terça-feira, 28 de maio de 2013

SO PODE SER CASTIGO! CAP- 36




Acordei com o meu telefone despertando. Engraçado que eu não me lembro de te-lo colocado para despertar. Olhei para a Sophia e ela dormia calmamente, não tinha nem se movido durante a noite. Já eu, estava com o braço dormente, afinal passou a noite toda na mesma posição. Tentei me levantar e retirar o meu braço de baixo da sua cabeça tomando o maior cuidado para não acordá-la, mas foi impossível. Eu não tinha outra opção, ela tinha que ir para a escola, mas estava tão linda de dava ate pena de mexer com ela.
-Filha, acorda hora da escola!<disse sonolento e o celular começa a despertar novamente>
-A pai so mais cinco minutos?<disse se acomodando mais>
-Eu te dou ate dez, se você me deixar sentir o meu braço novamente!<falei lamentando pela dor que estava sentindo>

-Mas esta tão bom!
-Mas o meu braço esta doendo tanto filha!<sorrimos e enfim desliguei o despertador>
-Foi você que colocou o meu celular para despertar?<disse com ele em mãos>
-Sim!… Ouvi você falando com a mamãe que iria me colocar para a escola!… Então como eu sei que seria impossível você acordar sozinho…<disse dando de ombros e voltando a se deitar>
-Há há há há engraçadinha!
Me levantei após ela sair do meu braço, fui direto para o banheiro tomar um banho, ouvi a porta bate e soube assim que ela tinha ido se arrumar. Envolvi a toalha na cintura e fui pegar uma roupa, quando sai do quarto ela ainda estava deitada, e parecia ter voltado a dormir. Passei rapidamente para o closet, não era a minha intenção acordá-la neste momento. Me troquei e voltei para o quarto. A chamei e disse para ela ir se arrumar que teria que ir para a escola, e eu iria para o hospital, ela pediu para ir comigo e eu disse que assim que ela saísse da escola ela iria para o hospital, pois eu pediria ao Dre que a buscasse e a levasse direto para o hospital, ela concordou e foi se arrumar.
-Foi voçe que bateu a porta?<disse antes dela sair>
-Sim!… Estava correndo um friozinho chato, então eu fechei!… Calma pai, não era um fantasma!<sorriu>
-Engraçada, hoje você acordou com espírito de comediante!<disse sorrimos>
Ela saiu do quarto eu terminei de me arrumar, e segui para a sala. O delicioso cheiro do café tomava conta da casa, fazendo o meu estomago dar sinais de vida, fui ate a sala de jantar e a mesa já estava posta com um delicioso café.
-Bom dia senhor Mars!
-Bom dia Demetria!… Por acaso a Agatah ligou?<disse me sentando>
-Sim senhor, ela ligou me pedindo para acordar a Sophia para ir a escola, mas quando eu subi notei que ela não estava e então eu ouvi o movimento no quarto da dona Agatah, e presumi que ela já estivesse acordada!<disse ao lado da mesa>
-E, ela fez o favor de me colocar o meu celular para despertar!…<sorri>
-Já?… Nem me esperou, poxa!<disse fingindo estar chateada>
-Ei que roupa e esta mocinha?<a encarei>
Sophia Fleminng
-E para ir a escola?<me respondeu com outra pergunta, típico dela>
-Eu notei!… Mas a calça tem que ser tão apertada?<tomei um gole do meu café>
-Pai e uma leguin!… E apertada!<sorriu passando geléia em uma torrada>
-Mas não tem nada um pouco mais… Largo?
-Pai!… Minha mãe também implica com as roupas, mas e por que la no Brasil, usávamos uniformes e aqui e um desfile de moda!
-Reivindicarei uniformes na próxima reunião para vocês!
-Para pai!… Deixa de ser chato!<sorrimos>
-Serio filha, não tem nada mais largo?
