batidas em seu braço para que as veias saltassem, mas em seguida ela constatou que ele não era bom de veias, eu me levantei da poltrona onde estava e segui ate o seu lado. As veias eram muito finas e se ela insistisse, provavelmente se romperiam com a primeira aplicação. Eu me prontifiquei ajudá-la me identificando como pediatra, e ela disse que me conhecia. Eu peguei um par de luvas e tentei ver se teríamos êxito em sua mão, mas infelizmente nada, perguntei se ele estava nervoso e ele negou. Após tentarmos em mais alguns lugares incluindo o pé, que também foi sem sucesso, só nos restou dois lugares, que eram simplesmente torturantes, a veia no pescoço, ou raspar uma parte da cabeça para colocar, ele não gostou muito da ideia.
-Onde você prefere, no pescoço ou na… Cabeça?
-Na cabeça mãe!<perguntou Sophia assustada>
-Amor por favor, tira a Sophia daqui!<fui seca>
-Eu não quero fazer isso!<vi os seus olhos ficarem vermelhos>
-Infelizmente meu anjo, teremos que fazer isso, as suas veias não são tão fortes a ponto de suportar o medicamento pesado que passarão por elas!<eu estava arrasada>
-Tenta em outro lugar!<as suas lagrimas rolaram>
-Já tentamos em todos meu amor!<isso estava cortando o meu coração>
-Vamos filha vamos sair, a sua mãe precisa de calma para fazer isso!!<disse Bruno a retirando do quarto>
Eles se retiraram sobre protesto dela. Eu não estava gostando de perguntar a ele uma coisa destas, era duro para mim como mãe, mas infelizmente não tinha outra opção. Ele escolheu o pescoço dizendo que assim não precisaria raspar a cabeça. Ainda.
A enfermeira e eu que já tinha se identificado como Amy. Seguimos para a nossa ultima opção, o pescoço. Por sorte ela já estava bem alta, talvez pelo seu nervosismo que agora era evidente. Eu me sentei ao seu lado repousando a sua cabeça em meu colo, fazendo um pouco de pressão para que ele esticasse um pouco pescoço e ela rapidamente “parecendo ter mãos de fada”, colocou o cateter no lugar o fixando com esparadrapo.
(Eu sei q e uma menina, mas e como foi fixado nele)
Ele disse que não tinha doido, e que só tinha sentido uma aflição, e que ate que não era tão incômodo. Ela se retirou dizendo que já voltaria com a bolsa de transfusão. Eu me recostei na cama e ele me abraçou.
-Mãe, promete pra mim que eu vou ficar bom logo!<disse com a sua cabeça na altura dos meus seios>
-Eu prometo!… O seu irmão, ou Irma vai te ajudar nesta parte!<sorri acariciando os seus cabelos>
-Eu estou muito feliz em saber que a senhora esta grávida!… Agora você e o Bruno têm que se casar logo!<me olhou>
-Não enquanto você estiver aqui, quando você ficar bom, eu prometo que me caso!<sorrimos>
-Eu ouvi isso hem!… Espero que seja uma promessa, estou torcendo para que ela seja cumprida logo!!<disse entrando no quarto e vindo ate a cama ficando ao meu lado>
-Doeu?<perguntou Sophia ao seu lado>
-Não, eu só fiquei nervoso, com medo que doesse!<disse cabisbaixo>
Ficamos ali tentando fazer com que ele sorrisse, e acabamos conseguindo, bom acabamos não o Bruno e a Sophia. Nossa como eles era parecidos, ate nas palhaçadas eles eram iguais. Algum tempo depois a enfermeira retornou com a bola de transfusão a acomodando no Aldo do ferro de sustentação, e conectando ao cateter em seu pescoço. Ela pediu que ele fizesse o mínimo de movimentos para que não saísse, e assim ele ficou, deitado e quieto. Permanecemos por mais um tempo e quando dei por mim já era noite, eu disse para que eles fossem embora, mas o Bruno disse que hoje ele ficaria com o Nícolas  por que eu precisava descansar. Eu tentei argumentar mas foi impossível, ele disse que eu tinha que descansar por causa do bebe.
Sem ter como argumentar, Sophia e eu nos despedimos do Nícolas e em seguida me despedindo dele com um beijo, e um pedido de obrigada ao pé do ouvido.
Descemos ate a recepção e eu notei que a porta do hospital estava repleta de paparazzi, eu achei estranho e os seguranças do hospital me aconselharam a sair pela porta lateral, que mesmo sendo mais escondida, também tinham alguns fotógrafos. Entramos no carro bombardeadas de perguntas do tipo: “Doutora como esta o seu filho?… Ficamos sabendo que ele esta muito doente, o que ele tem?” ou “Doutora, quando o seu filho terá alta hospitalar?” E umas que me deixaram de queixo caído como esta:”Doutora e verdade que o Bruno e pai do seu outro filho também?” Entramos no carro com um certo custo e seguimos para casa, eu tinha que descansar comer algo e tomar um banho bem relaxante, curtindo a minha condição de “Grávida”
-Imagina quando eles souberem que eu estou grávida, e o pai e o Bruno!<pensei>

BRUNO ON

Eu tinha me prontificado a ficar com o Nícolas para Agatah ir descansar um pouco, ela estava visivelmente cansada, e alem de tudo agora ela estava grávida. Eu estava tão feliz em saber que eu seria pai mais uma vez, e agora novamente da mulher que eu amo, e que agora não teria nada e nem ninguém que me faria separar deles. Na hora eu pensei na Alicia, em como o meu filho estava, estava me sentindo um coelho, estava indo para o 4 filho, me arrepiei só de pensar no momento em que eu tivesse que contar para a Agatah sobre a Alicia e vice versa.
–Bruno ainda falta muito?<perguntou com o olhar fixo na TV>
-Ainda falta um pouco sim garotão!… Esta precisando de algo ai?<pergunta irônica>
-Estou bem na medida do possível!… Cuidando para não mexer o pescoço, não quero ser furado novamente!<disse sorrindo fraco>
-Isso vai passar!
-Sim!… Graças a você!<desviou os seus olhos para mim>
-A mim?… Mas por que, eu não fiz nada!<me levantei e fui ate ele>
-Você e a mamãe terão um filho, e ele salvara a minha vida!… Se você não estivesse com a mamãe, ela não estaria grávida agora e eu não teria mais chances de sobreviver!
-Eu te tenho como um filho!… Eu sinto que seria capaz de fazer qualquer coisa por você, assim como eu farei se for preciso pela Sophia e o Chris!
-EU tenho que confessar!… Assim que você e a mamãe começaram a namorar, eu não gostei, eu achava que ela não deveria ficar com ninguém, e que o único homem que ela deveria ter ficado era com o meu pai, por mim ela ficaria sozinha para sempre!… Mas a Sophia conversou muito comigo, ela dizia que a mamãe era nova e precisava de alguém perto dela, e que ela não poderia ficar sozinha pelo resto da vida!… Eu acabei repensando e vendo que você era o cara ideal para ela, você a amava e acima de tudo nos tratava muito bem!<sorriu> Era o padrasto ideal!… E quando ficamos sabendo que a Sophia era a sua filha, não tive mais duvidas!
O moleque tinha me deixado sem palavras, eu o abracei sentindo os seus braços me apertarem contra si, sorrimos e eu vi os seus olhos marejados, senti um no se formar em minha garganta. A única coisa que ele queria, era um abraço de uma figura que se mostrasse ser como um pai para ele neste momento.
Assim que a sua transfusão se findou eu fui chamar a enfermeira para retirar a bolsa de sangue antes que acabasse assim como a Agatah me pediu. Ela retirou a bolsa e colocou ele diretamente no soro. A noite começou bem, muito bem, a Agatah me ligou e perguntou se estava tudo tranquilo e eu disse que sim, e só estaria melhor se ele não estivesse passando por tudo isso. Pedi que ela passasse na minha casa pela manha e trouxesse uma muda de roupa e alguns produtos de higiene para mim, pois no dia seguinte eu iria para o estúdio pela manha. Após mais alguns minutos de conversa desligamos, eu me acomodei na poltrona reclinável e acabei pegando no sono apos ver que ele tinha adormecido.
-Não, eu não posso me deixa aqui elas precisam de mim, eu não posso!
Acordei com o Nícolas tendo um pesadelo, me aproximei rapidamente dele o acordando com cuidado.
-Nícolas acorda, e só um sonho!
-Promete pra mim, promete que vai cuidar da Sophia e da mame?<ele estava suando e muito nervoso>
-Claro que sim, mas o que houve?… Calma, tenta se acalmar eu estou aqui!<o abracei>
-Eu sonhei que ia…
-Shiii não termina, por que isso não vai acontecer já te dissemos isso!<o olhei >
-Eu sinto falta do meu pai!… Eu morro de inveja da Sophia ter você ainda, eu queria que ele tivesse aqui!<disse chorando>
-Eu sei, imagino o que você esta sentindo!
-Eu sei que pode ser loucura minha, e que sem duvidas você não vai querer… Ninguém vai ocupar o seu lugar, mas… Eu queria que você fosse o meu pai também!<ele me abraçou forte>
-Eu quero!… Seria perfeito, e eu serei de qualquer forma né?<sorri>
-Sim!… Mas eu quero te chamar… De pai!
-Quero ver quem vai dizer que você não e o meu filho!<disse segurando o seu rosto com as duas mãos e o encarando>
-Obrigado!… Pai!<sorrimos>
Permanecemos abraçados e conversando por mais uns minutos ate sentir que ele tinha pegado no sono, sai da cama tomando o maior cuidado para não acordá-lo. Retornei para a poltrona e fiquei o observando dormir calmamente, sem  mesmo sentir acabei pegando no sono.