-NÃO!<sorrimos>
Terminamos o café e seguimos para a escola no carro da Agatah. Incrível como carro de mulher e extremamente organizado, eu tive medo ate de pisar no tapete. Assim que chegamos, eu estacionei próximo a entrada, olhei no retrovisor e vi o carro do motorista que trazia o Chris para a escola, seria agora a minha conversa com ele.Sai do carro seguido pela Sophia, ela parou na porta do carona e quando ele saiu eles se encararam, ela estava com olhar de decepção, e ele com ar de soberano, como se tivesse feito a melhor coisa do mundo.E o pior e que eu conhecia perfeitamente aquele olhar.
-Acho que precisamos conversar mocinho!<o encarei>
-Se for sobre ontem?… Eu acho que não!<sustentou o meu olhar>
-Eu tenho certeza que sim!… Boa aula minha fila, o Dre vira te buscar para te levar ao hospital ver o seu irmão!<disse a beijando e abraçando>
-Sim pai!… Ate mais tarde, manda um beijo para a mamãe e o Nicolas!<disse e entrou>
-O Nicolas esta no hospital?
-Sim, satisfeito agora?
-Quer saber pai?… Não, eu não estou, mas ele e um fracote um mane, ficou defendendo a falsa da mãe dele, e ofendendo a minha! !… Levou!
-Não foi assim que eu te criei, estou extremamente decepcionado com você! 
-Eu que estou em saber que depois de tudo, você ainda esta com aquela mulher!
-Dobre a sua língua antes de falar dela!… E você esta pensando que esta falando com quem?…Eu não sou um dos seus coleguinhas de classe, eu sou o seu pai!… Ou você esta se esquecendo disso Christofer? 
 -Não pai, eu não esqueci, e que…
-E que nada, eu não quero mais que isso se repita, esta me ouvindo?
-Sim!<disse cabisbaixo>
-Acho bom!… Agora vai para a aula!<disse serio>
A pior coisa do mundo era brigar com um filho, mas naquele momento, ele precisava me ouvir. Entrei no Carro e segui para o hospital, estava tenso e queria saber como estava o Nicolas.
Assim que cheguei no hospital me deparei com a sua frente tomada por “urubus”, dei a volta e segui para a lateral, para a minha sorte estava com o carro Agatah, que ninguém conhecia. Entrei segui para a recepção me identifiquei e subi para o quarto 306 onde eles se encontravam. Ainda era cedo, mas já tinha bastante movimento nos corredores. Entrei e eles dormiam calmamente, a Agartah estava toda torta em uma poltrona reclinável. Me aproximei do Nicolas que dormia profundamente e passei levemente a Mao pela sua testa, ele se mexeu mas por sorte não acordou. Elevei o olhar e me deparei com ela me olhando com um lindo sorriso.
-Bom dia amor!… Me desculpa eu não queria te acordar<me aproximei dela>
-Esta tudo bem amor!… Daqui a pouco e hora da ronda medica!<disse olhando para o relógio>
-O resultado do exame ainda não saiu?<disse me sentando com ela na poltrona>
-Ainda não!… Eu estou preocupada!
-Vai dar tudo certo meu amor!<dei um beijo rapido>
 
-A Sophia foi para a escola?
-Claro que sim!… Trouxe alguns produtos de higiene para você!<disse a entregando uma necesser>
-Obrigada meu anjo!
-Você contou a ela?
-Sim!
Enquanto ela seguiu para o banheiro fazer a sua higiene , eu contei a ela tudo o que tinha acontecido ontem a noite, esta manha, desde a hora em que acordei ate a entrada no hospital. Ficamos conversando baixo ate sermos surpreendido pelo medico entrando no quarto.
-Bom dia!<disse o Dr. Josh assim que entrou>
-Bom dia!<dissemos juntos>
-Eu poderia falar com vocês na minha sala?… Estou com o resultado do exame do Nicolas!<saiu>
-Acho que vou ficar aqui com ele, para se caso acordar!
-Não por favor, vem comigo!… Estou com medo do resultado!
Seguimos para a sala do medico e nos acomodamos como no dia anterior, ele sentou tendo em suas mãos os resultados do material que eu colhi.
-Bom,primeiramente queria parabenizá-la pela coragem de fazer o exame nele doutora Agatah!<a encarou>
-Muito obrigada doutor, mas como mãe e pediatra cirúrgica eu me senti na obrigação de fazer!
-Ótima escolha!… Então eu serei curto com os resultados, afinal a senhora tem um certo sangue frio!