AGATAH ON
 
Após uma noite tranquila de sono, acordei sedo saindo do quarto e acordando a Sophia para ir a escola. Após nos arrumarmos tomamos café e como ainda era cedo seguimos para a casa do Bruno para pegar as coisas que ele tinha me pedido. Tudo recolhido segui para a escola dela, assim que estacionei vi o Chris conversando com um grupo de menos, ele me olhou serio e eu desviei do seu olhar, não queria passar pelo que passei novamente. Cumprimentei a minha filha a observando entrar na escola, entrei no carro e segui para o hospital. Segui direto para a porta lateral, entrei me identifiquei na recepção pegando a minha etiqueta de acompanhante e segui para o seu quarto.
-Bom dia!<disse abrindo a porta vagarosamente>
-Bom dia amor!<disse Bruno da poltrona>
-Cadê o Nícolas?<perguntei assustada vendo a sua cama vazia>
-Calma amor, ele esta no banheiro! … Como vocês passaram a noite?<perguntou me beijando e acariciando a minha barriga>
-Passamos bem!… Ele esta sozinho?<perguntei após beijá-lo>
-Claro você queria que eu fizesse o que balançasse?<foi irônico>
-Não né, mas…
-PAI!<gritou do banheiro>
-Pai?<o encarei>
-A noite foi longa e produtiva!… O que foi filho?<perguntou indo ate a porta>
-A borracha do soro enroscou e eu não alcanço!
-E você alcança Bruno?<provoquei>
-Olha quem fala, a senhora um metro e setenta!<rebateu>
-Chato!<sorrimos>
-Você demorou mãe!<disse saindo do banheiro>
-E eu ainda fui na casa do Bruno pegar umas coisas pra ele!… E será que você pode me explicar que coisa nova e esta de “pai”?< entreguei as coisas para ele>
O Bruno foi para o banheiro, eu ajudei a subir na cama, e sentando ao seu lado ele me contou como tinha sido a sua noite , me contou as conversas que tiveram, do sonho e o por que chamá-lo de pai. Eu achei lindo o seu gesto, e era lindo ver o carinho, e como eles tinham ficado tão próximos em tão pouco tempo. Eu disse a ele que tinha ligado para a sua tia e que ela tinha ficado de vir vê-lo hoje pela manha. O Bruno saiu do banheiro de banho tomado e trocado, disse que como tinha me falado. ele ia para o estúdio e que durante a tarde ele voltava, se despediu de mim, do Nícolas e deu um beijo na minha barriga se retirando em seguida. Ele saiu e uma doutora entrou no quarto.
-Bom dia meu nome e Carly Robson e eu estarei juntamente com o doutor Josh, cuidando deste mocinho!
-Bom dia!<respondemos juntos>
-Doutora Agatah Fleminng, não se lembra de mim?
-Doutora Carly Robson!… Claro que sim, fico feliz em saber que uma amiga de faculdade cuidara do meu filho!!
-Como esta?
-Estamos levando né?
-É, com força e garra que eu sei que você tem!… Eu vim para avisar que diagnosticamos o tipo de leucemia que ele tem, ele esta com a LLA (leucemia linfoide aguda) e começaremos hoje com a Quimioterapia do mocinho!
-São as mais comuns em crianças mesmo!…E agora começa tratamento!
-Ola boa tarde!… Vim ver o meu amor!!<disse Angel sorrindo e entrando no quarto>

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