-Nem tanto doutor!… Mas por favor diga qual foi o resultado, seja direto, sem rodeios!
-Bom o Nicolas esta com leucemia, pensávamos que era meningite, mas o exame acusou leucemia!… Eu sinto muito!<disse serio nos encarando>
-Como assim o senhor sente muito?<o encarei>
-Não, não pode ser meu Deus!… Isso não pode estar acontecendo de novo não!!<ela se desesperou>
-Calma Agatah, vai dar tudo certo, não e doutor?<precisava acalmá-la de alguma forma>
 
-Claro que sim, e ela sabe disso!… Descobrimos a doença em estagio inicial, ele tem muitas chances de ficar 100% curado!
-Como assim chances?… Não são certezas?<perguntei>
-Nos nunca temos 100% de certeza de cura desta doença assim que ela e diagnosticada, mesmo sendo em estagio inicial!<me abraçou
- O seu filho ficara bem!… Eu disse que sinto muito, pois sei que o ex marido da doutora faleceu com esta doença!
-E qual seria o melhor tratamento agora?<perguntei confuso>
-Iniciaremos com os medicamentos e daremos inicio a quimioterapia em uma semana, ou menos!… E neste período ele ficara internado!… E assim que a doença der uma trégua, começaremos os testes para fazer o transplante!
-Eu quero fazer o teste agora!<disse colocando as suas mãos na mesa>
-Eu também quero fazer!<me prontifiquei>
-Claro, vocês como os pais vão fazer o teste!… Mas por favor se acalme primeiro, doutora!
-Como o senhor quer que eu me acalme?… Acabei de saber que o meu filho tem a mesma doença do pai que morreu a pouco mais de 8 meses?
-Agatah olha pra mim!<fui firme com ela>
-Vou deixá-los a SOS!<o medico se retirou>
-Meu amor calma pelo amor de deus!… Você melhor do que ninguem sabe que ela tem cura!… Dara tudo certo!
-O do Carlos também estava no inicio e ele morreu Bruno!<disse já chorando>
-Olha você esta muito nervosa, e eu sei que não e para menos, mas você tem que ter fé meu amor, nos vamos fazer os testes e dará tudo certo!
-Você também vai fazer o teste tambem?
-Claro que vou!
-Mas você praticamente não tem chances!
-Ta eu posso praticamente não ter chances, mas e se por um acaso eu for compatível?… Eu o tenho como um filho!… E logo seremos assim, uma família!
-Obrigada meu amor, não sei o que seria de mim sem você agora!<nos abraçamos>
-Da licença, mas os senhores já se alimentaram?… Eu preciso que estejam alimentados para poder fazer os exames!<disse aparecendo na porta>
-Ainda não!… Mas iremos agora mesmo comer algo para fazer!<disse a segurando pela mão e saímos>
-Bruno eu não estou com fome!<disse a caminho da cantina do Hospital>
-Mas você tem que comer, temos que comer!… Você não quer fazer o teste?… Você não quer salvar o Nicolas?
-E lógico que eu quero!
-Então tem que comer algo!
Assim que chegamos ela disse que não queria comer nada ali, e que já que ela teria que comer, comeria comida de verdade. Eu dei a idéia de irmãos para um restaurante que tinha ali perto e ela concordou. Seguimos para o restaurante e la nos almoçamos e apos uma hora mais ou menos estávamos prontos para fazer os testes.
Entramos juntos para colher material e apos meia hora, estávamos liberados, ela pediu para ver o filho e foi prontamente atendida.
AGATAH ON
Eu não estava acreditando que isso estava acontecendo novamente comigo, era muito castigo para uma pessoa só. Eu so sabia me perguntar o que eu tinha feito para estar passando por tudo isso novamente, será que eu era uma pessoa tão ruim, para sofrer tanto. Apos Bruno e eu fazermos os exames para sabermos se somos compatíveis ou não, eu pedi apara ver o meu filho eu precisava abraçá-lo e dizer que eu o amava e que estaria ali com ele para o que desse e viesse.
Assim que entrei ele estava mexendo no meu telefone, mais especificamente na internet. Me aproximei e assim que ele me viu abriu um lindo sorriso e eu não pude segurar a emoção, eu não poderia nem pensar na possibilidade de perder o meu filho.
-Eu te amo muito meu anjo!<disse abraçada a ele chorando>
-Eu também te amo muito mãe!… Mas por que a senhora esta chorando?
-Meu amor, por favor, esta o deixando assustado!<senti o Bruno alisar as minhas costas>
-E aqui que esta um garoto muito chato, mas que eu amo muito e não sei viver sem??<disse Sophia entrando>
-Mãe, sequestraram a minha Irma!<disse arrancando sorrisos de todos>
-A e seu besta eu saio cansada da escola para te ver e é assim que voçe me recebe??<disse o abraçando>
-A quem manda você so me tratar mal!
-Ok, darei uma trégua, mas por pouco tempo!… E ai como voçe esta?<disse o abraçando, fato raro>
-Não sei a mamãe esta chorando, eu devo estar muito mal!<apos se desvencilharem>
-O que ele tem mamãe?<disse se abraçando o pai>
-Bom, uma hora vocês terão que saber, e melhor por mim do que por um medico ou se… Enfim, meu amor voçe esta com leucemia!<estava segurando a sua Mao>
-Pera ai, isso e brincadeira ne?… Como assim, o Nicolas, mas o meu pai morreu com isso!… Mãe ele não…
-Não filha!… Olha pra mim, ele não vai, ok, esta no inicio e tanto eu quanto a sua mae já fizemos testes para fazer o transplante!… vai dar tudo certo!<Bruno a abraçou>
-Mãe, olha pra mim, me diz a verdade!… Eu vou morrer como o meu pai?<ele segurou forte a minha mao>
-NÃO!… Nem que eu… Eu não sei!… Mas eu não vou deixar nada acontecer com você esta me ouvindo, nada!
-A senhora não pode ter certeza!<disse me encarando>
-Sim eu tenho!… Eu tenho, eu sou a sua mãe, eu tenho certeza!… Eu dou a minha vida pela sua!<o encarei>
-Mãe!<exclamou Sophia ainda abraçada ao pai>
Eu confesso que estava desesperada, e eu sei que seria impossível eu dar a minha vida pela dele, mas eu precisava mostrar a ele que eu estava disposta a tudo, estava disposta a realmente a dar a minha vida por eles, eu os amava mais do que a mim mesma.
Ser mãe não e uma brincadeira, ser mãe não e como brincar de boneca, vestir e despir quando quiser. Ter um filho não e como ter um brinquedo que você brinca bastante, e quando você enjoa joga ele em qualquer canto como se fosse um nada, ou qualquer coisa, ter um filho e ter uma responsabilidade para o resto da sua vida. E amar uma pessoa incondicionalmente, amar alguém mais do que a si mesmo, o amor de uma mãe para com um filho, supera qualquer amor existente na face da terra. Ser mãe e defender o seu filho com unhas e dentes e se jogar na frente do perigo por ele, aceitar os erros e certos sempre com um conselho ou um esporo quando necessário. Ser mãe e uma dádiva de Deus dada as mulheres, pois só “mães, mulheres” só nos, temos o poder de dar a luz a um ser tão grandioso como nos mesmos.
Fui interrompida dos meus pensamentos com o Dr. Josh entrando no quarto com os resultados dos exames que o Bruno e eu fizemos mais cedo.
(Dr. Josh)
-Boa tarde!… Em minhas mãos estão os resultados dos exames que vocês fizeram mais cedo!… Vocês preferem ir para a minha sala ou ficar aqui mesmo??
-E melhor ficarmos aqui mesmo ne amor?<me olhou>
-Sim, por mim tudo bem!
-Pois bem!… Começarei pelo do Senhor Peter Hernandez!… Infelizmente o senhor não e compatível!<disse trocando as folhas em suas mãos>
-Tudo bem amor, já esperávamos por isso!<disse assim que vi a sua expressão de decepção>
-Já senhora doutora!… A senhora também não e compatível, mas…
-Não sou compatível também?… Deus!<abaixei a cabeça já chorando>
-Calma mãe, o doutor ainda não terminou!… Mas o que doutor?<perguntou Sophia

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